Expulso do PT, o vereador Tayone di Martino é disputado por cinco partidos

30 janeiro 2015 às 22h15

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Os vereadores Tayrone di Martino, ligado à Igreja Católica, e Felisberto Tavares foram expulsos do PT na sexta-feira, 30. A cúpula do partido decidiu que, por não terem apoiado o aumento do IPTU, os dois políticos traíram, mais do que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, o Partido dos Trabalhadores. Tayrone está sendo disputado por PTB, PSD, PDT, PSDB, PMDB e Rede Sustentabilidade. “Recentemente, o deputado federal Jovair Arantes me ligou e disse que o PTB está de portas abertas.”
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Felisberto não compareceu à reunião para fazer sua defesa. Tayrone compareceu, fez sua defesa, com os olhos lacrimejando, e disse ter descoberto que o PT obedeceu as ordens de Paulo Garcia, que havia “jurado” expulsá-lo. “Descobri, a duras penas, que não se pode votar a favor da sociedade e contra uma decisão do PT que prejudica a coletividade”, afirma Tayrone. O vereador conta que percebeu certo constrangimento em alguns petistas. “Por que a cúpula petista não apura se procede a informação de que Paulo Garcia apoiou e votou em Iris Rezende para governador, quando o partido tinha seu próprio candidato, Antônio Gomide? Porque os que votaram pela minha cassação dependem, direta ou indiretamente, de cargos na Prefeitura de Goiânia. Se Paulo Garcia não fosse prefeito, eu não seria cassado. Ele não teria nenhuma força política, porque, fora do poder, nunca teve muita influência no partido, sempre foi do segundo escalão.”
“Tenho 31 anos e estava filiado ao PT desde os 14 anos. É uma vida. Nunca me imaginei fora do partido. O PT perdeu a coerência e se perdeu, local e nacionalmente”, sublinha Tayrone. “Em Goiânia, o PT começou a atual legislatura com quatro vereadores e hoje só tem um. Quer dizer que todos, eu, Felisberto Tavares e Djalma Araújo, estão errados e o prefeito Paulo Garcia tem razão?”
A partir de segunda-feira, 2, Tayrone vai reunir seu grupo para discutir o futuro político. “Quero me filiar num partido com o qual eu tenha identidade política e filosófica e no qual eu possa, de fato, defender os interesses da sociedade.”