Um auxiliar do prefeito de Goiânia, Rogério Oliveira da Cruz, de 58 anos, afirma que líderes e militantes do Solidariedade, o partido do gestor municipal, estão estranhando um fato.

De acordo com os integrantes do Solidariedade, Rogério Cruz teria firmado uma parceria com a candidata do PT a prefeita de Goiânia, Adriana Accorsi. Primeiro, se eleita, ela não faria uma ampla auditoria para apurar os desmandos da gestão. Faria uma auditoria cosmética para inglês ver. Segundo, a deputada teria se comprometido a conquistar o empréstimo de 700 milhões de reais para o prefeito no apagar das luzes de sua gestão. “Deu ruim, é certo, mas o jogo foi armado”, admite um ex-secretário do gestor municipal.

Qual é a parte que cabe a Rogério Cruz neste imenso latifúndio de “más” intenções? Líderes do Solidariedade sugerem uma explicação: “Adriana Accorsi quer posar de boazinha, de moderada. Então, precisa de alguém que faça o trabalho sujo para ela. Por isso, depois de se oferecer para apoiar Sandro Mabel, o prefeito passou a atacá-lo. Consta que, independentemente do resultado das eleições de 2024, Rogério Cruz assumirá um cargo federal na cota de Adriana Accorsi, possivelmente o Iphan em Goiás, no lugar de Gilvane Felipe”.

Batedor de carteira virou batedor de caixa-forte

Se Adriana Accorsi não planeja fazer uma auditoria rigorosa, os demais candidatos sugerem que, se eleitos, vão vasculhar as contas da prefeitura e até a história de que havia uma caixinha vultosa e mensal na gestão do Paço Municipal.

Não se está acusando o prefeito Rogério Cruz de corrupção. Mas é estranho que a corrupção tenha sido praticada por auxiliares bem próximos do gestor municipal. De um deles, um vereador disse: “Chegou à prefeitura como batedor de carteira e foi exonerado como batedor de caixa-forte”.

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