Se eleito reitor da Universidade Federal de Goiás, o suplente de deputado federal pretende se desfiliar do PT

Edward Madureira, suplente de deputado federal: para aumentar a conexão da UFG com a sociedade e lutar em defesa da universidade pública contra tempos sombrios, vai disputar a Reitoria este ano | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Primeiro suplente de deputado federal pelo PT, o doutor em agronomia Ed­ward Madureira disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 17, que vai disputar a Reitoria da Universidade Federal de Goiás. As eleições devem ser realizadas em junho ou julho deste ano.

Edward Madureira, o favorito, conta com o apoio do reitor Orlando Amaral — que, dada a liturgia do cargo, tende a manter certa equidistância. No momento, dois outros professores manifestaram disposição de disputar o pleito: Romualdo Pessoa Campos Filho (tende a sair do páreo; no Facebook, o professor garante que não sairá da disputa) e Reginaldo Nassar, ambos ligados ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). São azarões.

“Tenho percorrido todas as unidades da UFG. Porque a candidatura não é minha, não é personalista; portanto, precisa ser da universidade. Até pouco tempo, as pessoas me procuravam e cobravam minha participação. Agora, estou procurando as pessoas para dizer-lhes que aceitei o convite para disputar a Reitoria. No momento, a universidade precisa ampliar sua ligação com a sociedade. O sistema universitário federal precisa estar coeso para enfrentar os novos tempos. Nossa tese é que a universidade pública é fundamental”, afirma Edward Madureira. “Nosso foco é a defesa da universidade. De uma universidade tão inclusiva quanto qualitativa.”

O ex-reitor conta que planejava disputar mandato em 2018 — possivelmente de deputado federal. “Mas a situação da universidade pública, ante a possibilidade de tempos sombrios, me ‘puxou’ para a disputa da UFG.”

Edward Madureira frisa que, se for eleito reitor, vai se desfiliar do PT. “Repito que não serei candidato a deputado ou a qualquer outro cargo em 2018.” Exceto se for derrotado na disputa para a Reitoria — hipótese na qual nem os adversários, possivelmente, acreditam.