Divisão das oposições pode fortalecer o prefeito Claudiomar Portugal em Acreúna
Redação
19 março 2023 às 00h02
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Em 2020, o agrônomo Claudiomar Contin Portugal, do pP, foi eleito prefeito de Acreúna, no Sudoeste de Goiás, com 4.608 votos (41,47%).
O segundo colocado foi Adélio Prado Neto (na época DEM, hoje União Brasil) — apoiado pelo ex-deputado estadual Lissauer Vieira (PSD) —, que obteve 4.577 votos (41,19%). O empresário teve 31 votos a menos do que Claudiomar Portugal.
O terceiro colocado, Eurípedes Pankão, do PTB, conquistou 1.766 votos (15,89%).
Para a disputa de 2022, há uma pedra no caminho de Claudiomar Portugal: a vice-prefeita, Mariluce da Silva Ferreira, não vai apoiá-lo. Estão rompidos. De acordo como bem-informado jornalista Costa Filho, há poucos dias, ela esteve com o maior líder político do Sudoeste, o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), em busca de orientação e apoio.
Se conquistar o apoio de Paulo do Vale, Mariluce da Silva Ferreira passa ser uma das candidatas mais consistentes do próximo pleito.
Adélio Neto, se disputar, é apontado também como um páreo difícil para o prefeito. Ele é genro do ex-vereador Elias Terra (cunhado de Lissauer Vieira), de Rio Verde, e sobrinho do ex-prefeito de Acreúna Wander Carlos de Souza.
O ex-prefeito Edmar Oliveira Alves Neto, que respondeu a processos judiciais, deve compor com o bloco das oposições. O ex-vereador Adilson Braz da Rocha, o Serraria, também esteve com Paulo do Vale.
As oposições em Acreúna são críticas e, até, agressivas. O prefeito Claudiomar Portugal terá uma pedreira pela frente e, sem o apoio da vice, chegará mais fragilizado ao pleito. Porém, compensa a perda com a força da máquina pública.
Em 2020, Pankão, com 15,89% dos votos, pode ter atrapalhado a vitória de Adélio Neto. Em 2024, com dois candidatos fortes das oposições — como Adélio Neto e Mariluce da Silva Ferreira —, as coisas podem ficar mais fáceis para Claudiomar Portugal.
Em 2020, três candidatos — Adélio Neto, Eurípedes Pankão e Roberto Félix — obtiveram, juntos, quase 60% dos votos válidos. Mas perderam para Claudiomar Portugal, que obteve 41,47%. E, repetindo, em 2024, daqui a um ano e seis meses, terá a máquina pública nas mãos — o que costuma fazer a diferença.
Uma fonte de Acreúna afirma que o prefeito Claudiomar Portugal tem desgastes e é visto pelos eleitores como “mais do mesmo”. Ou seja, uma vez na prefeitura, “não fez a diferença”.(E.F.B.)
