Deputado federal conseguiu, pela primeira vez, evitar que Iris Rezende “tratorasse” integrantes do partido e impusesse sua vontade

Daniel Vilela "ganhou" a batalha, mas precisa enfrentar a guerra | Foto: Alexandre Parrode / Jornal Opção
Daniel Vilela “ganhou” a batalha, mas precisa enfrentar a guerra | Foto: Alexandre Parrode / Jornal Opção

O clima no diretório do PMDB goiano era de insatisfação total na tarde desta quinta-feira (29/10). Aliados do ex-governador Iris Rezende e seu candidato, Nailton Oliveira, ficaram frustrados com a derrota — na Justiça — para a realização da eleição à presidência estadual do partido.

Marcado inicialmente para o último sábado (24/10) e reagendado para esta quinta-feira (29), o pleito não pode ser realizado após uma liminar ser concedida em favor de uma ação proposta pelo ex-deputado José Essado.

Segundo o processo, a atual diretoria não havia publicado o edital da eleição em tempo hábil, tornando-a, assim, irregular. Com isso, a nacional do PMDB deverá indicar uma comissão provisória, a partir do dia 1º de novembro, para se encarregar de concluir o processo de sucessão do atual presidente, Samuel Belchior.

De fato, na última quinta-feira (22/10), a atual executiva estadual já havia concordado em postergar a eleição para que houvesse tempo hábil para que as duas chapas fossem homologadas — são elas: uma comandada por Nailton Oliveira e a outra, dos deputados Daniel Vilela e José Nelto.

Ocorre que, nos bastidores, a bancada estadual e antigos do partido trabalhavam para “tirar” Daniel do jogo. Já davam como certa a “saída” do filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Viela. Inclusive, ao Jornal Opção, Bruno Peixoto — que é presidente do diretório Metropolitano — chegou a afirmar que Daniel Vilela teria “desistido” da disputa.

No entanto, o deputado federal conseguiu se articular e evitou que o passado vencesse novamente. Representante da renovação e, possivelmente, uma das únicas esperanças do partido em Goiás, o jovem deve ser escolhido para presidir a comissão provisória que o diretório nacional irá indicar.

A boa relação de Daniel com a executiva nacional do PMDB e com o presidente Michel Temer foram decisivas para o desmanche da “arapuca” irista. Comenta-se que quem o auxiliou foram Sandro Mabel e o próprio José Nelto.

Esta pode ser a primeira derrota de Iris Rezende dentro do partido, que comanda há mais de 30 anos.