Cancelamento da eleição no PMDB é vitória de Daniel Vilela
29 outubro 2015 às 19h08
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Deputado federal conseguiu, pela primeira vez, evitar que Iris Rezende “tratorasse” integrantes do partido e impusesse sua vontade
O clima no diretório do PMDB goiano era de insatisfação total na tarde desta quinta-feira (29/10). Aliados do ex-governador Iris Rezende e seu candidato, Nailton Oliveira, ficaram frustrados com a derrota — na Justiça — para a realização da eleição à presidência estadual do partido.
Marcado inicialmente para o último sábado (24/10) e reagendado para esta quinta-feira (29), o pleito não pode ser realizado após uma liminar ser concedida em favor de uma ação proposta pelo ex-deputado José Essado.
Segundo o processo, a atual diretoria não havia publicado o edital da eleição em tempo hábil, tornando-a, assim, irregular. Com isso, a nacional do PMDB deverá indicar uma comissão provisória, a partir do dia 1º de novembro, para se encarregar de concluir o processo de sucessão do atual presidente, Samuel Belchior.
De fato, na última quinta-feira (22/10), a atual executiva estadual já havia concordado em postergar a eleição para que houvesse tempo hábil para que as duas chapas fossem homologadas — são elas: uma comandada por Nailton Oliveira e a outra, dos deputados Daniel Vilela e José Nelto.
Ocorre que, nos bastidores, a bancada estadual e antigos do partido trabalhavam para “tirar” Daniel do jogo. Já davam como certa a “saída” do filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Viela. Inclusive, ao Jornal Opção, Bruno Peixoto — que é presidente do diretório Metropolitano — chegou a afirmar que Daniel Vilela teria “desistido” da disputa.
No entanto, o deputado federal conseguiu se articular e evitou que o passado vencesse novamente. Representante da renovação e, possivelmente, uma das únicas esperanças do partido em Goiás, o jovem deve ser escolhido para presidir a comissão provisória que o diretório nacional irá indicar.
A boa relação de Daniel com a executiva nacional do PMDB e com o presidente Michel Temer foram decisivas para o desmanche da “arapuca” irista. Comenta-se que quem o auxiliou foram Sandro Mabel e o próprio José Nelto.
Esta pode ser a primeira derrota de Iris Rezende dentro do partido, que comanda há mais de 30 anos.