Apesar das pressões do PP e do PL, partidos que compõem o Centrão, Valdemar Costa Neto defende a permanência da ministra até março. Ele é presidente do PL

Jair Bolsonaro e Flávia Arruda | Foto: Reprodução

Em grupos de WhatsApp (e para além deles), líderes partidários da Câmara dos Deputados estão indóceis e pressionam pela demissão da ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), deputada federal licenciada. Parlamentares do PP, do Republicanos e do PL chegaram a pedir sua cabeça ao presidente Jair Bolsonaro.

Malu Gaspar, de “O Globo”, registra que, “embora integrante do PL e ex-presidente da Comissão Mista de Orçamento, Arruda prometeu e não cumpriu compromissos nos últimos meses, segundo duas lideranças que integram” um grupo de WhatsApp. “Para piorar, na última semana, não atendeu o celular.” Ela culpa o Ministério da Economia, que não libera as verbas.

Um dos irritados com Flávia Arruda é Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara. O parlamentar sublinhou, numa mensagem, que vai passar a defender a demissão da ministra. Sugeriu que o governo Bolsonaro não deve contar com ele nem com o partido. Ele ajudou na aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara.

Dois outros parlamentares, não identificados, sugerem que deputados do PL e do PP também estão chateados. “Juntos, os partidos formam o tripé de sustentação do governo Bolsonaro no Congresso.”

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, diz que Flávia Arruda está prestigiada e que só vai deixar o governo em março, no período de desincompatibilização, para disputar mandato de senadora ou governadora pelo Distrito Federal.

Há “notícias” de o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, estaria “satisfeito” com a recente fragilidade de Flávia Arruda. Mas o jornal apurou que o gestor de Brasília não fez nenhuma declaração a respeito.