Por Redação

Ao comemorar um ano da vigência do projeto na região metropolitana de Goiânia, governador reeleito assina Ordem de Serviço para estendê-lo a todo o Estado

Órgão que facilitar o recebimento das dívidas com o poder público que tramitam no judiciário. Estimativa é de que há cerca de 15 mil ações do tipo
Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO
[caption id="attachment_22127" align="alignleft" width="300"] Foto: divulgação[/caption]
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) vai propor ao Governo do Estado um termo de cooperação técnica para facilitar o recebimento das dívidas com o poder público que tramitam no judiciário.
Segundo estimativas, há cerca de 15 mil ações nesse âmbito, que totalizam R$ 22 bilhões em créditos fiscais, a maioria proveniente de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O assunto será tratado durante o 1º Workshop de Execução Fiscal, que será realizado nesta segunda-feira (1/12), no auditório do TJGO, do meio-dia as 17h30.
O evento vai abordar também as ações voltadas aos âmbitos municipais. Dados do setor de estatística do TJGO apontam que tramitam cerca de 300 mil processos de execução fiscal envolvendo prefeituras. Para discutir formas de acelerar o andamento processual dessas ações e, assim, promover mais arrecadação e investimentos nas cidades, foram convidados para o evento prefeitos, secretários municipais de finanças, procuradores, magistrados que atuam nas varas públicas e advogados.
O volume das ações de execução fiscal é uma preocupação em Tribunais de Justiça de todo o País, tanto que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), inclusive, convocou magistrados para participar de reunião sobre o tema no próximo dia 3. De acordo com pesquisa da entidade, em 2013, dos 67 milhões de processos pendentes de julgamento em todo Brasil, 36,3 milhões eram de execução, o que representa a maior causa de congestionamento no judiciário no país.
“O TJGO já coloca em prática algumas soluções para enfrentar esse volume de processos, com a assinatura de acordos de cooperação técnica com as prefeituras de Goiânia, Catalão e Rio Verde. Com o evento, esperamos contato maior com os demais municípios”, conforme explica o juiz-auxiliar da Presidência, Carlos Magno Rocha da Silva. Uma das medidas é o recolhimento de pagamentos em guia única.
A citação dos devedores também deve ser facilitada com parcerias. “Muitas vezes, a prefeitura tem dificuldade de localizar essas pessoas. Com ajuda do Poder Judiciário, que vai oferecer seu banco de dados, esse processo deve se tornar mais ágil”, acredita o magistrado.
Na capital, foi instituída em julho deste ano a 1ª Vara da Execução Fiscal Municipal, para concentrar num só juiz as ações do tipo e, assim, estabelecer uma interlocução mais eficaz com a prefeitura. Para diminuir o volume processual, foi compactuado com o Poder Municipal executar apenas dívidas superiores a R$ 800 e, ainda, caso a mesma pessoa tiver vários pequenos débitos, será protocolado um só processo, unificando-os. A estimativa é diminuir cerca de 48% do volume processual. A ideia é levar esses moldes para outros municípios.
Outra medida para acelerar o trâmite – que será proposta durante o workshop – é o pagamento automático das diligências dos oficiais de justiça, já que muitas cidades não detém de delegacias fiscais. “O Estado é isento de custas, mas as diligências devem ser pagas por ele. Hoje, o pagamento pode demorar meses para ser liberado: o juiz oficia para a Procuradoria que, por sua vez, oficia a Fazenda para liberar o dinheiro. E o oficial não cumpre a diligência fazendo a penhora enquanto isso. Queremos já disponibilizar uma quantia média e, depois, fazer a prestação de contas”, explica Carlos Magno.
Judicialização da Saúde
Antes do workshop, será realizado o evento Reflexões sobre a Judicialização da Saúde, no mesmo local, das 8h30 as 9h30. Na programação, palestras com a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desembargador Carlos Alberto França e juiz federal da 4ª região, Clênio Jair Schulze.
Programação do 1º Workshop de Execução Fiscal
13 horas – Abertura: Carlos Alberto França, desembargador do TJGO
Carlos Magno da Rocha Silva – Juiz auxiliar da presidência do TJGO
13h40 – Assinatura do termo de cooperação entre o TJGO e o município de Trindade
14 horas – Vara de Execução Fiscal Municipal – Expectativas e resultados. Palestrante: Carlos Magno da Rocha Silva.
15 horas – Centro Judiciário de Valparaíso – Boas práticas e aumento da arrecadação de tributos. Palestrante: Gilson Furtado, procurador do município de Rio Verde.
15h30 – Coffee Break
16 horas – A execução fiscal e as barreiras na localização do executado e dos bens. Palestrante: Gleice Cabral de Castro, procuradora do município de Rio Verde.
16h20 – Execução Legal, justificativa, objetivos e ações. Palestrantes: Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro – juiz da Vara da Fazenda Pública da comarca de Jataí, e Renato Barbosa Brandão – procurador do município de Jataí.
17 horas – Perguntas e debates
17h30 – Encerramento – Carlos Magno Rocha da Silva.
[caption id="attachment_22110" align="alignright" width="300"] Dados mostram aumento da expectativa de vida da população brasileira | Marcelo Camargo/Agência Brasil[/caption]
A expectativa de vida do brasileiro subiu para 74,9 anos, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2013, a expectativa era 74,6 anos. A Tábua Completa da Mortalidade 2013 do IBGE foi publicada na edição desta segunda-feira (1º/12) do Diário Oficial da União (DOU).
A tabela mostra a expectativa de vida para todas as idades até os 80 anos. Uma criança de dez anos de idade, por exemplo, tem a expectativa de viver até os 76,3 anos. Um jovem de 18 anos deve viver, em média, até os 76,6 anos.
Uma pessoa de 40 anos tem a expectativa de vida de 78,5 anos. Aqueles que têm 80 anos ou mais têm expectativa média de viver mais 9,2 anos.

Em 2011, um texto escrito por Ademir Luiz fez grande sucesso entre os leitores do Jornal Opção. Confira:
Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de “Pequeno Shakespeare”, é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”
Ademir Luiz
Especial para o Jornal Opção
Sartre escreveu em sua famosa peça “Entre Quatro Paredes”, de 1945, que “o inferno são os outros”. Não existe uma definição universalmente aceita sobre o conceito de inferno na tradição teológica ocidental. Segundo o historiador Jean Delumeau, no livro “Entrevistas Sobre o Fim dos Tempos”, o catolicismo tradicional, apoiando-se em Santo Agostinho, apregoava a “existência de um lugar de sofrimento eterno para aqueles que tiverem praticado um mal considerável nessa vida e dele jamais se tenha arrependido”. Essa noção, um tanto incongruente com a imagem de um Deus misericordioso, não prosperou fora do imaginário popular, sendo substituída pela solução do Purgatório, desenvolvida no século II, sobretudo, por Orígenas. Ninguém mais estaria condenado para sempre, embora, excetuando-se os santos, todos tivessem que passar por um período variável de purificação, com a garantia da salvação ao final. Santo Irineu discordava. Para ele, “os pecadores confirmados, obstinados, se apartaram de Deus, também se apartaram da vida”. Portanto, após o julgamento final, os condenados seriam simplesmente apagados da existência.
A polêmica continuou pelos séculos dos séculos, com novos debatedores: Tomás de Aquino, Lutero, Joaquim de Fiore. Na literatura, Dante e Milton criaram visões poderosas do inferno. O trio de condenados de Sartre, os cenobitas sadosmasoquistas de Clive Barker e os pecadores amaldiçoados de Roberto Bolaños são recriações contemporâneas perturbadoras.
Sim, Roberto Bolaños. Não, não se trata do falecido ficcionista chileno Roberto Bolaño (1953–2003), autor do calhamaço “2666”. O Bolaños com S é um artista infinitamente superior. Refiro-me ao ator, escritor e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de Chespirito, ou “Pequeno Shakespeare” à mexicana. Ele é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”. Se, conforme ensinou Baudelaire, “a maior artimanha do demônio é convencer-nos de que ele não existe”, podemos concluir que esse mesmo demônio não iria apresentar seus domínios por meio de estereótipos: escuridão, chamas, tridentes, lava. Em “Chaves”, verdadeiramente, “o inferno são os outros”.
Bolaños encheu sua criação de sinais que devem ser decodificados para que se revele seu verdadeiro sentido de auto moralizante. O primeiro e mais importante é o título. Originalmente, o seriado chama-se “El Chavo Del Ocho”, ou traduzindo do espanhol: “O Moleque do Oito”. Ninguém sabe o verdadeiro nome do protagonista, que nunca foi pronunciado. Chamam-no apenas de “Moleque”. O nome próprio Chaves é uma adaptação brasileira, uma corruptela da palavra “chavo”. É certo que um “chavo”, ou “moleque”, é quem faz molecagens; quem subverte a ordem do que seria moral e socialmente aceito como correto. Em livre interpretação, o “moleque” é um pecador. Portanto, o seriado trata de pecados. Não de pecados mortais, pois do contrário dificilmente seus personagens gerariam simpatia, mas, com certeza, de pecados capitais.
Ao contrário do que muitos acreditam, o protagonista não mora em um barril, mas na casa número 8. Sendo órfão e morador de rua, foi recolhido por uma idosa, que jamais foi mostrada; e que talvez não exista. Se existir é a morte materializada, pois habita o 8. Basta deitar o numeral 8 que obtemos o símbolo do infinito. A morte é infinita, pois não há vida antes da vida e após a vida volta-se a condição anterior. A vida pode ser medida pelo tempo, o antes e o depois é, por definição, infinito. O nada infinito, a graça infinita ou a purgação infinita.
Essa vila do “8” nada mais é do que um pedaço do Inferno, especialmente preparado para receber seus hospedes, mortos e condenados no julgamento final. Uma variação cômica de “Entre Quatros Paredes”, onde duas mulheres e um homem (além de um mordomo... mas o comunista Sartre não considerou o representante da classe proletária um personagem pleno) são obrigados a se suportarem mutuamente pela eternidade, num ciclo infindável de acusações e violência. Não é difícil imaginar a cena: Chiquinha chuta a canela de Quico e faz seu pai pensar que o menino foi o agressor, enervado Seu Madruga belisca Quico, que chama Dona Florinda, que acerta um tapa no vizinho gentalha, que descarrega a raiva no Moleque, que atinge o Seu Barriga quando ele chega para cobrar o aluguel. Enquanto isso, o professor Girafales, queimando de desejo, bebe café, com um buquê de rosas no colo, sem desconfiar a causa, motivo, razão ou circunstância de tanta repetição.
O cenário é um labirinto rizomático, sem centro, começo nem fim. Saindo da vila caem em uma rua estreita que leva a um pequeno parque, um restaurante e uma apertada sala de aula. As variações, como Acapulco, são exceções que confirmam a regra. O universo dos personagens se resume a esse espaço claustrofóbico, onde um ambiente leva a outro que leva a outro que leva a outro, indefinidamente.
Os pecados que cometeram em vida transparecem em suas características, medos e frustrações. Chaves, o Moleque, sempre faminto, cometia o pecado da gula. Glutão inveterado, sua preferência por sanduiche de presunto indica desprezo pelas leis de Deus, que proibiu o consumo de porco, esse animal sujo e de pé fendido. Inimigo de qualquer autoridade moral, apelidou seu professor de “Mestre Linguiça”, outra referência a malfadada iguaria suína.
Seu Madruga, que têm muito trabalho para continuar sem trabalhar, cometia o pecado da preguiça. Exigem redobrados esforços suas estratégias de fuga, para não pagar os indefectíveis 14 meses de aluguel. Que nunca se tornam 15 meses, denotando que a passagem do tempo está suspensa. Não é necessário lembrar que 7 + 7 é igual a 14 e que, na tradição crística, 70 x 07 simboliza o infinito. Da mesma forma que o 8, o símbolo de adição deitado torna-se o de multiplicação. Deus mora nos detalhes.
A ganância de Seu Barriga é óbvia. Quem mais cobraria o aluguel mensal praticamente todos os dias? Os golpes que o Moleque lhe aplica sempre que chega a vila faz parte de sua punição. O fato de possuir como veículo uma Brasília amarela liga-o imediatamente ao país Brasil, indicando que em vida deve ter se envolvido em escândalos de corrupção. Terry Gilliam não escolhe títulos ao acaso.
O pequeno marinheiro Quico, o menino mais rico da vila, é movido pela inveja. Sempre que vê um de seus pobres vizinhos se divertindo com um surrado brinquedo, cobiça aquela alegria simplória e vai buscar um dos seus, sempre maior e melhor, mas que nunca lhe dá satisfação. O brinquedo do outro, mesmo sendo obviamente inferior, sempre lhe parece mais interessante. Um círculo vicioso de inveja, jamais saciada.
Chiquinha é marcada pela personalidade intolerante, raivosa. Imitando o Pateta, usava o automóvel como uma arma potencializadora de sua ira. Morrendo em uma briga de trânsito, na vila, tenta fazer o mesmo com o triciclo. Não foram poucas as vezes que atropelou pés e brinquedos. Mas a musa que canta a ira do poderoso Aquiles não se ocupa da ira insignificante de Francisquinha. Sendo a menor e fisicamente mais fraca da vila, só lhe resta chorar, chorar e chorar.
Dona Florinda e o Professor Girafales foram libertinos do porte do Marquês de Sade e Messalina (ou os próprios). Mestres na arte da luxúria, acabaram condenados a eternidade de abstinência sexual. Frigida e impotente, a mente almeja, mas o corpo não acompanha. Consomem infindáveis xícaras de café que, com propriedades estimulantes, alimentam ainda mais o fogo que não podem debelar. O professor Girafales fuma em sala de aula não porque “El Chavo Del Ocho” foi gravado antes da praga politicamente correta, mas devido ao fato dele ser portador do célebre cacoete pós-coito de acender um cigarro, fazer um aro de fumaça no ar e perguntar “foi bom para você?”. Incapaz de cumprir a primeira parte do ritual erótico, involuntariamente reproduz a segunda. Não por acaso, a trilha sonoro de seus encontros é a mesma de “... E o Vento Levou”. A frase final do filme é “amanhã será outro dia”. Na vila, sempre haverá outro dia e outra xícara de café.
Dona Clotilde, a bruxa do 71, padecia de extrema vaidade. O gênio de Bolaños teve a sutileza de convidar uma ex-miss, a espanhola Angelines Fernández, para interpretar a personagem. Novamente o signo de uma condenação eterna aparece: 71 nada mais é do que 7+1=8. O animal de estimação de Dona Clotilde, significativamente chamado de Satanás, chama atenção para outro elemento importante. A presença de diversos demônios errantes na vila. Trata-se de uma besta transmorfa. Em alguns episódios satanás é um gato, em outros um cão. Diferente do paradoxo do coelho-pato de Jastrow, Wittgenstein e Thomas Kuhn, que servia ao desenvolvimento da razão, o gato-cão é uma representação do misticismo, o cão em “pessoa”.
Em 1589 o teólogo Peter Binsfeld, no livro “Binsfeld’s Classification of Demons”, estabeleceu que cada um dos sete pecados capitais possui um patrono infernal. Sintomaticamente, Lúcifer, nome pelo qual muitos chamam satanás, gera a vaidade. Os outros são Asmodeu que gera a luxúria, Belzebu a gula, Mammon a ganância, Belphegor a preguiça, Azazel a ira e Leviatã a inveja. Não nos enganemos: eles rondam a vila. Aparecem circunstancialmente, para promover desordem, dor e tentação.
Se o gato-cão Lúcifer/Satanás ajuda a difundir o boato de que Dona Clotilde é uma bruxa, me parece óbvio que a bela menina Paty e sua tia Glória são Belzebu e Belphegor metamorfoseados em súcubos, demônio sexuais femininos, prontos para atiçar outros apetites no Moleque e tirar Seu Madruga de seu estado de letargia. Por sua vez, o galã de novelas Hector Bonilla, que visitou a vila, nada mais é do que Asmodeu na forma de um íncubo, demônio sexual masculino, com a missão de tumultuar a relação do casal de libertinos castrados. Nhonho é Mammon, instigando o pai avaro a gastar. Popis é Azazel, esmerando-se em despertar a ira de Chiquinha com sua futilidade enervante. Godinez é Leviatã atiçando a inveja de Quico, com suas respostas tão certeiras quanto involuntárias ao Mestre Linguiça. Figuras de pouca relevância como Dona Neves, Seu Furtado, os jogadores de ioiô, os alunos anônimos na escola, os clientes do restaurante, o pessoal do parque e do festival da boa vizinhança, além de outros coadjuvantes, são entidades demoníacas menores, com a função de criar a ilusão de normalidade.
De fato, os frequentadores da vila parecem inscientes de sua condição. Os adultos por serem alto-centrados. As crianças por estarem duplamente amaldiçoados, regredidos a condição infantil, talvez como espelho da imaturidade emocional que os levaram a conduta pecadora. Enquanto muitas pessoas sonham em possuir a experiência da maturidade em um corpo jovem, eles mantiveram o corpo que possuíam na hora da morte, mas quase sem nenhuma experiência. Essas são as sutilezas da burocracia infernal.
O carteiro Jaiminho, em sua função de portador de mensagens, é o único representante do lado de cá. Um médium que tenta fazer contato com essa outra dimensão. Seu constante estado de fadiga é resultado do esforço sobre-humano necessário para cruzar as dimensões. Prova disso é a descrição que Jaiminho dá de sua terra natal, Tangamandápio. A despeito de existir de fato, sendo localizada a noroeste do Estado mexicano de Michoacán, trata-se de uma alegoria. Segundo o carteiro, tudo em Tangamandápio é colossal. Seria maior do que Nova York e teria uma população de muitos milhões de habitantes. O que poderia ser tão grande? Obviamente, ela não se refere a uma única localidade isolada, mas a todo o planeta; a terra dos vivos. As cartas que transporta são psicografias e a bicicleta que nunca larga, apesar de não saber andar, nada mais é do que um totem, ao estilo de “A Origem”, necessário para que possa voltar para realidade.
Em “El Chavo Del Ocho”, Bolanõs, o Camus asteca, criou sua própria versão do mito de Sísifo. O Moleque e companhia estão condenados a empurrar inutilmente por uma ladeira íngreme essa imensa pedra chamada cotidiano, que sempre rola de volta, obrigando-os ao tormento do eterno retorno. A pedra de Quico é quadrada, não rola, desliza. É cômico, apesar de trágico.
Ademir Luiz é doutor em História.
Fonte: Revista Bula
Em mais uma ação de regularização na Região Noroeste, Agehab leva benefícios ao Jardim Curitiba - que recebe pacote de obras do PAC-2
[caption id="attachment_21864" align="aligncenter" width="620"] Foto: Agehab[/caption]
Os moradores do Jardim Curitiba recebem neste sábado (29/11), do Governo de Goiás, praça construída pela Agência Goiana de Habitação (Agehab), com infraestrutura e equipamentos para prática de esporte, ginástica, recreação infantil e convivência das famílias.
Localizada no Jardim Curitiba III, entre as ruas JC-65 com a JC-66, a praça integra um conjunto de obras de reurbanização em andamento no bairro, que, de acordo com o Estado, levará mais conforto, segurança e qualidade de vida para as famílias. A inauguração está marcada para as 9 horas e o governador Marconi Perillo (PSDB) é esperado.
São 7 mil metros quadrados de área construída, iluminação moderna, pista de caminhada, quadra de esportes e parque infantil. As obras fazem parte do programa de regularização fundiária plena do bairro, executado pela Agehab com o Casa Legal – Sua Escritura na Mão e parceria da Caixa Econômica Federal.
Além das escrituras registradas dos imóveis, os moradores serão beneficiados com a construção de Centro de Educação Infantil (CMEI), Centro Comunitário, asfalto, redes de esgoto e galerias para escoamento da água das chuvas. Estas obras estão em fase de conclusão.
“Estamos completando a regularização de 13 bairros da região Noroeste, onde já entregamos quase 8 mil escrituras. Trabalhamos para entregar ainda este ano escrituras do Jardim Curitiba. Tudo dependerá da agilidade do registro em cartório. Com as escrituras do bairro concluiremos a legalização da região Noroeste. O Curitiba começa a receber as obras de reurbanização do processo de regularização plena”, frisa o presidente da Agehab, Luiz Stival.
O bairro também será beneficiado com a construção de um Centro de Cultura e Convivência, com anfiteatro para 300 pessoas, e 315 moradias para famílias que ocupam áreas de risco ou preservação ambiental. O investimento na reurbanização do Jardim Curitiba é superior a R$ 50 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). A previsão é de que as primeiras 2,4 famílias do Jardim Curitiba (I, II, III e IV) recebam ainda este ano as escrituras de seus imóveis. Já foram entregues pela Agehab na região Noroeste de Goiânia cerca de 8 mil escrituras do Casa Legal, beneficiando 9 bairros.
Amigos da praça
[caption id="attachment_21863" align="aligncenter" width="600"]

[caption id="attachment_21859" align="alignright" width="620"] Reprodução/ TV Globo[/caption]
A coluna “Telinha” do jornal “Extra” informou nesta sexta-feira (28/11) que a atriz Drica Morais será temporariamente afastada da novela Império, da TV Globo, devido a problemas de saúde. As cenas da vilã Cora estariam sendo reescritas pelo autor da trama, Aguinaldo Silva.
Conforme a publicação, Drica foi diagnosticada com labirintite. A atriz, que enfrentou um longo tratamento contra leucemia em 2010, chegou a desmaiar durante gravação no dia 21 de outubro.
"O assunto é tratado com sigilo absoluto dentro da emissora", garante a colunista Carla Bittencourt.

O Troféu Jaburu é o maior e mais significativo prêmio cultural do Estado de Goiás

Dirigido por Henrique Rodovalho, a obra pode ser prestigiada nos dias 02 e 03 de dezembro, no Teatro Goiânia
A soma do PIB correspondeu a R$ 1,29 trilhão. A economia brasileira caiu 0,6%

Evento que será realizado nesta sexta-feira (28/11) também marcará a posse festiva da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da instituição

Evento faz parte das comemorações da 20ª edição do Goiânia Noise Festival, um dos maiores festivais de rock independente do Brasil

Emendas propostas foram rejeitadas pelo líder do governo na Casa

Cantoras posaram para foto no saguão de espera de um aeroporto

Nesta edição, as inscrições foram abertas para artistas de Goiás e do Distrito Federal. A entrada será 1 quilo de alimento não perecível

Senador eleito por Goiás critica "blindagem" do Planalto e questiona participação da atual e do ex-presidente no esquema de desvio de verbas na estatal
[caption id="attachment_21697" align="alignright" width="620"] Foto: reprodução / Site oficial[/caption]
Um dos líderes da oposição no Congresso Nacional, senador eleito e deputado federal por Goiás Ronaldo Caiado (DEM) apresentou dois requerimentos pedindo a convocação da presidente da República, Dilma Rousseff, e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, na CPMI da Petrobras.
De igual teor, os documentos protocolados nesta terça-feira (25/11) relatam as recentes descobertas feitas pelas investigações, como um e-mail do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa destinado a Dilma em 2009, quando ainda era ministra-chefe da Casa Civil. No correio eletrônico, ele alerta para o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou pelo terceiro ano seguido indícios de superfaturamento em três grandes obras da estatal.
“Neste e-mail do Paulo Roberto Costa, onde ele desrespeita toda hierarquia da Petrobras, ele vai diretamente à então ministra e presidente do Conselho da Petrobras. Todas as informações chegam a ela. Se ela sabia dos indícios de irregularidades, por que nada fez? E todos os fatos sinalizam que o processo foi iniciado pelo deputado José Janene (PP-PR) ainda no Governo Lula e que foi ele, conforme Alberto Youssef delatou, que deu carta branca para que o processo avançasse. Também precisa se explicar”, argumentou Caiado.
Na justificativa apresentada junto ao requerimento, o democrata ressalta que ambos tiveram totais condições de adotar medidas concretas no sentido de reparar as irregularidades apontadas pelo TCU. “Todavia, tudo leva a crer que optaram por manter a execução de obras sabidamente superfaturadas, o que terminou por causar estratosféricos prejuízos à companhia e, indiretamente, ao Erário”, relata.
Caiado acredita que a presença de ambos é imprescindível para o andamento das investigações, visto que à medida que o processo avança, também avança o nível hierárquico dos envolvidos.
“Não há mais saída retórica para que a base governista mantenha essa blindagem sobre o Palácio do Planalto. Já está provado que ambos são, no mínimo, negligentes ao Petrolão, o que já corresponde ao crime de prevaricação. Mas vamos comprovar que se trata de muito mais: eles não só o protegeram, como se beneficiaram do esquema. Ambos representam o fim de linha do propinoduto”, argumentou Caiado.