Por Nathália Barros
O deputado Sandro Mabel está abandonando a política ou está sendo abandonado pela política? Nenhuma coisa, nem outra. De fato, não vai disputar mandato de deputado federal pelo PMDB. Mas, se convidado para participar da chapa majoritária do partido, como vice ou, de preferência, como candidato a senador, não vai descartar o convite. Mais: o deputado encomendou pesquisas para saber sobre a possibilidade de disputar mandato majoritário. A primeira pesquisa sugeriu: “O deputado Mabel deve disputar mandato legislativo. Seu forte não é o Executivo”. Desconfiado de algum erro de avaliação, porque se considera acima de tudo um político com perfil executivo, encomendou outra pesquisa, feita por outro instituto. O resultado foi o mesmo: “Mabel deve disputar cargo no Legislativo. Não tem perfil para o Executivo”. O que fazer? Antes de se explicar, Mabel afirma que, como deputado, agiu como se estivesse no Executivo, mantendo uma equipe de qualidade, regiamente paga, para fazer projetos objetivos. Sem contar que, na iniciativa privada, atuou como executivo — e bem-sucedido. Baseado nas pesquisas, decidiu não disputar a reeleição, com o objetivo de se preparar para a disputa de 2016 — quando deverá ser candidato a prefeito de Goiânia (“a derrota de 1992 permanece engasgada na minha garganta”, admite) ou de Aparecida de Goiânia (há indícios de que o eleitor do município quer substituir o prefeito Maguito Vilela por outro Maguito, ou seja, um gestor com estatura política e administrativa estadual). As pesquisas vão orientar seu projeto e a cidade na qual deve disputar. Ele mantém um pé em Goiânia e um pé em Aparecida (onde sempre funcionaram seus negócios). Em conversa com o Jornal Opção, Mabel diz que está animado com a candidatura de Júnior Friboi. “Vamos ganhar o governo e mostrar que uma administração deve funcionar durante quatro anos, não apenas nos dois últimos anos”, frisa.

Advogado, professor de história e radialista será homenageado na quinta-feira na Câmara Municipal de Goiânia. Polêmico, o presidente da Confederação Nacional das Entidades Libano-brasileiras (Confelibra) é a favor do monarquismo e da pena de morte
Vai ser Bill ou Frederico. Se a indicação for política, dada uma possível candidatura do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), a governador de Goiás, o nome mais cotado para secretário da Indústria e Comércio é o do ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Frederico Jayme. Frederico, como se sabe, é filiado ao PMDB, mas é uma espécie de dissidente e mantém relacionamento estreito com o governador marconi Perillo (PSDB). Frederico é parente de Valéria Perillo, mulher de Marconi. Entretanto, se a solução for técnica, seguindo a indicação da Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg)-Fórum Empresarial, o nome praticamente certo é o de William (Bill) ) O'Dwyer.
Em conversa com jornalistas no Restaurante Assoluto, em Goiânia, na segunda-feira, 31, o deputado federal Sandro Mabel disse que PMDB e PT estão às portas de romper a aliança política. O peemedebista sugere que o problema é a presidente Dilma Rousseff, que articula mal politicamente. Mabel diz que, se Dilma perder a eleição para Aécio Neves, do PSDB, ou para Eduardo Campos, do PSB (ele avalia que Campos é mais consistente, ou pelo menos está com mais vontade de disputar), não será nenhuma surpresa. “Ela está caindo rápido demais.” Há alguma alternativa? Mabel garante que sim. “Acredito que Lula será o candidato do PT a presidente. Mas isto não vai ser definido agora. O PT deve definir o candidato somente em junho. Se Dilma cair um pouco mais, pondo em risco o projeto nacional do PT, que é o que lhe interessa, não resta a menor dúvida: Lula será o candidato a presidente. Ele é popular e sabe fazer política.”
Setores do PMDB rejeitam a candidatura do petista Antônio Gomide a governador de Goiás, porque, na opinião deles, divide os votos das oposições. O deputado federal Sandro Mabel (PMDB) diz que pensa o oposto disso. “Gomide, se confirmada sua candidatura, vai ajudar, e muito, as oposições. Porque ele retira votos do governador Marconi Perillo em Anápolis. Sem Anápolis, Marconi vai enfrentar problemas seriíssimos. Na eleição passada, Anápolis praticamente garantiu-lhe a vitória”, sustenta Mabel.
O deputado federal Sandro Mabel (PMDB) disse ao Jornal Opção na segunda-feira, 31, durante o jantar de “agradecimentos” a jornalistas goianos – ele não vai disputar mandato legislativo –, que tem uma certeza: o empresário Júnior Friboi vai ser candidato a governador de Goiás, em 5 de outubro deste ano, pelo PMDB. “O que não tenho certeza, ainda, é como será a chapa majoritária. Sei quem será o candidato a governador, mas não tenho como dizer quem vai disputar mandato de senador e quem será o vice”, afirma. Sobre Friboi, insistiu: “Está definidíssimo. Ninguém o tira mais da disputa”.
Um repórter do Jornal Opção perguntou para o deputado federal Sandro Mabel, do PMDB: -- O sr. avalia que o petista Olavo Noleto tem condições de ser eleito deputado federal em 5 de outubro deste ano? Mabel não titubeou: -- Plenas condições. Aposto que será deputado federal. O repórter insistiu: -- Por que a certeza? Mabel explicou-se: -- Porque Olavo é “jeitoso”. Ele é um político nato. Na opinião do peemedebista, o PT deve eleger dois deputados federais, Rubens Otoni e Olavo Noleto. Para deputado federal, Mabel está apoiando três candidatos: Daniel Vilela, do PMDB, Olavo Noleto, do PT, e Alexandre Baldy, do PSDB. O jornalista estranha: -- Por que Baldy, que não é de sua base política? O peemedebista apresenta sua versão: -- Minha base política é heterogênea. Alguns de meus aliados não apoiam candidatos do PMDB e do PT. Eles preferem compor com Baldy e não opus qualquer obstáculo. A conversa entre o repórter e o deputado ocorreu no Restaurante Assoluto, na segunda-feira, 31, em Goiânia.
Igor Montenegro, que deve ser um dos coordenadores da campanha de reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB), vai apoiar o médico e ex-secretário da Saúde Antônio Faleiros (PSDB) para deputado federal. Faleiros e Igor viajaram juntos para o interior na semana passada. Igor iria disputar mandato de deputado federal, mas desistiu.
O deputado estadual Tales Barreto (PTB) diz que concorda com os deputados Jovair Arantes (PTB) e Magda Mofatto (PR): “Ronaldo Caiado, de fato, soma muito. Mas nós, da base, queremos que ele defenda o nosso projeto de governo. Jovair está certo quando sugere que Caiado dará consistência à nossa chapa majoritária. Ressalvo que Vilmar Rocha, cotado para senador, e José Eliton, que pode permanecer como vice, são políticos de respeito, consistentes”. Tales Barreto avalia que “as coisas estão bem e melhorando para o governador Marconi Perillo. As coisas estão acontecendo, as obras são visíveis e todos dizem que são da mais alta qualidade. E há, por fim, a expectativa de que mais está chegando. Marconi, ao contrário dos que apostam no caos, significa esperança”. O petebista ressalta que a expectativa de poder, agora, “está com Marconi”. Sobre Antônio Gomide, Tales Barreto diz que se trata de “um político corajoso, que costuma ‘peitar’ e é forte em Anápolis”. A respeito de Vanderlan Cardoso, Talles Barreto afirma que, como falta-lhe estrutura política, possivelmente vai compor com Júnior Friboi ou Iris Rezende.
Na semana passada, um repórter do Jornal Opção conversou com várias pessoas de Anápolis. Elas estão divididas a respeito de uma possível candidatura do prefeito Antônio Gomide (PT) a governador. Uma parcela da população avalia que é importante Gomide disputar o governo, pois isto mostraria a força de Anápolis, seu revigoramento político. Outra parcela teme que, com a saída de Gomide, Anápolis volte a ser mal administrada.
O presidente do PSDB de Goiás, Paulo de Jesus, não concorda com as críticas que os prefeitos de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB), e de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), estão fazendo ao deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). “Caiado é muito bem-vindo à base aliada e, lá frente, vamos discutir a formatação da chapa majoritária. Uma aliança com Caiado é importante para a base, pois o deputado soma, e soma muito. Ele tem votos, seguidores e é um político limpo, correto.” Caiado, que apoia o tucano Aécio Neves para presidente da República, é cotado para fazer parte da chapa do governador Marconi Perillo (PSDB). A chapa que a maioria da base quer inclui Marconi para governador, Vilmar Rocha (PSD) para vice-governador e Caiado para senador.
O vereador Virmondes Cruvinel Filho, principal estrela do PSD em Goiânia, avalia que uma cidade moderna precisa ter internet gratuita nos espaços públicos, mas não apenas em alguns parques ambientais. Ele vai sugerir ao governador Marconi Perillo (PSD) que coloque internet sem fio (wi-fi) na Praça Cívica e no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Nos finais de semana, notadamente no domingo, a Praça Cívica lota com ciclistas e pessoas passeando ou fazendo caminhada. Aos sábados e domingos, dezenas de pessoas passeiam pela área do Oscar Niemeyer. Uns andam de patins. Outros usam skates.
Rio Verde não comenta outra coisa: a prefeitura está sendo comandada por três "irmãs" Cajazeiras. O povão diz, em tom jocoso, que o prefeito Juraci Martins, às vezes chamado de Odorico Paraguaçu, terceirizou a administração para três mulheres. As Cajazeiras são Dorotéia, Dulcineia e Judiceia. As de Rio Verde têm outros nomes e são executivas sérias e não têm qualquer envolvimento pessoal com o prefeito. Porém, ante a suposta omissão (e absenteísmo) do prefeito, decidiram assumir o poder. Menos mal para o município. Pois são íntegras e estão cortando gastos inúteis e despolitizando a gestão.
A base governista pode ter dois candidatos a senador: Vilmar Rocha (PSD) e Ronaldo Caiado (DEM). Pode ser a saída encontrada para não dinamitar a base. Como operar a aliança? Da seguinte forma: a chapa majoritária, a oficial, teria Marconi Perillo para o governo, José Eliton para vice e Vilmar Rocha para senador. E como ficaria Caiado? Seria candidato a senador, do tipo avulso, portanto não na chapa governista, mas compondo, indiretamente, com o tucano Marconi.
Na sexta-feira, 28, convidado pela OAB para dar uma palestra, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) esteve em Jataí. Curiosamente, foi recepcionado pela base do governador Marconi Perillo. Um vereador tucano conta que o presidente do DEM disse que não será fácil fazer parte da chapa majoritária do tucano-chefe, principalmente devido à resistência de alguns líderes governistas, como os prefeitos de Goianésia, Jalles Fontoura, e de Rio Verde, Juraci Martins (que, na sua primeira eleição, foi bancado por Caiado). Inquirido se, mesmo com os ataques, poderia compor, Caiado não disse nem que sim, nem que não. Mas frisou que tem uma história, um perfil de político independente e responsável, e que a ação dos líderes da base não colabora para uma composição. O fato é que, apesar da resistência de setores da base – minoritários, vale dizer –, o governador Marconi Perillo quer uma composição com Caiado. Tirando a torcida do Olaria, Jalles, Juraci, José Eliton e Vilmar Rocha, a torcida do Flamengo, Marconi (governador), Jovair Arantes (deputado federal), Magda Mofatto (deputada federal), Helio de Sousa (deputada federal), Wilder Morais (senador) e centenas de outros líderes, quer compor com Caiado. Uma coisa é certa, afirma o tucano de Jataí: Caiado não vai pedir para ser candidato a senador. Não faz o seu perfil. Se acharem que acrescenta, que poderá ter uma participação decisiva, que o procurem.