Por Fabrício Vera

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Entre os inúmeros benefícios fiscais no plano de requalificação do Centro, o Centraliza, há desonerações previstas para estacionamentos fechados. Isenções para esses estabelecimentos parecem atrativas à primeira vista, mas podem acarretar em consequências negativas. Essa prática não só contribui para a manutenção do uso excessivo de veículos particulares, como ainda pode causar o processo da gentrificação, que é o processo de transformação de áreas urbanas que leva ao encarecimento do custo de vida e aprofunda a segregação socioespacial nas cidades.
Em primeiro lugar, desonerar estacionamentos perpetua a dependência dos automóveis como principal meio de transporte nas cidades. Ao reduzir os que envolvem ter um carro, isso encoraja mais pessoas a optarem por esse modal, em vez alternativas sustentáveis. Por consequência, isso aumenta a demanda por espaço para estacionar os veículos, levando a mais congestionamentos, poluição do ar e deterioração da mobilidade urbana.
Desonerar estacionamentos fechados pode contribuir para o processo conhecido como gentrificação, principalmente no Setor Central de Goiânia. Com os incentivos para estacionamentos, essa situação pode alterar completamente os preços dos imóveis e dos aluguéis dos locais. Isso pode “expulsar” os moradores dessas regiões, o que geraria um efeito totalmente contrário ao que o Paço Municipal deseja com o programa Centraliza.
O plano do Centraliza é atrair mais moradores para ocupar o Centro, logo não faz sentido beneficiar estacionamentos fechados, algo que pode causar o efeito oposto ao desejado. Com a criação de uma demanda artificial por esse tipo de empreendimento, ainda há o risco de construções histórias que não forem tombadas serem demolidas. Ou seja, a modalidade pode tomar o Setor Central e apagar a história do bairro e de seus moradores.
Esse é o alerta que os vereadores de oposição realizaram durante a tramitação do Centraliza na Câmara Municipal de Goiânia. Aava Santiago (PSDB), Kátia Maria (PT) e agora Fabrício Rosa (PT) alertaram para os riscos citados anteriormente. Entretanto, a Prefeitura de Goiânia deve seguir firme com o plano de desoneração de estacionamentos.
A solução para o Centro deveria prezar pelo “equilíbrio”, com menos desoneração para estacionamentos e expansão da chamada “Área Azul”. Ou seja, seria o contrário, com a implementação de oneração em locais de parada nos espaços públicos para incentivar modais mais sustentáveis.
E claro, sempre martelar a questão de investir em transporte público, mesmo que pedir investimentos nessa área pareça repetitivo e sem solução. De alguma forma, as grandes cidades precisam se reinventar no transporte público para não colapsar a mobilidade local.
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