Por Euler de França Belém

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Paulo do Vale comemora divisão governista. Mas e se o eleitor considerar Cruvinel como “a” oposição?

[caption id="attachment_36423" align="aligncenter" width="620"]Paulo do Vale e Heuler Cruvinel: a disputa em Rio Verde | Fotos: reprodução / Facebook Paulo do Vale e Heuler Cruvinel: oposição? | Fotos: reprodução / Facebook[/caption] O pré-candidato do PMDB a prefeito de Rio Verde, o médico Paulo do Vale, tem comemorado, em reuniões com aliados políticos, a divisão do grupo do prefeito Juraci Martins, do PP. Agora, na verdade, são dois grupos: de um lado, o do prefeito; e, de outro, o do deputado federal Heuler Cruvinel. Bancado pelo deputado Vilmar Rocha, Heuler Cruvinel vai disputar a Prefeitura de Rio Verde e, no momento, aparece como favorito. Se conquistar o petista Karlos Cabral para vice, o que daria à sua chapa uma coloração mais progressista — embora Rio Verde tenha uma tradição conservadora —, pode ficar ainda mais forte. Heuler Cruvinel costuma dizer que trabalhou pelo consenso, embora seja visto como desagregador pelo grupo de Juraci Martins. Resta saber se fica mais forte como candidato de “oposição”, ocupando, por assim dizer, parte do espaço político de Paulo do Vale. Juraci Martins pretende bancar a candidatura do deputado estadual Lissauer Vieira (Rede ou PP). Trata-se de um político jovem, mas articulado e, politicamente, hábil. Se subestimado por Heuler Cruvinel, pode acabar surpreendendo. Uma chapa com Lissauer Vieira e o vereador Paulo Henrique Guimarães na vice pode ser vista pelo eleitorado como consistente e renovadora. Já Paulo do Vale, segundo dizem alguns de seus aliados, avalia que a divisão do eleitorado governista beneficia sua candidatura. A crise “caiu do céu”, afirmam seus correligionários. Mas e se o eleitorado passar a avaliar que Heuler Cruvinel é a “verdadeira oposição”, a radicalizada, e não ele? Paulo do Vale terá de disputar, a partir de agora, não apenas a prefeitura, mas também o “espaço” de quem é “o” opositor mais consistente ao grupo dominante. Se Paulo do Vale não fizer um marketing eficiente, colocando-se (e sendo assimilado pelos eleitores) como “a” oposição real, Heuler Cruvinel poderá se apresentar, em 2016, como a alternativa efetiva. O rompimento de Heuler Cruvinel com Juraci Martins, portanto, trouxe consequências para todos, inclusive para Paulo do Vale. Resta saber quem ficará com os “efeitos positivos” e quem ficará com os “efeitos negativos”. Pode-se falar que a disputa pela prefeitura está “zerada”? Quase.

Renato de Castro deve ser o candidato do PMDB a prefeito de Goianésia

[caption id="attachment_33554" align="aligncenter" width="620"] Foto: Marcos Kennedy / Alego Renato de Castro: pelo PT, sai do processo; pelo PMDB, é forteFoto: Marcos Kennedy / Alego[/caption] Goianésia tem uma política qualitativa e não raivosa. Os grupos do prefeito Jalles Fontoura, do PSDB, e do ex-prefeito Gilberto Naves, do PMDB, elevaram o nível político do município. As campanhas têm críticas sólidas e firmes, mas raramente há baixarias. Agora, o tucanato deve bancar Robson Tavares, médico conceituado e popular, para prefeito. Robson Tavares é aliado fiel de tucano Jalles, mas mantém certo grau de autonomia. Não é, por assim dizer, teleguiado. Gilberto Naves, de 64 anos, não pretende disputar mais eleições. Avalia que chegou o momento de abrir espaço para políticos mais jovens e que tenham vontade de disputar eleições. Porém, sem Gilbertinho, o PMDB se torna menor. O que fazer? Renato de Castro foi eleito deputado estadual pelo PT. Na verdade, sem o apoio decidido do PMDB de Gilberto Naves, que colaborou na articulação de sua campanha, dificilmente teria sido eleito. A rigor, o petismo não contribuiu com sua vitória. Portanto, o parlamentar “está” mas “não é” do PT. Se a janela for aprovada, Renato de Castro se filiará ao PMDB e vai disputar a prefeitura pelo partido. Mesmo assim, não perde o apoio do PT, que sabe avaliar contingências e especificidades locais.

Crise interna do PMDB favorece manutenção de coligação com o PT em Goiânia

[caption id="attachment_50920" align="aligncenter" width="620"]Iris Rezende e Edward Madureira: dobradinha fica? | Fotos: reprodução / Facebook Iris Rezende e Edward Madureira: dobradinha fica? | Fotos: reprodução / Facebook[/caption] Iris Rezende tentou assumir o comando do PMDB por intermédio do preposto Nailton Oliveira. Achou que todos se submeteriam ao seu jogo, mas não contou com a pertinácia do deputado federal Daniel Vilela, que o enfrentou, conseguiu derrotá-lo e deverá ser o presidente da comissão provisória (ele ou o deputado Pedro Chaves). Mas o confronto interno do PMDB, ao enfraquecer Iris, gerou uma contradição: o irismo, que estava reticente em relação a uma aliança com o PT, agora começa a aceitá-la. O peemedebismo avalia que o ex-reitor da UFG Edward Madureira, dado ao fato de não ter desgaste, seria o vice ideal para a disputa da Prefeitura de Goiânia.

Waldir Soares, para se aproximar de vez de Iris Rezende, precisa agregar apoio e ampliar estrutura

O deputado Waldir Soares é um mesmo fenômeno político e eleitoral. Em Goiânia, as pesquisas de intenção de voto mostram-no em segundo lugar, colado em Iris Rezende. Mas o delegado tem condições de ultrapassar o postulante do PMDB? No momento, está a cerca de 10 pontos atrás do peemedebista-chefe. Waldir cresceu muito, mas estabilizou-se. O que precisa fazer para crescer e se tornar uma ameaça efetiva a Iris? A popularidade de Waldir, na disputa contra um peso pesado como Iris, tem um limite. Chega o momento em que os dois ficam “tirando” eleitores um do outro, com certa vantagem para Iris, que tem menos rejeição nas classes médias. Teme-se nas classes médias que, embora bem-intencionado, Waldir não tenha condições técnicas de gerir uma cidade complexa como Goiânia. Acredita-se que falta-lhe conteúdo político e administrativo. Então, para sair do lugar e se aproximar, perigosamente, de Iris, e logo no início de 2016 — para criar a expectativa de “virada” —, Waldir precisa de pelo menos uma providência. “Encorpar” a estrutura de sua pré-campanha. Para tanto, precisará ampliar seus apoios políticos, agregar valores para ampliar seu próprio valor. O problema é que, no lugar de agregar, Waldir funciona como um elemento desagregador. Aos poucos, orientado pelo craquíssimo Marcus Vinicius — um dos marqueteiros patropis que mais entendem de política, e não só de marketing —, Waldir  vai entender que todo apocalíptico um dia precisa aparentar, ao menos aparentar, ser um pouco integrado.

Campanha curta esconde uma pré-campanha liberada para ampla articulação política

Uma campanha eleitoral de 45 dias, com 35 dias de exposição na televisão e no rádio, é tida como curta pelos políticos. Mas é um grande problema? Não é, admitem. Qual é o jogo? Os políticos sublinham que a campanha curta esconde uma questão favorável. A pré-campanha será a mais longa da história. A pré-campanha é uma campanha estendida. Se na campanha há regras rígidas, com punições exemplares para quem não cumpri-las, na pré-campanha afigura-se uma verdadeira selva, com liberação quase total. Os pré-candidatos só não podem se apresentar como candidatos e, portanto, não podem pedir votos. Mas podem fazer discursos, arregimentar apoios e até organizar festas.

Biografia tenta decifrar Geraldo Vandré, a esfinge da música brasileira. Ele continua compondo

O compositor de “Pra não dizer que não falei das flores” e “Disparada” escreve poemas e faz música, mas não quer mais gravar

Livro revela que Iris Rezende liberou documentos “do” Ministério da Agricultura para o SNI

[caption id="attachment_50880" align="alignright" width="250"]nenhum Eleição de Collor levou cúpula do SNI a recolher documentos[/caption] Eleito presidente da República, em 1989, Fernando Collor garantiu que iria extinguir o Serviço Nacional de Informações. O ministro-chefe do SNI, Ivan de Souza Mendes, começou a “recolher” os arquivos da repressão. “Trinta e quatro dias antes da posse de Collor, o general enviou uma carta confidencial ao então ministro da Agricultura, Iris Rezende, em que pedia de volta todos os documentos do SNI arquivados na Divisão de Segurança e Informações (DSI) do ministério. “Encareço a V. Exa. determinar ao titular da Divisão de Segurança e Informações desse Ministério o recolhimento à Agência Central do SNI, até o próximo dia 28 de fevereiro [de 1990], do material (equipamentos, impressos, manuais, documentos normativos etc.) que lhe tenha sido distribuído pelo Serviço.” A história está relatada na página 54 do (imperdível) livro “Lugar Nenhum — Militares e Civis na Ocultação dos Documentos da Ditadura” (Companhia das Letras, 237 páginas), do jornalista Lucas Figueiredo. Na verdade, não há nada que desabone Iris Rezende, pois o general estava pedindo de volta documentos que o próprio SNI havia repassado para o Ministério da Agricultura (não era material produzido a pedido do político goiano). José Sarney, como presidente, manteve a estrutura do Serviço incólume. Por isso, e por outras coisas, há quem, até mesmos historiadores, avalie seu governo como o “último” dos governos militares. “A mira de Ivan era certeira. As Divisões de Segurança e Informa­ções funcionavam como braços do SNI dentro do ministérios civis, investigando e monitorando assuntos e alvos de interesse das Forças Armadas. Em um cenário de volta da democracia, os acervos da DSI poderiam ser usados contra os militares. Na carta enviada ao titular da pasta da Agricultura, que por sorte sobreviveria à operação limpeza, Ivan de Souza Mendes utilizara um argumento genérico para pedir de volta o material do serviço secreto: ‘evolução da finalidade’ do SNI. É plausível crer, portanto, que o arrastão de documento promovido pelo general não tenha se restringido ao Ministério da Agricultura e sua Divisão de Segurança e Informa­ções, mas se estendido a todos os ministérios civis e suas respectivas DSI”, conta Lucas Figueiredo. O pesquisador sublinha que “o prazo estabelecido por Ivan para a devolução do material era igualmente emblemático. Caso os documentos chegassem ao SNI na data limite fixada pelo general , o órgão teria ainda duas semanas para destruir ou esconder os arquivos antes da posse do novo presidente”. O curioso, registra Lucas Figueiredo, é que “a operação limpeza nos acervos da ditadura não parou depois da posse de Collor, ocorrida em 15 de março de 1990”.

Arthur Rezende comemora 40 anos em “O Popular” e é homenageado pelo jornal

Arthur Arthur Rezende comemorou 40 em “O Popular”. O jornal publicou cinco páginas e meia — contando os anúncios de felicitações — para celebrá-lo. Trata-se uma homenagem justa. Os textos são, em geral, de qualidade. Mas há problemas. O jornal diz que o nome anterior do “Magazine” era “Caderno 2”, num texto, e “Segundo Caderno”, em outro texto. O “Estadão” exigiu que se trocasse o nome, pois o título “Caderno 2” é seu. “Artistas goianos ganhavam espaço de prestígio na coluna”, afirma o “Pop”. Ora, como a coluna não acabou, por que o verbo no passado? Cita-se um artista plástico de nome “Antônio”, mas sem sobrenome. Tudo indica que se trata de Poteiro. Não se admite a mudança do nome de Jorge Benjor. Voltou a ser Jorge Ben. “A coluna saia.” A coluna não veste saia; na verdade, é saía. Omite-se que Rogério Rezende é filho de Arthur e Ivone Silva. De maneira preconceituosa, o repórter fala em “produção independente” do colunista (o que isto quer dizer: Arthur teria “engravidado”?). Numa legenda, o jornal menciona cinco pessoas: Iberê Monteiro, Luiz Gonzaga Mascarenhas, João Rocha, “Wiliam” (seria William?) Guimarães e Wilmar (seria Willmar?) Guimarães. Mas a fotografia só apresenta quatro pessoas. “Deputado Pedro Canedo e sua esposa Eliane Caiado, circulavam em eventos pela capital”, diz o autor da legenda, esquecendo que não se separa o sujeito do verbo (Pedro Canedo e Eliane Caiado circulavam). Sugerindo que o jornal parou no tempo, as mulheres mencionadas não têm sobrenome. Só existem como “derivadas” de seus maridos. Mas o que importa mesmo é que Arthur Rezende merece a homenagem e o jornal acertou ao fazê-la.

O Geraldo Vandré radical é uma invenção de um tempo em que a estética submetia-se à política

Biografia sugere que o compositor e cantor tinha interesses variados e, apesar de certo engajamento, conseguiu ir além da música meramente política e datada

“O Globo” desiste de vender assinaturas do jornal impresso para o Estado de Goiás

O jornal “O Globo” passou alguns dias sem circular nas bancas de Goiânia. Segundo donos de bancas, o distribuidor não teria repassado o dinheiro das vendas para a empresa do Rio de Janeiro. A distribuição já está regularizada. Se a versão impressa chega às bancas da capital goiana, o maior jornal do Rio, alegando problemas de logística (custos), desistiu de fazer assinaturas para enviar o jornal para Goiás. “O Globo” está optando por comercializar sua edição digital. Isto significa que a versão impressa de “O Globo” vai deixar de circular? Não, porque a maioria dos anúncios ainda é dirigida à versão impressa. Nenhum jornal brasileiro conseguiu até agora potencializar comercialmente seus sites e portais. O volume de anúncios na versão digital está crescendo, mas ainda não supera o da versão imprensa. Mas certamente vai superar. Os jornais impressos não devem ser extintos, mas serão menores e, sobretudo, menos factuais e mais analíticos.

PPS pode bancar Marcos Abrão para prefeito de Goiânia?

O deputado federal Marcos Abrão, que está sendo bem-sucedido em Brasília, deve apoiar o pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso. Presidente do PPS, Marcos Abrão talvez tenha mais o perfil do candidato que o goianiense quer. É jovem, arrojado, moderno, tem vontade de “crescer” na política. Se candidato, sairia bem atrás, mas, se expuser um discurso avançado para a capital — na área de habitação popular, por exemplo —, talvez crescesse rapidamente. Vanderlan Cardoso, embora tenha sido candidato a governador duas vezes, patina em terceiro lugar, atrás de Iris Rezende e do deputado Waldir Soares, e sem perspectiva de crescimento. Porque não está nem estagnado — está caindo. O motivo: está sendo solapado por Waldir Soares, que, aos poucos, está sendo visto como “a” a alternativa eleitoral possível a Iris Rezende.

PSDB organiza prévias para definir candidato a prefeito de Goiânia entre março e abril

As prévias do PSDB para definir o candidato a prefeito de Goiânia serão realizadas em março ou abril, afirma o presidente do partido, Afrêni Gonçalves. “Elas terão algumas variáveis. Os pré-candidatos precisam ter um projeto para a sociedade e pesquisas serão consultadas. Outras variáveis ainda vão ser definidas.”

Líderes cobram a presença de Alexandre Baldy em Anápolis. Ele precisa ser mais “anapolino”

O comentário na base do governador de Goiás, Marconi Perillo, em Anápolis é um só: o deputado federal Alexandre Baldy, do PSDB, precisa assumir que é, de fato, pré-candidato a prefeito. Políticos locais, inclusive tucanos, dizem que não são procurados por Alexandre Baldy. Pelo contrário, são olimpicamente ignorados.

Virmondes Cruvinel pode ser o vice de Vanderlan Cardoso em Goiânia?

vanderlan-virmondes O pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB, Vanderlan Cardoso, tem comentado que precisa de uma vice que robusteça sua campanha ou pelo menos tenha tempo de televisão. O nome de Simeyzon Silveira tem a simpatia, mas o tempo de televisão de seu partido é quase nada. O PPS tem mais tempo de tevê, mas não tem um nome de destaque na capital, excerto o deputado federal Marcos Abrão, que não quer ser vice. O que fará Vanderlan? Por certo, vai aguardar a definição da chapa tucana. Digamos que o vice de Jayme Rincón, ou de outro candidato do PSDB, não seja Virmondes Cruvinel, do PSD. Excluído da disputa da chapa governista, resta ao PSD dois caminhos. Lançar candidato próprio — Cruvinel, Thiago Peixoto ou Francisco Jr. — ou compor com outro candidato. É provável que, conforme o quadro político do início de 2016, Vanderlan Cardoso ofereça sua vice ao PSD do ex-deputado federal Vilmar Rocha. Uma chapa com Vanderlan e Cruvinel não é nada fraca. Se Vanderlan é visto como um outsider em Goiânia, Cruvinel é apontado como insider. Vale acrescentar que o PSD vai jogar para si e por si, não para reforçar a musculatura do PSDB, nas disputas de 2016 e 2018.

Sandes Júnior diz ter certeza que o deputado Waldir Soares vai disputar a Prefeitura de Goiânia

Do deputado Sandes Júnior: “Eu não sei se o deputado Waldir Soares vai deixar o PSDB, mas estou convicto de que vai disputar a Prefeitura de Goiânia”. Qual o motivo de tanta convicção. “Ser candidato em Goiânia, onde obteve mais de 170 mil votos, é a verdadeira obsessão do delegado. Ele não esconde isto de ninguém.” Líderes dos principais partidos da base do governador Marconi Perillo desconfiam que há uma tentativa, nada sutil, por parte da cúpula de fortalecer exclusivamente o PSDB para a disputa eleitoral de 2016. Os líderes não apresentam publicamente suas desconfianças sobre a “hegemonia excessiva” do tucanato. Porém, internamente, as discussões começam a pipocar.