Por Euler de França Belém
Luas azuis que circulam com o governador Marconi Perillo estão organizando o mapa político-eleitoral de Goiás. No Entorno de Brasília, apostam que o governismo vai retomar a Prefeitura de Valparaíso e vai manter a Prefeitura de Luziânia. Em Valparaíso, os luas azuis sugerem que, para destronar a prefeita Lucimar Nascimento, do PT, a deputada-secretária Lêda Borges terá de ir para o sacrifício e disputar mandato em 2016. Em Luziânia, as chances do governismo são totais: os candidatos mais fortes são Marcelo Melo, do PSDB, e Cristóvão Tormin, do PSD. Todos apoiam o governador tucano Marconi Perillo. O favoritismo do tucano é tão grande que os luas azuis dizem, em tom de brincadeira mas falando sério (dadas as pesquisas) que, se ficar, o Marcelo leva, e, se correr, o Melo come. A gestão de Cristóvão Tormin, um político até bem intencionado, é apontada como uma das mais sonolentas e modorrentas de Goiás. Comenta-se que Marcelo Melo só teme uma coisa: que Cristóvão Tormin desista da reeleição e passe a apoiá-lo.
Consta que, em Luziânia, o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) encomenda várias pesquisas — de institutos diferentes — e, quando examina os números, explode: “Estão todos trabalhando para Marcelo Melo”. É que, segundo as pesquisas, Marcelo Melo lidera com folga, com o triplo (e até mais) das intenções de voto de Cristóvão Tormin. O prefeito não percebe que são os leitores que estão “trabalhando” para o tucano Marcelo Melo. Pelo menos é o que diz o “Instituto Datapovo”.

[caption id="attachment_51599" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo, Aécio Neves, Wilder Morais e Lúcia Vânia| Fotos: Wagnas Cabral/ George Gianni/ Fernando Leite/ Fernando Leite[/caption]
Políticos que planejam disputar mandato de senador em 2018 sugerem que o governador Marconi Perillo, do PSDB, dará um salto nacional já em 2018.
Marconi Perillo, na visão destes políticos, será candidato a presidente da República ou, no mínimo, vice-presidente na chapa do senador mineiro Aécio Neves.
Se isto acontecer, muda a configuração da chapa majoritária em Goiás. Há quem aposte que será a seguinte: José Eliton para governador, Thiago Peixoto na vice, e Lúcia Vânia e Wilder Morais para senador. É um chapão consistente embora Wilder Morais não seja popular, tampouco é conhecido do eleitorado (o que, às vezes, é mais virtude do que defeito).
O PSDB fica com uma vaga (José Eliton), o PSD leva a vice (Thiago Peixoto), o PSB (Lúcia Vânia) e o PP (Wilder Morais) ficam com as vagas para o Senado.
Noutra configuração, Thiago Peixoto sai do páreo e Vilmar Rocha, do PSD, seria candidato a senador.

Nilson Gomes, jornalista brilhante e dono de um dos melhores textos da imprensa patropi, aceitou integrar a equipe do senador Wilder Morais, presidente do PP em Goiás. A missão de Nilson Gomes é contribuir para qualificar o mandato do senador e, ao mesmo tempo, pensar táticas que levem Wilder Morais a uma estratégia vencedora: a reeleição para o Senado. Wilder Morais começou bem ao contratar um jornalista competente e decente como Nilson Gomes.

[caption id="attachment_14602" align="alignnone" width="620"] Aguimar Jesuíno | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O procurador Aguimar Jesuíno, político qualificado e boas ideias para reorganizar o meio urbano, admite que deve ser candidato a prefeito de Goiânia pela Rede.
Suas chances eleitorais são pequenas, mas será útil para qualificar o debate.

[caption id="attachment_40497" align="alignleft" width="300"] Diego Sorgatto | Foto: Marcos Kennedy[/caption]
De Aguimar Jesuíno, um dos chefões da Rede de Marina Silva em Goiás: “O deputado estadual Diego Sorgatto não deve continuar na Rede. É provável que se filie ao PSDB, como sempre quis”.
Diego Sorgatto é visto como o político que tentou enganar os dirigentes da Rede ao informar que se comportaria de modo independente em relação ao governo do Estado.
Segundo os militantes da Rede, mais governista do que Diego Sorgatto, político de Luziânia, só... Diego Sorgatto. “Nós percebemos que o ‘chefe político’ do jovem deputado é o deputado federal Célio Silveira, que, como se sabe, pertence ao PSDB”, afirma uma militante da Rede.

[caption id="attachment_51594" align="alignleft" width="620"] João Campos e delegado Waldir | Fotos: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
O deputado-delegado Waldir Soares é hoje o darling dos policiais militares e civis. É quase unanimidade. Consta que o deputado João Campos estaria profundamente enciumado. Os dois são tucanos — o primeiro, de bico curto; o segundo, de bico erado. A crise pode ser bravíssima.
O prefeito Eronildo Valadares, do PMDB, diz que não tem condições de bancar sozinho a Mostra de Teatro Nacional de Porangatu (Tenpo). “Não temos recursos.” Eronildo Valadares diz que lamenta o fato de que a tucana Gláucia Melo, que derrotou na eleição de 2012, tenha tentando culpá-lo pelo cancelamento da Tenpo. “O governo do Estado cancelou a mostra de teatro alegando contenção de despesas. Porém, se diz representar Porangatu na Assembleia Legislativa, o deputado Júlio da Retífica deveria pressionar o governo de Marconi Perillo para bancá-la”, atira Eronildo Valadares. “Cadê a força do deputado”, pergunta o prefeito.

[caption id="attachment_33514" align="alignleft" width="620"] Deputado Lissauer Vieira | Foto: Marcos Kennedy[/caption]
Análises do quadro político-eleitoral de Rio Verde sugerem que o candidato que simboliza o novo é o deputado estadual Lissauer Vieira.
Dos pré-candidatos a prefeito do município é um dos poucos que não têm arestas. Além disso, é ficha limpa.
Lissauer Vieira articula com desenvoltura e tem portas aberta sem vários partidos e segmentos de Rio Verde.

[caption id="attachment_51589" align="alignleft" width="620"] Sernador Wilder Morais e governador Marconi Perillo | Fotos: Facebook/ Humberto Silva[/caption]
O projeto real de Wilder Morais é marchar com o governador de Goiás, Marconi Perillo, em qualquer circunstância.
Se o tucano-chefe disser: “O candidato a prefeito de Goiânia será Jayme Rincón” — o senador não hesitará um minuto e apoiará o presidente da Agetop.
“Onde Marconi Perillo estiver, eu estarei” — é o mantra de Wilder Morais, que só se arrepende de uma coisa: não ter saído mais cedo do DEM de Ronaldo Caiado. Sentia-se sufocado e, agora, sente-se livre.

[caption id="attachment_22770" align="alignleft" width="620"] Senador Wilder Morais | Foto: Agência Senado[/caption]
Aconselhado por um aliado que respeita, o senador Wilder Morais (PP) está estudando a possibilidade de disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016.
Wilder Morais pode até não ser eleito, mas se tornará conhecido dos 900 mil eleitores de Goiânia, o que o fortaleceria para a disputa da reeleição em 2018.
Sem contar que quase tudo que acontece em Goiânia repercute no interior. Portanto, mesmo perdendo, Wilder Morais ganharia alguma coisa, como visibilidade. E há, claro, a possibilidade de ser eleito, ao se apresentar como o empresário bem-sucedido que, saindo de baixo, construiu um pequeno império.
Se Wilder Morais não disputar, o nome do PP em Goiânia pode ser o deputado Sandes Júnior.
A Justiça decretou intervenção no cartório de registro de imóveis de Aparecida de Goiás — que era dirigido pela família do político Taner de Melo (ex-vice-prefeito do município). O interventor é Bruno Quintiliano, escrivão de outro cartório. Estão sendo investigadas supostas irregularidades.
O senador Ronaldo Caiado, do DEM, parece que acreditou que Iris Rezende vai bancá-lo para governador em 2018. Primeiro, o peemedebista-chefe está perdendo o controle do PMDB e, portanto, é provável que Daniel Vilela tenha mais condições de ser o candidato a governador do partido. Com o objetivo de renovar e arejar o partido. Segundo, se Iris Rezende for eleito de Goiânia em 2016, provavelmente tentará ser candidato a governador na eleição seguinte. A tese do irismo é a seguinte: como Marconi Perillo não será candidato, na disputa de 2018, Iris Rezende acredita que terá mais chance de ser eleito governador. Como diz um deputado estadual do PMDB, “Iris não larga o osso mesmo”.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) vai divulgar a lista dos políticos goianos que estão inelegíveis em janeiro. Porém, não será definitiva. Será mais um alerta. Não se sabe se Vanderlan Cardoso está na lista. O mercado persa da política sugere que o pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia vai encabeçá-la.
O prefeito de Silvânia, José Faleiro, não sabe se disputa a reeleição. O tucano, que era petista, pode apoiar a candidatura de seu vice, Carlão “da Apae” Maya, do PSB. A ex-prefeita Gilda Naves, do PP, é cotada para a disputa. Ela perdeu para José Faleiro em 2012.