Antônio Almeida é o favorito para a vaga de Cesar Baiocchi na Academia Goiana de Letras

03 dezembro 2015 às 16h21
COMPARTILHAR
Jefferson Bueno, Lena Castello Branco e Nasr Chaul são cogitados. Mas cinco mosqueteiros trabalham dia e noite pelo dono da Editora Kelps
O empresário Antônio Almeida [foto ao lado], dono da Editora Kelps, é o favorito para ocupar a cadeira 14 da Academia Goiana de Letras, que era ocupada pelo escritor César Baiocchi, falecido recentemente.
Articulador hábil, Antônio Almeida ligou para praticamente todos os integrantes da AGL. Seus aliados, de tão almeidistas, são apontados como xiitas. Entre eles estão Ubirajara Galli, Gabriel Nascente, Iúri Rincón Godinho, Bariani Ortencio e Lêda Selma — uma autêntica seleção de escritores respeitados e com grande capacidade de articulação. Lêda Selma, como presidente da Academia, deve ficar neutra, mas tem simpatia pelo postulante.
Há resistência à eleição de Antônio Almeida por parte de um grupo que o avalia mais como editor do que como escritor. Mas nada incontornável.
Zander Campos, que pretendia postular, teria saído do páreo ao saber que Antônio Almeida havia colocado o “livro” em campo. Seus eleitores são praticamente os mesmos.
O poeta Jefferson Bueno é apontado como um possível rival do editor da Kelps e teria voltado a prestigiar os eventos da academia, como o recente lançamento de um livro do acadêmico Ursulino Leão.
O ex-presidente da AGL Geraldo Coelho Vaz estaria articulando o nome da historiadora e escritora Lena Castello Branco (dona de um texto de primeira linha, mesmo quando escreve livros de história). Coelho Vaz tem força na Academia e conta com aliados consistentes, como José Mendonça Teles e Hélio Moreira. O difícil é convencer Lena Castello Branco [foto ao lado] a disputar a cadeira numa eleição acirrada.
O historiador e letrista Nasr Chaul manifestou interesse em ocupar a cadeira de César Baiocchi. Porém, segundo um acadêmico, tem poucas chances, porque estaria pretendendo ser candidato único. Como Antônio Almeida está no páreo, com o apoio de cinco mosqueteiros, dificilmente o superintendente de Cultura do governo de Goiás vai enfrentá-lo.
Os acadêmicos devem escolher o novo colega entre o fim de fevereiro e o início de março.