Por Euler de França Belém

Políticos do PT pretendem liberar, brevemente, algumas bombas de efeito retardado contra Iris Rezende. Eles frisam que, “mais do que atacar o drone, é preciso atingir aquele que os controla”. “Drone”, no caso, é o vice-prefeito Agenor Mariano, crítico visceral da gestão do prefeito Paulo Garcia, do PT. Quem o controla, na avalição de petistas, é Iris Rezende. Por isso os petistas vão disputar contra o peemedebista-chefe.

[caption id="attachment_31866" align="aligncenter" width="620"] Edward Madureira: brevemente, o ex-reitor da UFG deve ser um dos
destaques do governo federal | Foto: Dermeval Saviani / UFG[/caption]
Tendência: como está bem numa secretaria do Ministério de Ciência e Tecnologia, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira dificilmente vai disputar eleição em 2016. Seu projeto deve ficar para 2018, quando poderá disputar tanto o governo de Goiás quanto mandato de deputado federal.
Edward Madureira esclarece que não vai disputar mandato de vereador em Goiânia. Ele está motivadíssimo com seu trabalho em Brasília.
Com sua imensa capacidade de gerir, e a seriedade com que trata a coisa pública, Edward Madureira breve deve se destacar. Trata-se de um grande quadro político e técnico do país.

Quanto mais o deputado estadual Bruno Peixoto tenta se aproximar, com o objetivo de conquistar a vice, mais Iris Rezende fica desconfiado. Mas recentemente Bruno Peixoto acenou com um trunfo — money para a campanha — que poderá transformá-lo em vice de Iris Rezende em 2016. No momento, Bruno Peixoto trabalha nos bastidores para atropelar Agenor Mariano, o preferido de Iris Rezende. Porém, indiciado por envolvimento no cartel dos combustíveis — é dono de postos de combustível —, Bruno Peixoto está definitivamente fora do páreo, segundo iristas que frequentam o apartamento e não apenas o escritório de Iris Rezende.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, visitou Acre, Amazonas e Rondônia, na semana passada, e mobilizou a imprensa e líderes políticos e empresariais. O político de 52 anos desperta curiosidade em todo o país. Os políticos da região Norte mencionaram suas quatro vitórias — três delas contra Iris Rezende — para governador, impressionados. Os cases de sucesso do governador Marconi Perillo são cada vez mais conhecidos fora de Goiás. A Bolsa Universitária, a Renda Cidade, o sucesso das organizações sociais na área de saúde, o novo Hospital de Urgências e o Crer são mencionados com fartura de informações. Há um interesse também pelo projeto de organizações sociais na Educação. Empresários de Rio Branco, capital do Acre, revelaram que inspiraram-se numa ideia do governador Marconi Perillo para criar o Conselho Empresarial, um simulacro do Fórum Empresarial de Goiás. Marconi Perillo foi recebido, em Rio Branco, pela diretoria da Federação da Indústria e Comércio do Acre. Ele fez uma concorrida palestra na sede da entidade.

O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), além de acompanhar a agenda de Marconi Perillo, em Rio Branco e Porto Velho, demonstrou entusiasmo com a possibilidade de o tucano-chefe disputar a Presidência da República. Nos seus discursos, enfatizou as qualidades de Marconi.
Sérgio Petecão frisou que, por se considerar o quarto senador de Goiás, está à disposição para ajudar o Estado.

Durante o giro pelo Norte, o governador Marconi Perillo não saiu do telefone e deixou evidente uma sintonia super fina com o senador Aécio Neves — possível candidato do PSDB a presidente da República em 2018. Os dois conversaram por telefone várias vezes. É quase certo que, se a chapa presidencial do PSDB em 2018 fora pura, Aécio Neves será candidato a presidente e Marconi Perillo a vice.
Frase que mais se ouve no Acre: “Goiás é o maior hospital do Acre”. É que muitos, mas muitos mesmo, pacientes de lá são transferidos para serem tratados no Estado, notadamente nos hospitais do governo. Os políticos do Acre sublinham que a saúde em Goiás é de alta qualidade. Goiás é uma espécie de São Paulo do Estado.
Marconi Perillo decidiu convidar os governadores do Piauí, do Maranhão, do Amazonas e do Acre para participarem do Fórum de Governadores do Brasil Central. Rondônia já pertence ao Fórum.

A presidente Dilma Rousseff, do PT, tranquilizou o governador Marconi Perillo, do PSDB, sobre a criação de duas universidades federais em Goiás, beneficiando Catalão e Jataí. Dilma Rousseff esclareceu que só aguarda passar a turbulência política para fazer o anúncio oficial e enviar o projeto para o Congresso Nacional.

[caption id="attachment_50576" align="aligncenter" width="620"] Foto: Roberto Stuckert Filho[/caption]
Mesmo em tempos de crise política, continua sem qualquer arranhão a relação entre o governador Marconi Perillo e a presidente Dilma Rousseff.
O tucano-chefe e a petista-chefe estão pensando sobretudo no país.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB), estão cada vez mais afinados. Falam-se com frequência. Mas nunca mencionam o mexeriqueiro senador José Serra, o Nelson Rubens da política. Acrescente-se que o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, tem uma espécie de linha direta com a ministra Kátia Abreu.

O PSDB de Goiás já conquistou 82 prefeitos. O objetivo é, com as eleições de 2016, chegar a 120 — o que resultaria numa fortíssima base eleitoral para a disputa do governo do Estado em 2018.

O deputado federal Daniel Vilela afastou-se do grupo do vice-presidente Michel Temer na disputa do PMDB nacional e, orientado pelo prefeito Maguito Vilela, seu pai, aliou-se ao líder Leonardo Picciani e à presidente Dilma Rousseff. Um dos motivos foi a resistência de Michel Temer de entregar o comando do PMDB de Goiás a ele. Daniel Vilela não engoliu o que considerou uma desfeita do vice-presidente.

A presidente Dilma Rousseff, com a ajuda de Lula da Silva e do senador Renan Calheiros, está fazendo o impossível para isolar e esvaziar Michel Temer. No Palácio do Planalto, Michel Temer é chamado de “o Itamar Franco de São Paulo”. Palavras como “mordomo de filme de terror” e “drácula” são usadas com frequência para referir-se ao vice-presidente da República.

O governador Confúcio Moura, do PMDB de Rondônia, diz: “O Brasil precisa mudar. Como um ministro qualquer pode querer ensinar como administrar ao governador Marconi Perillo, do alto de sua experiência de quatro mandatos? Nós é que temos de ensinar este povo a governar. Representamos o Brasil que dá certo”.