Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_61816" align="alignright" width="620"] Foto: Eduardo Ferreiraalck[/caption]
Até na Fiesp (nos bastidores) já se considera que Aécio Neves, chamuscado por delações premiadas da Operação Lava Jato, dificilmente terá condições de ser candidato a presidente em 2018. A tendência é bancar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o governador de Goiás, Marconi Perillo — ambos do PSDB.
Dos políticos do Centro-Oeste, Marconi Perillo é o único que mantém diálogo forte e respeitoso com os principais representantes do PIB brasileiro, sobretudo em São Paulo.

O alto tucanato aposta que pode eleger a chapa Alcides Ribeiro (PSDB) e Silvio Benedito (PP) para prefeito e vice-prefeito de Aparecida de Goiânia.
A tese é a seguinte: se o candidato fosse Maguito Vilela, o governador Marconi Perillo não faria nenhum esforço para bancar uma chapa. Porém, como o prefeito não pode disputar — foi reeleito em 2012 —, o tucanato avalia que Alcides Ribeiro, como empresário bem-sucedido e sendo um político local, e com o coronel Silvio Benedito (na vice), que domina o tema segurança pública como poucos, tem plenas condições de derrotar o candidato a prefeito bancado pelo peemedebista-chefe.
Se o candidato for Gustavo Mendanha (PMDB), a crítica deve ser centrada no fato de que, em termos administrativos, não tem experiência. Se o candidato for Euler Morais (PMDB), a oposição vai sugerir que se trata de um “estrangeiro” e “forasteiro” que tem pouco contato com a cidade. (Detalhe: uma pesquisa qualitativa mostra que Maguito Vilela “transfere” votos para seu candidato, mas em menor escala do que se pensava. Ao mesmo tempo, depende de qual será o candidato.)
O fato é que a política de Alcides Ribeiro deve a ser a seguinte: vai ficar “parecido” com o prefeito Maguito Vilela, quer dizer, longe de ser uma ruptura, vai se apresentar como uma espécie de continuidade, menos política e mais administrativa.
A política de Goianésia é uma das mais complexas de Goiás. Seus principais líderes, da situação e da oposição, não querem disputar a prefeitura. O ex-prefeito Gilberto Naves (PMDB), popularíssimo, prefere advogar. O prefeito Jalles Fontoura (PSDB), que não quer disputar a reeleição, prefere voltar à iniciativa privada. A política local é tão civilizada que os dois grupos mais sólidos trocam ideias e discutem a possibilidade de uma aliança “pelo bem da cidade”. As divergências não são inconciliáveis, mas a união nunca se deu. No momento, há três pré-candidaturas encetadas, mas não definidas. O deputado Renato de Castro, que trocou o PT pelo PMDB, é bem cotado. Mas não bateu o martelo. O médico Robson Tavares, do PSDB, teria jogado a toalha. Mas há quem acredite que é apenas uma tática e que pode acabar sendo o candidato bancado pelo gestor tucano. O DEM vai lançar a candidatura de Carlos Veículos, apontado como uma pessoa de valor, mas sem expressão política. Um ex-deputado federal, indagado sobre a política do município, respondeu com uma pergunta: “O que acha da candidatura do José Mateus?” Ante o desconhecimento do repórter, esclareceu: “É o diretor da Uni-Evangélica”.

[caption id="attachment_62714" align="alignright" width="620"] Abelardo Vaz: “Não tenho animação para o mandato de prefeito”[/caption]
Em Inhumas é assim: o único candidato, se quiser ser candidato, hors concours é o advogado Abelardo Vaz, do PP. Mas, como o advogado não quer, todos os outros nomes são japoneses — inclusive o prefeito Dioji Ikeda, do PDT.
Ouvido pelo Jornal Opção, Abelardo Vaz disse que a base aliada tem nomes qualitativos no município. “Um deles é o médico e ex-prefeito João Antônio. Ele tem condições de ganhar as eleições com facilidade. Era do PMDB, mas saiu chateado e integrou-se rapidamente à nossa base. ‘Encaixou-se’, como dizem, e foi bem recebido por todos nós. Ele agradou ao dizer que estava chegando como ‘soldado’, não como ‘general’. Tem experiência, pois foi prefeito, entre 1993 e 1996.”
João Antônio é do PSD. “Se quiser, pode ser o candidato do nosso grupo em Inhumas”, frisa Abelardo Vaz. “Eu participo de reuniões e vou trabalhar da campanha do nome que for escolhido. Campanha exige paixão, mas não estou empolgado. Não tenho animação para o mandato.”

[caption id="attachment_57121" align="alignright" width="620"] Carlos Antonio | Foto: Assembleia[/caption]
O candidato do PSDB a prefeito de Anápolis, Carlos Antônio, com o apoio do governador Marconi Perillo e de Frederico Jayme, chefe de gabinete do gestor estadual, está operando a montagem de uma ampla frente política.
Na semana passada, Frederico Jayme conversou com representantes do Pros e do PHS para discutir uma composição com Carlos Antônio.
O pastor Elismar Veiga, pré-candidato do PHS, e Odilon Oliveira, do Pros, conversaram com Frederico Jayme e admitiram que uma composição com Carlos Antônio é possível. Porém, por enquanto, vão manter seus nomes no páreo.
O pastor Elismar Veiga é o mais cotado para ser vice de Carlos Antônio. Mas não está descartado o nome de Luana Baldy, mulher do deputado federal Alexandre Baldy, do PTN.
Quem crê que o governador Marconi Perillo não está operando politicamente acredita mais em Curupira e Saci Pererê do que na força da realidade. O tucano-chefe é um político nato. O que poucos conseguem compreender é que Marconi Perillo prefere ser visto como um gestor eficiente do que como um político tradicional. Mas ele opera nas duas frentes, a gestão e a política, com a mesma desenvoltura. Quem não entender isto não vai compreendê-lo de maneira integral.
Há uma aposta que, refundado, o PT vai lançar o ex-senador Eduardo Suplicy para presidente em 2018. Há quem avalie, ainda de maneira preliminar que o petista, com suas maneiras heterodoxas, pode neutralizar Marina Silva, da Rede, e disputar no campo ético com qualquer outro postulante.
O deputado João Campos disse ao Jornal Opção que, recém-filiado ao PRB, não deve disputar a Prefeitura de Goiânia. “Devo apoiar o deputado federal Giuseppe Vecci, mas, como líder partidário, vou conversar com os demais candidatos da base do governador Marconi Perillo.”
Em Aparecida de Goiânia, João Campos afirma que vai seguir o que o comando local determinar. “O PRB planeja apoiar o candidato bancado pelo prefeito Maguito Vilela”, sublinha.
De um pesquisador gabaritado: “Se as eleições fossem realizadas hoje, Daniel do Sindicato, do PSB, poderia encomendar o terno da posse como prefeito de Cristalina. O vice-prefeito João Fachinello, do PSDB, devido ao desgaste do prefeito Luiz Carlos Attié, não tem condições de derrotá-lo”.

[caption id="attachment_62703" align="alignright" width="620"] Fernando Cunha Neto[/caption]
Um ex-deputado diz que o vereador Fernando Cunha Neto está sendo procurado para que dispute a convenção do PSDB contra o deputado Carlos Antônio. Sustenta que há muita gente insatisfeita com o novo filiado ao partido. Cunha disse que não será candidato. Mas um aliado, enigmático, afirmou “que, como política é política, tudo é possível”.

[caption id="attachment_62700" align="alignright" width="620"] Foto: Jornal Opção[/caption]
Pesquisas que circulam nos gabinetes do governo de Goiás, sobretudo nos mais poderosos, indicam que o secretário José Eliton teve um up grade imenso como resultado de suas primeiras ações à frente da Segurança Pública. Seu nome se tornou conhecido rapidamente e é bem avaliado pela sociedade. A população, notadamente em Goiânia, Anápolis e Aparecida, aprova suas primeiras ações. Passou a acreditar que os problemas de segurança pública, com energia e planejamento, têm solução. A redução da criminalidade tem agradado até os mais céticos. Do deputado federal João Campos, presidente do PRB em Goiás: “O secretário José Eliton está acertando na segurança pública. Ele motivou as polícias Militar e Civil e está contribuindo para reduzir a sensação de insegurança”.

[caption id="attachment_62698" align="alignright" width="620"] Júlio Paschoal[/caption]
O superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, Júlio Paschoal, visitou o Jornal Opção e disse que não usou patrulha criada pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Saúde para fins partidários. “A patrulha é usada para combater o mosquito Aëdes aegypti e pode ser utilizada pelos prefeitos para recuperar estradas vicinais e limpar lotes baldios nas cidades. Trata-se de um programa republicano, como quer o governador Marconi Perillo, por isso atendeu o município de Ouvidor, administrado pelo prefeito Onofre Galdino, do PMDB. Dos sete municípios escalados para receber os benefícios, cinco são da base governista e dois do PMDB.”

Está enganado quem pensa que Euler Morais (PMDB) está fora do páreo na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Político e técnico mais ligado ao prefeito Maguito Vilela, o ex-deputado federal e doutor em economia pela Universidade de Lancaster rearticulou-se e, segundo um secretário da prefeitura, está conquistando apoios importantes — tanto de políticos quanto de secretários e empresários. Aliados do peemedebista sugerem que Gustavo Mendanha, por ser jovem, pode abrir mão da disputa e se apresentar como vice de Euler Morais. Ele, Valéria Pettersen ou um nome do PT. Mendanha e Valéria poderiam disputar mandato de deputado em 2018.

[caption id="attachment_53111" align="alignright" width="620"] Site Solidariedade[/caption]
Lucas Vergílio, do Solidariedade, prepara-se para pôr um pé, ou os dois, em Trindade e em Itaberaí. O deputado federal já está pensando nas eleições de 2018.
Anote: a deputada federal Flávia Morais, do PDT, e o deputado estadual Jean Carlo, do PHS, vão estrilar. Jean vai disputar mandato de deputado federal em 2018.