Por Euler de França Belém
A prisão implodiu a carreira política de um dos homens mais ricos da capital do país
O DEM nacional quer Ronaldo Caiado na chapa de Marconi Perillo, mas não vai impedi-lo de compor com Iris Rezende

A sede própria da emissora é uma das mais modernas e amplas do Centro-Oeste. A Record Goiás tem uma das maiores audiências entre as emissoras da rede

Foram condenados pela Justiça do Distrito Federal o repórter Leandro Fortes, o diretor de redação Mino Carta e a revista
O pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, está trabalhando para conquistar o apoio dos partidos nanicos. Nesta semana, quatro partidos pequenos fecharam com o senador mineiro — PMN, PTdoB, PTC e PTN. Em Goiás, o PTN estava a prestes a fechar aliança com o PMDB, notadamente com Júnior Friboi. No entanto, com a renúncia do empresário, o PTN ainda não definiu um rumo. Há um grupo que prefere manter a composição com o PMDB. Mas há outro grupo que aposta numa aliança com o PSB de Vanderlan Cardoso. O presidente do PTN em Goiás, Francisco Gedda, é amigo do ex-governador de Goiás Alcides Rodrigues, do PSB. Alcides vai tentar levar o PTN de Gedda para a campanha do líder do PSB. Porém o apoio de Gedda vai depender certamente de uma conversa com Júnior Friboi, que é seu principal aliado hoje. A tendência é que Gedda apoie aquele candidato a governador que for apoiado por Friboi. A cúpula nacional do PTN não vai exigir apoio verticalizado no país. Assim, Gedda estará livre para alianças locais. Mas, dependendo das conversas entre Aécio e o governador Marconi Perillo, o partido poderá seguir o tucano-chefe em Goiás? Não se sabe. Gedda, embora seja aliado de Alcides e, sobretudo, de Friboi, não percebe Marconi como “inimigo” político. No máximo, o trata como adversário.
Allan Kardec Barreto É notória a escassez de sangue nos hospitais públicos, que sempre apelam às doações voluntárias para manter um volume mínimo em estoque. Contudo, sempre há alguém inteligente de plantão para dificultar a vida de quem se dispõe ao ato. Na terça-feira, 3, por volta das 13h30, fui ao banco de sangue do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Goiás (UFG), para efetuar uma doação, mas retornei para casa sem consegui-la. A atendente, usando, nos lábios, um batom vermelho hemorragia, candidamente ordenou que eu retornasse às 7 horas da manhã do dia seguinte para receber uma senha, o que me habilitaria, pela ordem, doar minha porção de sangue. Primeiro, quem decidiu pelo procedimento não se preocupou em divulgá-lo. E, depois, esqueceu que a maioria das pessoas trabalha e nem sempre tem tempo para retornar ao local duas ou três vezes no dia para praticar o gesto humanitário. Allan Kardec Barreto é jornalista.

Quando Melaine McLaughlin chega ao centro de treinamento, em Vitória, até os goleiros param para vê-la
Tido como intocável, o empresário Paulo Octávio está preso, em Brasília, suspeito de envolvimento em esquema de pagamento de propina para liberar alvarás
O governador Agnelo Queiroz trabalha para polarizar com Rodrigo Rollemberg, evitando uma terceira via consistente, para que possa prevalecer a força da máquina eleitoral
Os romancistas Gonçalo M. Tavares (“Matteo Perdeu o Emprego”) e António Lobo Antunes (“Comissão de Lágrimas”, romance, e “Canções Mexicanas”, na categoria contos e crônicas) e os poetas Ana Luísa Guimarães e Gastão Cruz estão entre os sessenta e quatro autores de Portugal indicados para a 12ª edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. A telefônica, que premia anualmente escritores de língua portuguesa (que dizer, não apenas de Portugal e Brasil), divulga o resultado em novembro. O vencedor de cada categoria leva 16 mi euros. O vencedor do Grande Prêmio ganha 32 mil euros.
Um peemedebista conta que o empresário Júnior Friboi ouviu de Iris Rezende pelo menos duas vezes perguntas sobre se as empresas da família não tinham algum problema com o Fisco de Goiás. Isto bem antes de a reportagem sair em “O Popular”. O objetivo da matéria teria sido detonar a candidatura de Friboi. O veterano peemedebista sabia, percebe hoje Friboi e sua família, sobre a história da sonegação bilionária do grupo JBS. O dossiê teria chegado às mãos de Iris por meio de um marqueteiro ligado a Vanderlan Cardoso. “Ele visitava Iris quase toda semana”, afirma um friboizista.
Os prefeitos que apoiam Júnior Friboi (quase ex-PMDB) estavam indecisos na segunda-feira, 2. Porém, depois de uma conversa com o empresário, tomaram quatro decisões. Um grupo vai apoiar o candidato do PMDB a governador, mesmo que seja Iris Rezende, devido às divergências locais em seus municípios. Não teriam como apoiar o empresário Vanderlan Cardoso (PSB), o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) e o governador Marconi Perillo (PSDB). Mas o empenho será menor do que se o candidato fosse Friboi. O segundo grupo vai apoiar Marconi. Aliás, vários prefeitos do PMDB vão subir no palanque do tucano não devido à crise provocada pelo afastamento de Friboi. Eles consideram que, como gestor, o tucano tem sido republicano e tem contribuído para o desenvolvimento de seus municípios. E, claro, apostam que o tucano-chefe será reeleito. O terceiro grupo deve seguir o candidato Vanderlan Cardoso. Prefeitos do PSB ou que foram filiados ao PSB podem apoiá-lo. Quantos? Um ou dois, possivelmente. Mas entre os aliados de Friboi há uma irritação crescente contra Vanderlan, porque avalia-se que um de seus aliados, Jorcelino Braga, passou para Iris Rezende as informações sobre a sonegação fiscal do grupo JBS em Goiás. O quarto grupo deve ficar com o candidato do PT, Antônio Gomide. Pode não ser um grupo pequeno. O prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB) está indeciso entre apoiar Marconi e Gomide. Ele pode apoiar até Vanderlan. O prefeito de Guapó, Luiz Juvêncio, tende a apoiar Vanderlan Cardoso ou, até, Antônio Gomide. Vale ressaltar que não apenas prefeitos do PMDB seguem Friboi. Prefeitos de outros partidos, como PROS e PSB, apoiam o empresário, em larga medida, devido à ajuda financeira na campanha de 2012.

O escritor e crítico literário goiano Alaor Barbosa, apaixonado pela obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa, autor do romance máximo da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas” (só “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, é seu par e rival-mor), escreveu a excelente biografia “Sinfonia de Minas Gerais — A Vida e a Literatura de João Guimarães Rosa” (LGE Editora), mas, no lugar de aplaudi-lo, uma filha do autor, a escritora Vilma Guimarães Rosa, decidiu processá-lo, com o objetivo de censurar o livro. Não só, ela o atacou publicamente. Alaor Barbosa decidiu processá-la. Na semana passada, saiu a sentença. Um juiz de Goiás condenou Vilma Guimarães Rosa a indenizar o escritor e biógrafo.
A escritora terá de pagar 30 mil reais a Alaor Barbosa. O biógrafo de Guimarães Rosa alega que foi caluniado, injuriado e difamado pela filha do autor de “Sagarana”.
A sentença deve ser publicada nos jornais em que os crimes foram cometidos.
O que há de comum entre o empresário Júnior Friboi e o político Iris Rezende? Duas coisas, ao menos. Primeiro, os dois querem ser o candidato a governador de Goiás pelo PMDB. No caso, Iris levou a melhor. Segundo, quando contrariados, vão para a fazenda. Friboi, em Posse. Iris, em Guapó ou no Xingu.
Nelson Soares dos Santos A guerrilha eleitoral nas redes sociais já começou. É uma guerra suja que tende a destruir reputações e até mesmo vidas, uma vez que muitos envolvidos pela emoção não medirão as consequências das palavras tresloucadas que deixarão no ar. Parece que o único meio de defender o candidato no qual se acredita é falando mal dos adversários. Em algum momento ate parece que não são adversários, são inimigos. E corre-se o risco de laços familiares se enfraquecerem, amizades se desfazerem por causa de uma paixão momentânea que, a grosso modo, a história mostra que não há justificativas para tanto. Por isso revolvi meditar e encontrar dez razões que justifique meu voto em Eduardo Campos sem que seja preciso falar mal do PT. Primeira razão Arejar a democracia. O PT está há 12 anos no poder. Quem estuda ciência política sabe que quando um governante fica muito tempo no poder cria-se uma forma de crostas, uma turma de puxa-sacos, sanguessugas que passam a sugar o bem público sem dar contrapartida à sociedade. Outra questão é que o poder naturalmente desgasta. No caso do PT há diversos desgastes inolvidáveis como o caso do Mensalão, o esquecido caso dos Correios, o caso Erenice Guerra, e tantos outros aqui e acolá, como aquele do dinheiro na cueca. Indiferente se é verdade isso ou aquilo, a verdade é que há um desgaste imenso dos dirigentes do PT, dos governantes do PT, e do partido como um todo. Um tempo na oposição pode ajudar o partido a se oxigenar, renovar, reencontrar os princípios de esquerda, a ética pela qual foi criado. Segunda razão Continuar o movimento à esquerda. Todo governo que se propõe a fazer mudanças tem certo limite. No caso do PT, é preciso ter coragem de dizer que o PT deu boas contribuições à sociedade, sobretudo na área social, certo investimento em educação (ainda que, na minha opinião, com rumos equivocados), conseguiu até agora manter a economia dentro de certos parâmetros (ainda que agora vemos a inflação ameaçar a todos) e, vivemos sim e não sem luta, um período de democracia. Entretanto, o PT se encontra no limite. Aliou-se com o que tem de mais conservador na política brasileira como Paulo Maluf, Jader Barbalho, Sarney. Para continuar este movimento de avanços nas causas sociais é preciso virar um pouco mais à esquerda e se desvencilhar destas companhias. Eduardo Campos pode ser a oportunidade. Terceira razão Desfocar do socialismo a Hugo Chavez para um humanismo socialista. O PSB é um partido que sempre teve uma tradição socialdemocrata avesso a ditaduras. E hoje a forma como se gere o país coloca-nos sob a ameaça de uma ditadura da maioria manipulada sobre uma minoria que trabalha e produz que pode não ser bom para as futuras gerações. A luta pela igualdade social, igualdade racial e todas as formas de igualdade não deve ser construída pela força, mas, sim, por alto investimento em educação e serviços públicos de qualidade. Quarta razão Rediscutir o papel do Estado. A instituição do Estado se encontra em crise. É preciso rediscutir o papel do Estado na sociedade. De um lado, está o chamado Estado mínimo do neoliberalismo. De outro, um excesso de concentração de poder e de regulação que leva o Estado a querer regular até a vida privada dos indivíduos. Por estar muito tempo no poder o PT perdeu a força para discutir com a sociedade civil e o mercado qual papel de cada um na construção do futuro, sobretudo, por que os governos atuais estão imersos e dominados até a alma pelo mercado, sobretudo pelos banqueiros. Quinta razão Por que é hora de mudar. O PT está há 12 anos no poder. E fez algumas coisas, outras nem tanto. A verdade é que muita coisa já não vai bem. O PIB já não cresce há vários anos. Os Estados estão endividados. Muitas grandes, médias e pequenas prefeituras estão quebradas. Muitas reformas precisam ser feitas. O pacto federativo precisa ser discutido. O endividamento familiar só está aumentando. A economia já não vai bem. Então é hora de mudar, renovar o time. E quando chega a hora de mudar as coisas só se ajeitam mudando. O que precisamos entender é que o Brasil tem direito a mudar. Faz parte do exercício da democracia optar por algo ainda não experimentado. Montar um time novo, propor novas experiências, aprofundar escolhas. Votar em Eduardo Campos é optar por um socialismo de novo tipo, um socialismo humanista, que se de um lado preocupa com a igualdade, com o combate a fome, a pobreza e a tantos males que assola a sociedade, não se esquece de que cada cidadão precisa aprender a receber com uma mão e a doar com a outra. Votar em Eduardo Campos é aprofundar o sentido de ser cidadão e de se exercer a cidadania. Então não preciso falar mal do PT para votar em Eduardo Campos, preciso apenas saber que é a oportunidade de melhorar tudo que pode ser melhorado. Nelson Soares dos Santos é professor universitário, membro do Diretório Regional do PPS Goiás e suplente do Diretório Nacional.