Por Euler de França Belém
Eleita deputada federal, Dulce Miranda recebeu, proporcionalmente, uma das maiores votações do país
O marqueteiro goiano Marcus Vinicius Queiroz (foto) — o Midas que deu certo — está se especializando numa grande arte: derrotar o marqueteiro baiano Duda Mendonça. Não, os dois não disputaram eleições. Porém, na Colômbia, Duda articulou a campanha de Óscar Zuluaga, o mais votado no primeiro turno, e Marcus Vinicius assumiu a campanha do presidente Juan Manuel Santos no segundo turno. Parecia tudo perdido e Zuluaga já estava se preparando para encomendar o terno da posse.
Marcus Vinicius, misturando otimismo e realismo, disse a Juan Manuel que era possível “virar” o jogo. Em poucos dias, com algumas mudanças no marketing, o presidente colombiano saltou para primeiro e ganhou as eleições. Duda saiu da Colômbia com mais uma derrota nas costas. Ele teria dito: “Esse Marcus Vinicius ainda vai me pagar!”
Em seguida, Duda passou a atuar na campanha de Sandoval Cardoso (Solidariedade), na disputa pelo governo do Tocantins. Ele teve uma atuação pública mais ou menos discreta; entretanto, como eminência parda, orientou com firmeza o governador. O publicitário, que é apresentado como uma espécie de “mago”, teria dito que seria mamão com açúcar “virar” e ganhar a eleição do peemedebista-chefe. Marcus Vinicius, dirigindo a campanha de Marcelo Miranda — com sua calma habitual, meio zen —, articulou um marketing simples, mas criativo e perceptivo. Com grande habilidade, desarmou as “bombas” da equipe de Duda, transformando-as em traque, e devolveu mísseis de longo alcance. Consta que “Sandomal” está irritadíssimo com Duda.
Resultado: Marcelo Miranda foi eleito governador e Marcus Vinicius derrotou, no mesmo ano, Duda Mendonça pela segunda vez. O que será que o mago baiano vai dizer desta vez? Uma dica: “Esse Marcus Vinicius precisa me ensinar o pulo do gato!”
[Adib Elias, fênix de Catalão, surpreende até o PMDB]
Se for reeleito, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, vai enfrentar dois pesos-pesados da crítica na Assembleia Legislativa: Adib Elias e Ernesto Roller, ambos do PMDB. Os dois peemedebistas são duros — além de experimentados — no combate. Falam bem, são articulados e não têm papa na língua.
Até a cúpula do PMDB foi surpreendida com a vitória de Adib Elias, que era apontado como quase morto politicamente. Agora, ressurge como forte candidato a prefeito de Catalão, em 2016.
[Ernesto Roller: fortíssimo para prefeito de Formosa]
Ernesto Roller enfrentou uma campanha pesada em Formosa — com torpedos e mísseis disparados pelo conselheiro Tião Caroço, do Tribunal de Contas dos Municípios —, mas provou que está vivíssimo e se elegeu. Articulado, conhecedor das filigranas jurídicas, dará trabalho na Assembleia.
Em 2016, Ernesto Roller deve disputar a Prefeitura de Formosa. Será muito difícil derrotá-lo.
Quem elege é o povo, mas foi o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), quem bancou a candidatura de Adriana Accorsi para deputada estadual. Procede que a delegada tem seu próprio capital político, mas o petista-chefe deu-lhe uma base ampla na capital. Tanto que ela obteve mais de 40 mil votos e foi a mais bem votada do PT, superando o segundo colocado do partido, o deputado Humberto Aidar, que não chegou a 30 mil votos.
Filha do ex-prefeito de Goiânia, Adriana Accorsi é conhecida por sua competência como delegada da Polícia Civil de Goiás, mas também por sua simpatia.
O PSD de Rio Verde fez cabelo, barba e bigode ao reeleger o deputado federal Heuler Cruvinel (foto) e eleger Lissuaer Vieira para deputado estadual. Os dois foram apoiados pelo prefeito Juraci Martins, do mesmo partido. Um dos deles devem ser candidato a prefeito do município, em 2016.
Para piorar a situação da oposição, Paulo do Valle e José Henrique, candidatos a deputado federal e estadual, foram derrotados. O petista Karlos Cabral, com pouco mais de 15 mil, não foi reeleito. Ele também ser candidato a prefeito em 2016.
Com quase todas as urnas apuradas, Marcelo Miranda, do PMDB, é o governador eleito do Tocantins — derrotando, além do governador Sandoval Cardoso, do Solidariedade, o Siqueirismo, que é uma espécie de Sistema que paira acima de todos os poderes no Estado como se fosse uma espada de Dâmocles. Com uma campanha com poucos recursos financeiros, andando por todo o Estado e visitando casa por casa, Marcelo Miranda fez uma espécie de cruzada cívica contra o Siqueirismo, uma democradura — que controla inclusive setores poderosos da imprensa. A senadora Kátia Abreu, do PMDB, foi reeleita.
O Distrito Federal apurou mais de 60% de seus votos. Rodrigo Rollemberg (foto), do PSB, é o primeiro colocado com 45,71% dos votos. Jofran Frejat, do PR, tem 27,07% e é o segundo colocado. O governador Agnelo Queiroz, terceiro colocado, tem 20,44%. O segundo turno terá Rollemberg e Frejat.
Para senador, José Antônio Reguffe, o Mr. Ética ou Rei Guffe, confirma o favoritismo e foi eleito com 58% dos votos. Geraldo Magela, do PT, com 18,80%, é o segundo colocado. O senador Gim Argello, do PTB, tem 18,14% e aparece na terceira posição. Foram apuradas quase 65% das urnas.
Numa prova de que o DEM não está morto em Brasília, Alberto Fraga é o primeiro colocado para deputado federal, com 10% dos votos.
Com pouco mais de 50% dos votos apurados no Estado do Tocantins, Marcelo Miranda, do PMDB, tem 52,1% dos votos válidos, contra 44,04% do segundo colocado, o governador Sandoval Cardoso, do Solidariedade. Trata-se de uma vitória acachapante, considerando que foi uma batalha de Davi, em termos financeiros, contra Golias. Marcelo Miranda fez uma campanha modesta, praticamente sem recursos, contra uma campanha milionária de Sandoval Cardoso. A vitória de Marcelo Miranda indica que o Siqueirismo — espécie de sistema de poder que envolve outros poderes — perdeu energia no Tocantins. Mesmo usando de todas as formas de pressão, o Siqueirismo não conseguiu demover o tocantinense de escolher que avalia como mais adequado para garantir a retomada do desenvolvimento do Estado.
Em menos de 10 dias, o Rio Grande do Sul assistiu uma das maiores, senão a maior, viradas eleitorais de sua história. A senadora Ana Amélia, do PP, era considerada a favorita e os jornais da região já a apresentavam como governadora eleita. No entanto, o governador Tarso Genro, do PT, a ultrapassou e, como se fossem em algumas corridas de Fórmula 1, levou o terceiro colocado junto, deixando Ana Amélia em terceiro lugar. Pesquisa de boca de urna do Ibope divulgada logo depois de terminar a votação mostra Tarso Genro em primeiro lugar, com 35% dos votos válidos, José Ivo Sartori (foto), do PMDB, em segundo lugar, com 29%, e Ana Amélia em quarto, com 26%. Confirmada a boca de urna, irão para o segundo turno Tarso Genro e José Sartori.
Como está em ascensão, embora possivelmente chegue ao segundo turno como segundo colocado, José Sartori credencia-se fortemente para se eleger governador do Rio Grande do Sul.
Para senador, Olívio Dutra aparece em primeiro, com 37%. Lasier é o segundo colocado, com 31%.
A tucana Sirlene Borba (foto) foi presa em Rubiataba, no interior de um colégio, quando cumprimentava alguns amigos. Adversários políticos alegaram que ela estava fazendo boca de urna e a Polícia Civil a prendeu.
Falando da delegacia, Sirlene disse ao Jornal Opção que, para comprovar que não estava pedindo voto, bastava a polícia ter ouvido as pessoas com as quais estava conversando. “No interior, todos se conhecem e estávamos apenas batendo papo. Eu não estava fazendo ‘boca de urna’.”
Sirlene, que foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Rubiataba, em 2012, afirma que, no município, “o governador Marconi Perillo (PSDB) ganha de lavada”.
O livro “O Serviço Secreto Chinês”, do jornalista francês Roger Faligot, aponta que, da extrema direita, Georges Rémi pode ter se tornado um instrumento político da esquerda da China
Documentos revelam que banqueiros suíços ganharam dinheiro com o tráfico de escravos, diretamente ou financiando expedições para comprá-los. Até a República de Berna aplicou dinheiro em empresa escravista
Iúri Rincon Godinho Especial para o Jornal Opção O fato do “Pop” lançar uma plataforma para dispositivos móveis na sexta-feira, 3, com o nome “Expresso O Popular” (o primeiro bem grande, o segundo pequenininho e apagado), mostra como o jornal parece perdido, quase à deriva. Não há sentido em desprezar uma marca com quase 80 anos, consolidada e forte, para investir num nome novo. A não ser que essa mesma marca tenha envelhecido e se enfraquecido. Há décadas o “Pop”, um jornal sisudo, parece ter perdido o contato com a juventude. Mas isso não é exclusividade só dele, já que os jovens mudaram o modo como consomem informação. Combalido, minguado com meros 33 mil exemplares diários (dados do IVC) para um Estado de mais de 6 milhões de habitantes, com poucos anúncios e um caderno de “Classificados” quase inútil num mundo digital, o “Pop” parece agonizar a cada manhã à mesa de seus poucos anunciantes — se comparada a circulação com a proporção de habitantes. Sem conseguir segurar seus grandes repórteres, a publicação pode estar caindo, mas cai com o nariz empinado. Na campanha eleitoral, um anúncio de 10 centímetros de altura por 10 de largura custava quase 5 mil reais. E o jornal obrigava o candidato a publicar no mínimo três vezes. Ou seja, um investimento de praticamente 15 mil reais. No mesmo dia que anunciou o “Expresso”, tinha apenas seis anunciantes candidatos. Na mesma data circulou um caderno das eleições com 12 páginas e mais oito candidatos anunciantes, menos de um por página. Tirando esses, no primeiro caderno, o mais nobre, apenas dois anúncios da iniciativa privada. Na contramão do mundo digital, o “Pop” na internet cobra para acessar o conteúdo. Quem você conhece, caro leitor, que paga para ler notícia na internet? Ainda mais em Goiás, quando os diários “O Hoje”, “Diário da Manhã” e o semanário Jornal Opção oferecem todas as páginas gratuitamente. E o Jornal Opção Online faz ampla cobertura diária dos fatos. As decisões do Grupo Jaime Câmara para o jornal já parecem bastante ruins mas talvez tenham piorado. A marca do novo produto, o Expresso, é uma óbvia xícara de café, mesmo que o aplicativo não tenha nada a ver com café e a imagem não remeta em momento algum para informação. O nome é comum. Coloque no Google e veja a profusão de publicações chamadas Expresso em todo o mundo. Isso faz com que até o “Pop”, criado em 1938, seja mais criativo do que o nome do aplicativo digital de 2014. Na matéria de apresentação do “Expresso”, ele é chamado de “produto inovador”. Mas onde está a inovação num portal de notícias? Hoje qualquer entidade da iniciativa privada ou órgão público pode ter um portal de notícias “inovador” com suas assessorias de imprensa e um desenvolvedor de software que se encontra aos montes nas empresas digitais. Uma empresa de comunicação tratar como “inovador” notícias gratuitas para internet, o nosso arroz com feijão, só demonstraria o quanto o rumo do Grupo Jaime Câmara ainda terá de caminhar e mudar para ser chamado de realmente inovador. Iúri Rincon Godinho é editor da revista “Marketing em Goiás”.
Em países continentais, como Brasil e Estados Unidos, é muito difícil a existir jornais de fato nacionais. Alguns, como “Folha de S. Paulo”, “O Globo” e “O Estado de S. Paulo”, tentaram, durante muito tempo, se tornar jornais nacionais, fisicamente, quer dizer, circulando principalmente nas capitais e em cidades maiores dos Estados. Mas nunca conseguiram fazer uma cobertura atenta do país, dadas as dificuldades de se manter sucursais e mesmo correspondentes isolados em todos os Estados. Com a internet, todos os jornais, não apenas os de maior estrutura, puderam chegar a leitores de todo o País. Porém, como bloqueiam o acesso — liberado apenas para assinantes —, deixam de ser lidos nos Estados (e mesmo em suas bases). Mas a assinatura, em geral com custo reduzido, facilita o acesso aos jornais. O problema é que, na internet, as pessoas cobram informação livre, não paga, o que, do ponto de vista comercial, da sustentabilidade dos veículos (com estruturas físicas dispendiosas), é, no momento, impossível. O “Correio Braziliense” tenta, há alguns anos, se tornar um jornal “nacional”, com notícias produzidas em outros Estados. Nem sempre consegue, mas, quando tenta, o faz com competência, publicando reportagens de qualidade. Com a internet, universalizou-se como os demais jornais. O caso do “Pop” é diferente. O jornal goiano, embora produzindo um jornalismo de qualidade, nunca tentou ser nacional e não consegue ser nem mesmo regional. Sua influência não se estende a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e Tocantins, espécie de Estado-irmão de Goiás, e sempre circulou mal na sua própria base, dados o tamanho do Estado e à falta de uma política de cobertura daquilo que ocorre nos municípios. Com a internet, o “Pop” poderia ter se tornado um jornal estadual, regional e nacional. Porém, para conquistar (ou manter os atuais) assinantes, notadamente em Goiás, o “Pop” fechou seu site. Se tivesse um portal azeitado, como “O Globo”, “Folha de S. Paulo” (UOL), “O Estado de S. Paulo” e “Correio Braziliense”, o “Pop” poderia ter fechado inteiramente o jornal e os leitores reclamariam menos. Entretanto, sem um portal convidativo e abrindo poucas reportagens, o jornal goiano ficou basicamente circunscrito a Goiânia e alguns municípios. Fica-se com a impressão de que o “Pop” está fora da internet, o que não procede. O jornal está na internet, mas só pode ser acessado por assinantes. Mas como e por que um leitor do Rio de Janeiro ou de Rondônia vai assinar um jornal meramente regional, que não cobre com equipe própria os fatos nacionais — antes, reproduzindo a produção das agências de notícias, que é publicada em todos os jornais do País —, se pode assinar a “Folha de S. Paulo” e “O Globo”, que apresentam uma cobertura “nacional” mais abalizada? O “Pop” está perdendo terreno em Goiás, e vai perder cada vez mais, para jornais com estruturas bem menores.
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Zezé e Zilu : parece que os dois estão se divertindo na rede social? | Fotos: Divulgação[/caption]
O cantor e compositor Zezé Di Camargo, sua namorada, Graciele Lacerda, sua ex-mulher, Zilu Godói, e o cantor Gian, da dupla com Giovani, trocam palavras ferinas pelas redes sociais e, depois, todos ficam se recriminando — em busca de um bode expiatório.
Gian chegou a sugerir que teve um AVC ao ler críticas de Zezé Di Camargo à sua mulher — o que não parece crível. O AVC foi mesmo comprovado por médicos do Hospital Albert Einstein, mas a causa possivelmente não tem a ver com os petardos do artista goiano.
Zezé Di Camargo alfinetou Zilu Godói, sugerindo que estaria tentando atrapalhar seu relacionamento com Graciele Lacerda. Esta sugeriu que a ex do cantor estaria com dor de cotovelo. Em seguida, o artista e a empresária apareceram abraçados, sugerindo que a crise estava “resolvida”. Até a próxima crise “artificial”, é claro.
Todos reclamam da fofoca estampada pelos jornais, mas se esquecem que eles próprios são responsáveis por gerar as “informações” nas redes sociais, que, obviamente, são fontes “privilegiadas”.

