Por Bonny Fonseca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua a manter um forte alinhamento com a parcela mais pobre da população brasileira, especialmente entre aqueles que possuem renda familiar de até dois salários mínimos. Esse grupo continua a dar sustentanção ao governo petista. A persistência desse fenômeno que cunhou o termo "lulismo" para descrever essa conexão entre Lula e a base da sociedade, independentemente do Partido dos Trabalhadores (PT).
No entanto, esse apoio não se estende de forma homogênea por todas as faixas de renda. Conforme a renda aumenta, o governo encontra dificuldades em manter sua aprovação. Segundo Singer, esse fenômeno está diretamente ligado às transformações do capitalismo contemporâneo, ao aumento do custo de vida e às mudanças no mercado de trabalho. Essas questões não são exclusivas do Brasil, mas o governo Lula 3 tem falhado em comunicar sua estratégia para enfrentar tais desafios, o que intensifica a insatisfação de setores mais integrados ao mercado formal.
Essa fragilidade na comunicação ficou evidente na polêmica sobre a fiscalização das transações via Pix. Diante da disseminação de fake news que sugeriam uma suposta taxação ou um monitoramento excessivo com fins tributários, o governo não conseguiu responder de forma clara e eficaz. O resultado foi um recuo da medida diante da pressão popular, reforçando a percepção de que falta coordenação na estratégia de comunicação oficial.
A análise dos números de aprovação evidencia esse problema. Entre os brasileiros com renda de até dois salários mínimos, 46% aprovam o governo. Esse nível de apoio indica que, se a sociedade brasileira fosse composta apenas por essa faixa da população, o governo estaria em uma posição mais confortável, próxima ao patamar de estabilidade necessário para viabilizar uma reeleição. No entanto, essa aprovação despenca para 27% entre aqueles que ganham entre dois e cinco salários mínimos, revelando uma perda de 20 pontos percentuais. Essa queda expressiva não pode ser ignorada, pois indica uma falha na capacidade do governo de dialogar com essa camada da sociedade, que tem demandas e expectativas distintas.
O que se observa é um fenômeno de classe. O apoio forte entre os mais pobres contrasta com a rejeição de segmentos mais estruturados do proletariado. Esse setor, que historicamente esteve associado à base sindical e à luta por direitos trabalhistas, hoje se encontra desorganizado devido às mudanças estruturais no mercado de trabalho. A desindustrialização e a ascensão do trabalho por plataformas dissolveram as formas tradicionais de organização laboral. O PT, cuja identidade política foi moldada pela classe trabalhadora organizada, enfrenta dificuldades para se conectar com esse novo contexto.
Se Lula ainda se sustenta entre os mais pobres, a falta de uma estratégia comunicacional eficiente limita seu alcance. O governo precisa reconhecer que sua mensagem não está chegando de forma convincente aos trabalhadores que vivem as contradições do capitalismo atual. Sem um reposicionamento na comunicação, a tendência é que a desconexão com parte significativa da população continue a crescer, comprometendo não apenas a popularidade do governo, mas também sua capacidade de consolidar uma base política sustentável a longo prazo.

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Estudos indicam que o número de dias com ondas de calor no Brasil aumentou significativamente nos últimos 60 anos. Entre 1961 e 1990, registrava-se uma média de sete dias por ano com temperaturas extremas, enquanto no período de 2011 a 2020 esse número subiu para 52 dias. Outra pesquisa recente confirma essa tendência, apontando um crescimento progressivo na quantidade e intensidade das ondas de calor na região central da América do Sul. Em 2023, o Brasil enfrentou nove episódios, seguido de oito em 2024, e já nos dois primeiros meses de 2025, foram contabilizados três eventos, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A pesquisadora Renata Libonati, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destaca que o calor é um desastre frequentemente negligenciado no Brasil e em outras regiões tropicais. Segundo ela, ao contrário de deslizamentos de terra e inundações, que possuem um impacto visual imediato, as ondas de calor não são percebidas como um desastre, apesar de seus efeitos devastadores na saúde pública. Libonati também alerta para a falsa crença de que habitantes de regiões tropicais estão acostumados ao calor e, portanto, imunes a seus efeitos adversos. Ela enfatiza a necessidade de ampliar a conscientização sobre os riscos associados a esse fenômeno.
A Europa começou a tratar o tema com mais seriedade a partir de 2003, quando uma onda de calor causou aproximadamente 70 mil mortes. Desde então, países europeus implementaram protocolos de enfrentamento, adaptações urbanas, medidas preventivas e alertas para a população. Em contrapartida, o Brasil ainda está atrasado na adoção de estratégias de mitigação, mesmo diante do impacto significativo das ondas de calor em termos de mortalidade e internações hospitalares.
Libonati é coautora de um estudo que analisou a relação entre ondas de calor e mortalidade em 14 das principais regiões metropolitanas do Brasil entre 2000 e 2018, abrangendo 35% da população do país. A pesquisa examinou mais de sete milhões de óbitos e identificou as principais causas de morte associadas às altas temperaturas, bem como os grupos mais vulneráveis.
O pesquisador Djacinto dos Santos, primeiro autor do estudo, explica que foram atribuídas aproximadamente 48 mil mortes à exposição prolongada ao calor excessivo nesse período. No entanto, esses óbitos não são oficialmente classificados como relacionados ao calor, pois as mortes geralmente decorrem de doenças cardiovasculares, respiratórias, renais e outras condições preexistentes agravadas pelo calor intenso. O número de mortes associadas às ondas de calor é 20 vezes maior do que o de óbitos causados por deslizamentos de terra no mesmo período.
A subnotificação é um dos grandes desafios quando se trata das ondas de calor como emergência de saúde pública. O sistema de saúde brasileiro possui um código internacional de doença (CID) específico para calor excessivo (X30 - Exposição a calor natural excessivo), mas apenas 50 óbitos foram oficialmente registrados com essa classificação em todo o país.
As consequências das altas temperaturas prolongadas incluem o agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias, além do aumento de casos de câncer de pele, doenças do sistema nervoso e geniturinário, transtornos mentais e metabólicos. Há também um risco maior de nascimentos prematuros. Além disso, a exposição prolongada ao calor pode levar à exaustão térmica, insolação, desidratação e queimaduras. Há ainda uma relação entre calor extremo e aumento da irritabilidade, o que pode resultar em maior incidência de acidentes de trânsito e violência.
Vulnerabilidade socioeconômica
O estudo também revelou que certos grupos populacionais são mais vulneráveis aos impactos das ondas de calor. Mulheres, idosos, pessoas negras e pardas, e aqueles com baixa escolaridade foram os mais afetados. Segundo Libonati, a maior vulnerabilidade desses grupos não se deve a fatores fisiológicos, mas sim a determinantes socioeconômicos.
Djacinto dos Santos destaca que, embora as ondas de calor atinjam todas as regiões do Brasil, seus impactos não são distribuídos de maneira equitativa. A capacidade de adaptação desempenha um papel crucial na proteção contra as temperaturas extremas.
Fatores como acesso a ar-condicionado, infraestrutura urbana adequada, áreas arborizadas e ventilação adequada são determinantes para mitigar os impactos das ondas de calor. Regiões marginalizadas, que possuem menos vegetação e condições precárias de habitação, sofrem mais com as temperaturas elevadas. Além disso, trabalhadores expostos ao ar livre, como garis e operários da construção civil, bem como aqueles que passam longas horas em transportes públicos sem climatização, estão entre os mais vulneráveis.
O reconhecimento das ondas de calor como um desastre climático e a adoção de medidas preventivas são essenciais para minimizar seus impactos na saúde pública e na sociedade como um todo.

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