Por Alexandre Parrode

Já Daniel Vilela, quando suas ideias são examinadas com atenção, cai no conceito do eleitorado

Pesquisas qualitativas sugere que o passado da família Caiado, com denúncias de truculência e perseguição — vale ressalvar que há certos exageros (e é preciso os fatos historicamente) —, e seu jeito arrogante, com um sorriso que lembrar um esgar, pesam contra o pré-candidato do DEM a governador, Ronaldo Caiado.

Na população de baixa renda, há extrema resistência ao nome Caiado. O comportamento agressivo do senador acaba por reforçar o temos dos mais pobres.

Mas o PSD prefere indicar Thiago Peixoto para vice do postulante tucano

O deputado federal Heuler Cruvinel, forte representante do Sudoeste goiano, planeja ser vice do candidato do PSDB a governador de Goiás, José Eliton. O problema é que Thiago Peixoto parece ter chegado primeiro e, por isso, é o preferido do PSD para vice.

O que o fato prova? Que José Eliton, fortalecido, atrai cada vez mais aliados. Muitos querem ser vice, porque apostam que o tucano vai ser eleito governador. Se eleito, José Eliton deve deixar o governo, em 2022, para disputar o Senado. O vice assume o governo e, de cara, se torna candidato natural à sucessão.

Na campanha, o vice-governador José Eliton vai usar um nome mais popular, Zé Eliton, para criar mais identificação com o povão.

Em todo o interior, o pré-candidato do PSDB a governador é chamado por líderes e populares de Zé Eliton. Ou apenas de Zé. É fácil de guardar, é simples e é popular.

Políticos goianos são mencionados apenas uma vez

O deputado Álvaro Guimarães, do PR, afirma que vai apoiar José Eliton para governador. Seu partido, dirigido pela deputada Magda Mofatto, já está engajado no apoio à candidatura do tucano.

Porém, o conceito de Álvaro Guimarães caiu junto ao governo do Estado por ter recepcionado o senador Ronaldo Caiado, recentemente, em Itumbiara. Quem viu conta que os dois não esqueceram os salamaleques de praxe.

Um integrante do PSD afirma que, ao contrário do que se publicou no Jornal Opção, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, vai apoiar o senador Ronaldo Caiado para o governo de Goiás.

Segundo o pessedista, Schreiner acredita que, tendo o apoio de Caiado, se elegerá deputado federal. Na eleição de 2014, obteve uma boa votação, mas ficou como terceiro suplente.

E pretende lançar um candidato ligado aos sindicais e ao setor ruralista para esvaziá-lo|

Políticos da base aliada preparam uma denúncia contra José Mário Schreiner por suposto uso da Federação da Agricultura do Estado (Faeg) com objetivos político-eleitorais e promoção pessoal. O programa Senar em Ação vai ser examinado com lupa. Tucanos e pessedistas suspeitam que o programa é utilizado com objetivos eleitorais. Se a denúncia for comprovada, Schreiner pode responder a processo judicial.

Governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton estão viajando

[caption id="attachment_9371" align="aligncenter" width="605"] Mauro Miranda, engenheiro brilhante e leitor de Montaigne, com Iris Rezende | Foto: Reprodução Leandro Vieira[/caption]

Quem tem dois Samuéis não tem nenhum articulador político na Câmara Municipal de Goiânia. Apaixonado —politicamente — por Ronaldo Caiado, Samuel Belchior descuidou da articulação na Câmara, o que estaria deixando o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, profundamente irritado. Mas Belchior alerta que não tem cargo no governo e que o articulador oficial do Paço Municipal é o secretário Samuel Almeida, que não ganha uma. Tanto que, na semana passada, Iris Rezende teve uma derrota acachapante numa votação.

Nos bastidores, Iris Rezende tem reclamado do pulso fraco do presidente da Câmara, Andrey Azeredo. Falta iniciativa e capacidade de articulação ao vereador.

Mauro Miranda é cotado para ser o novo articulador político de Iris Rezende.

[caption id="attachment_98214" align="aligncenter" width="620"] Foto: Reprodução[/caption] O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, está furibundo com seus aliados na Câmara. Consta que está quase arrancando os poucos cabelos prateados (o barbeiro Ruimar Ferreira faz milagre com o reflexo invertido). É que, com foi proibido o aumento do IPTU e aprovada a anistia — projeto do atuante vereador Elias Vaz, do PSB —, o Paço Municipal perderá uma receita de no mínimo 180 milhões de reais. A gestão de Iris Rezende já vai muito mal, com caos total na saúde, e, com menos dinheiro, deve piorar ainda mais.

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