Por Agência Brasil
Em mensagem no Twitter, o papa Francisco pediu nesta sexta-feira (8/8) "orações pelos cristãos iraquianos e por todas as comunidades perseguidas". Francisco comunicou também a nomeação do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cardeal Fernando Filoni, como seu enviado pessoal ao Iraque, para manifestar "proximidade espiritual" e levar a solidariedade da Igreja às populações que sofrem. O cardeal Filoni disse que sua indicação como enviado ao Iraque, mais que um gesto de confiança do papa, é um gesto que expressa a solidariedade do papa para com a situação de "cristãos que sofrem neste momento por ter deixado a própria casa e por ver suas raízes ceifadas, por terem sido humilhados, deixando suas casas assim como estavam e buscando refúgio em outro lugar". De acordo com Filoni, a viagem ainda está sendo organizada, porque não é fácil chegar ao lugar. "Mas não é necessário assustar-se, porque disporemos do que for necessário para fazer a viagem e ver de que modo por algum tempo podemos estar próximos desse povo." O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, informou que o cardeal Filoni foi núncio no Iraque e Jordânia durante seis anos: nos últimos anos do regime de Saddam Hussein, durante a guerra no Iraque e também nos primeiros anos sucessivos.Segundo Lombardi, durante a guerra, Filoni foi praticamente o único diplomata estrangeiro a permanecer na região.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou hoje (8) que a epidemia de febre hemorrágica pelo vírus ebola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública de alcance mundial. "A OMS aceitou as conclusões" da Comissão de Emergência Sanitária, que esteve reunida quarta (6) e quinta-feira desta semana em Genebra, informou a diretora-geral da organização, Margaret Chan. Segundo ela, a comissão foi unânime em considerar que se verificam as condições de uma emergência de saúde pública de alcance mundial. Diante de uma situação que continua a agravar-se, é necessária uma resposta internacional coordenada para "travar e fazer recuar a propagação internacional do ebola", acrescentou. [relacionadas artigos="11994,11878,11529"] A epidemia de ebola, que já causou a morte de cerca de mil pessoas desde o início do ano, com mais de 1.700 casos suspeitos, é a mais mais grave das últimas quatro décadas, destacou Chan. Ela disse que os países da África Ocidental mais atingidos - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - não têm meios para responder sozinhos à doença e pediu à comunidade internacional que forneça o apoio necessário. A comissão alertou que os Estados devem estar preparados para detectar e tratar casos de ebola, além de facilitar a retirada de cidadãos, em particular pessoal médico, que estiveram expostos ao vírus da febre hemorrágica. A comissão lembrou que os chefes de Estado dos países afetados devem "decretar estado de emergência" e "dirigir-se pessoalmente à nação para fornecer informações sobre a situação". O responsável da OMS para a epidemia, Keiji Fukuda, adjunto de Margaret Chan, disse que a quarentena de pessoas suspeitas de infecção deve ser 30 dias, já que o tempo de incubação é 21 dias. As pessoas que estiveram em contato com os doentes, à exceção do pessoal médico equipado com roupa protetora, não devem ser autorizadas a viajar. Keiji Fukuda lembrou ainda que as tripulações de voos comerciais, que se desloquem a países afetados, devem receber formação específica e material médico para proteção pessoal e dos passageiros. "Impedir as companhias aéreas de viajar para esses países iria afetar a sua economia", observou Chan. A comissão recomendou também que todas as pessoas que saiam de países afetados sejam examinadas nos aeroportos, portos e principais postos fronteiriços, mediante um questionário e medição da temperatura, devendo ser impedidos de viajar quaisquer casos suspeitos. O vírus já causou pelo menos 932 mortos e infectou mais de 1.700 pessoas desde que surgiu, no início do ano, na Guiné-Conacri, de acordo com a OMS. A Libéria, a Guiné-Conacri e Serra Leoa decretaram estado de emergência. O vírus do ebola é transmitido por contato direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. A febre manifesta-se por meio de hemorragias, vômitos e diarreias. A taxa de mortalidade varia entre 25% e 90% e não é conhecida uma vacina contra a doença. O vírus foi detectado pela primeira vez em 1976 na República Democrática do Congo.
Hamas recusou o prolongamento da trégua em vigor há três dias, que chegou ao fim nesta sexta-feira, após um mês de guerra na Faixa de Gaza O Exército israelense anunciou nesta segunda-fe (8) ter retomado os ataques contra o movimento de resistência islâmica Hamas, depois do reinício de disparos de foguetes, a partir da Faixa de Gaza, no termo de um cessar-fogo bilateral. "Esta manhã, depois de disparos de foguetes contra Israel, as Forças Armadas alvejaram locais terroristas na Faixa de Gaza", informou em comunicado o Exército, pouco depois de o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter ordenado uma resposta vigorosa contra novos ataques do Hamas. Uma porta-voz militar disse que nenhum soldado israelense entrou em Gaza para concretizar os ataques. O Hamas recusou o prolongamento da trégua em vigor há três dias, que chegou ao fim nesta sexta-feira, após um mês de guerra na Faixa de Gaza. Israel iniciou a Operação Margem Protetora em 8 de junho. Mais de 1.900 pessoas morreram, principalmente do lado palestino. O Exército israelense registrou uma "barragem de artilharia" de mais de uma dezena de foguetes contra Israel, agora de manhã. Pelo menos um foguete foi interceptado sobre Ashkelon (Sul de Israel), acrescentou a porta-voz. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas que controla a Faixa de Gaza, reivindicou três disparos de foguetes, dirigidos a Ashkelon.
Na Libéria, onde os corpos dos mortos permanecem nas ruas, o presidente Ellen Johnson Sirleaf declarou estado de emergência nacional por pelo menos 90 dias
A maioria dos ministros entendeu que não é possível aumentar a pena base dos condenados com base no número de vítimas

Se o parecer for seguido, Genoino cumprirá o restante de sua pena em regime aberto, em casa, onde terá que seguir regras estabelecidas pela Justiça
Validade do acolhimento temporário entrou em vigor na última sexta-feira. Ex-analista revelou que NSA estava utilizando programas secretos de espionagem no início do ano

O candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) disse, durante campanha feita no início da manhã de hoje (7) com metalúrgicos, na zona oeste da capital paulista, que a indústria perdeu força no país. “O Brasil vive hoje a maior crise de desindustrialização de toda a nossa história. Esse governo perdeu a capacidade de sinalizar o caminho da retomada do Brasil. O governo não inspira confiança e sem confiança não há investimento”, disse o candidato. Aécio e sua comitiva estiveram no início da manhã em frente à empresa metalúrgica Voith, no bairro do Jaraguá, onde trabalham 4 mil funcionários, e cumprimentou os trabalhadores durante a troca de turnos. Em seu discurso, o candidato declarou que o Brasil precisa criar um clima que permita a retomada dos investimentos para gerar empregos na indústria, revertendo o quadro de 'estagnflação' - diminuição da atividade econômica e inflação acima do teto. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, demonstrou apoio ao candidato do PSDB. Entre as principais reivindicações da entidade estão reajuste real do salário mínimo e correção da tabela do imposto de renda. Ao ser questionado sobre propostas para o reajuste dessa tabela, Aécio declarou que ainda vai encontrar uma solução. “O governo do PT teve a oportunidade de fazer durante esses 12 anos e não fez até agora. Eu vou assumir o governo, e, de posse de todas as informações que eu tiver, vou trabalhar no sentido de valorizar o trabalhador brasileiro”, disse. Miguel Torres informou que o assunto está em discussão. “Estamos discutindo ainda. Não tem uma decisão, mas caminha bem para resolver”, disse. O candidato não tem outros compromissos hoje na capital. Ele segue amanhã (8) para a cidade de Botucatu, no interior paulista.
A partir de hoje (7/8), a informalidade do trabalhador doméstico pode resultar em multa de até R$ 805,06 para o patrão. A previsão está na Lei 12.964/14. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 6,35 milhões de domésticos no Brasil, 4,45 milhões (70% da categoria) são informais. O Ministério do Trabalho fará a fiscalização por meio de denúncias. Para fazer uma denúncia, o trabalhador, um parente ou pessoa próxima deve procurar uma unidade regional do ministério - Agência do Trabalhador, Delegacia do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho - onde terá de preencher um formulário com os dados do empregador. O patrão será notificado a comparecer a uma Delegacia do Trabalho para prestar esclarecimentos. “Caso o empregador não compareça, a denúncia será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho para que tome as providências cabíveis”, garantiu o coordenador-geral de Recursos, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, Roberto Leão. Segundo ele, não haverá fiscalização nas residências. "Em momento nenhum a gente vai fiscalizar a casa das pessoas. De acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal, o lar é inviolável. As pessoas não podem ingressar a não ser que tenham autorização judicial”, esclareceu. Para Leão, a existência de multa tem grande caráter pedagógico. “A partir do momento em que existe uma penalidade que pode ser aplicada ao patrão, isso é um incentivo para que as pessoas regularizem a situação porque até agora isso não existia. Até agora, o único risco que existia ao empregador era o trabalhador ingressar em juízo. A gente entende que isso incentiva a formalização dos vínculos”, avalia. De acordo com o presidente do Instituto Doméstica Legal, Mário Avelino, a expectativa é que o número de formalizações aumente de 10% a 15%, já que a informalidade “vai ficar mais cara”. Segundo ele, o fato de a multa começar a vigorar já "quebra a espinha de uma cultura patriarcal". “A lei trabalhista doméstica sempre foi [benéfica] para o patrão. A lei determina o direito, mas não [prevê casos em] que ela for descumprida, por isso a informalidade é tão alta”, lembra. “O registro das informações na carteira é obrigatório, mesmo nos casos em que o profissional esteja em período de experiência”, explica o advogado trabalhista Cristiano Oliveira. Ainda segundo ele, se a pessoa trabalha pelo menos três dias por semana para uma família, precisa ser registrada dentro das normas. São considerados trabalhadores domésticos, cuidadores, auxiliares de limpeza, cozinheiras, jardineiros, motoristas e caseiros e babás, entre outros. A lei que determina a punição por falta de registro não faz parte da chamada PEC das Domésticas, emenda constitucional que igualou os direitos dos empregados domésticos aos dos demais trabalhadores, promulgada em abril do ano passado. Entretanto, é considerada mais uma conquista dos trabalhadores já que pressiona os patrões a formalizar a situação dos domésticos. Vários dos direitos previstos na PEC das Domésticas ainda não foram regulamentados. Trabalhadores domésticos e defensores da categoria reclamam da demora para a consolidação de direitos considerados fundamentais como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), salário-família e seguro-desemprego. Com o ano eleitoral, a expectativa é que a regulamentação, parada na Comissão Especial do Congresso Nacional que trata do assunto, só saia no ano que vem.
No mesmo processo, que apura a venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, são investigados o argelino Mohamed Lamine Fofana e mais nove pessoas, que permanecem presas
Mais dois policiais estão presos admistrativamente no quartel por 72 horas porque também teriam participado do crime e estão sendo investigados no inquérito policial

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (6/8) o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 31/2013, que permite ao comerciante estabelecer preços diferentes para o mesmo produto
Pelo menos 18 soldados morreram nas últimas 24 horas em violentos confrontos entre as forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos no Leste da Ucrânia, anunciou hoje (6) um porta-voz militar. "Nas últimas 24 horas, 18 militares foram mortos e 54 ficaram feridos", disse Andriy Lysenko, porta-voz do conselho nacional de defesa e segurança de Kiev, a jornalistas. Lysenko acrescentou que o Exército não foi o responsável por um ataque aéreo, nesta madrugada, contra Donetsk, como foi anunciado pelas autoridades da cidade. "A aviação não bombardeou Donetsk, nem Lugansk", declarou. De acordo com a Câmara Municipal de Donetsk, a cidade, bastião dos separatistas pró-russos, foi alvo nesta madrugada do primeiro ataque aéreo das forças armadas ucranianas. O ataque não causou vítimas civis, acrescentou. A madrugada foi "extremamente agitada" e marcada pelos tiros de artilharia nos bairros na zona ocidental de Petrovski e Kirovski, além do ataque aéreo não longe do centro de Donetsk, indicou o município. "O distrito de Kalininski sofreu durante a noite um ataque aéreo, que deixou um buraco de quatro metros de diâmetro e 1,5 metro de profundidade na estrada (...) não há vítimas entre os civis. Um gasoduto ficou danificado com estilhaços de foguetes. As equipes estão trabalham para desativar uma granada de morteiro que não explodiu", indicou a Câmara Municipal. Nos últimos dias, os combates intensificaram-se nos arredores de Donetsk, a maior cidade da bacia carbonífera de Donbass, que tinha um milhão de habitantes antes da guerra civil. De acordo com números divulgados pela ONU, pelo menos 285 mil pessoas fugiram do Leste da Ucrânia, a maioria (168 mil) em direção à Rússia, e o movimento de deslocação tem-se intensificado, alcançando 1,2 mil pessoas por dia nas últimas duas semanas.
Apenas três Estados tiveram comportamento diferente da média nacional e apresentaram variações positivas: Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) reconheceu que, desde o início do conflito no Leste, pelo menos 730 mil ucranianos fugiram do país para procurar refúgio na Rússia A Rússia convocou nesta terça-feira (5/8) uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para pedir o envio de uma missão humanitária internacional ao Leste da Ucrânia, onde prosseguem intensos os combates entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia. “Convocamos uma reunião urgente do Conselho de Segurança para abordar a situação humanitária na Ucrânia”, informou o embaixador da Rússia na ONU, Vitali Churkin. O chefe da diplomacia de Moscou, Serguei Lavrov, anunciou na última segunda-feira (4) que a Rússia solicitaria oficialmente à ONU, à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), ao Conselho da Europa e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha a organização de uma missão humanitária para o Leste da Ucrânia. “A parte russa considera necessário mobilizar a comunidade internacional para ajudar sem demora os habitantes das regiões de Donetsk e Lugansk, onde a situação está à beira da catástrofe humanitária, e promover a formação de uma missão humanitária para essa região da Ucrânia”, disse um representante do governo russo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) reconheceu hoje que, desde o início do conflito no Leste, pelo menos 730 mil ucranianos fugiram do país para procurar refúgio na Rússia. “Os dados fornecidos pela Rússia parecem críveis. Os ucranianos que cruzaram a fronteira não são turistas. Fugiram da situação no Leste da Ucrânia”, disse, em Genebra, Vincent Cochetel, diretor do gabinete para a Europa do Acnur. Cerca de 120 mil ucranianos já se registraram como deslocados internos, apesar de o Acnur achar que o número real pode ser maior, pelo fato de os homens optarem por ocultar essa situação ao governo ucraniano para não serem chamados ao exército ou por temerem represálias caso voltem para suas casas. Na cidade de Lugansk, onde já foram mortos mais de 100 civis desde o final de julho, permanecem cerca de 250 mil habitantes, na maioria aposentados e famílias com crianças que não conseguiram abandonar as suas habitações. Após várias semanas de combate entre as forças de Kiev e os separatistas nos acessos à cidade, ainda controlada pelas forças rebeldes, alimentos e medicamentos começam a ficar escassos.