Resultados do marcador: Tiro pela culatra

Exposto o tempo todo, quase sempre como vilão, o presidente certamente entusiasma parte do público. É o político que enfrenta a “mídia”

Parlamentar disse que as moças não deveriam namorar e nem dançar com jovens oficiais. Os militares reagiram tornando a ditadura um longo tormento

Ao exagerar na caçada às fake news e ao censurar a revista “Crusoé”, dois ministros agem contra a liberdade de expressão e o próprio STF

[caption id="attachment_120738" align="aligncenter" width="620"] Foto: Leo Iran[/caption]
Supostamente assalariados com dinheiro público, aliados da senadora Lúcia Vânia — que deputados governistas chamam de “Iris Araújo do Tempo Novo” — atacam nas redes sociais jornais, blogs e sites que divulgam reportagens que não agradam a presidente do PSB. Pedro Aleixo disse que, com o AI-5, o perigo não eram os generais, e sim os guardas da esquina. É mais ou menos isto.
Mas, democrática, a senadora não autoriza este tipo de ação. São aliados que pensam que, agindo assim, estão contribuindo para que seja candidata a senadora. O tiro não estaria saindo pela culatra? Sobretudo porque os “criticados” interpretam o “fogo” como dirigido pela presidente do PSB.

Presidente da Faeg tentou fazer jogo duplo, jogando com Ronaldo Caiado e com líderes da base governista, mas deu errado e ele pode ficar isolado

[caption id="attachment_98794" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
Parte dos jornalistas parece não compreender que, para o SBT, jornalismo e entretenimento são a mesma coisa. Por isso, aquele que tratar o apresentador de “Primeiro Impacto”, Dudu Camargo, apenas como “jornalista”, e não como um “artista” do entretenimento, não será capaz de compreendê-lo e muito menos o jornalismo propagado pela rede de Silvio Santos.
Na semana passada, os sites que dão notícias sobre mídia, e até a impoluta revista “Veja”, abriram espaço para discutir Dudu Camargo — o que prova que Silvio Santos, ao bancá-lo como “ás” do entretenimento, acertou na mosca. A tendência das publicações é sugerir que Dudu Camargo não está preparado para assumir a apresentação de um telejornal. O garoto de 19 anos, que talvez queira ser o novo Silvio Santos e não o novo William Bonner, apareceu de cueca no “Pânico na Band” e se exibiu de maneira inconveniente com Maísa Silva, do SBT, no “Programa Silvio Santos”.
Ao ganhar espaço na mídia, mesmo sendo criticado, Dudu Camargo caiu não em desgraça, como sugeriu “Na Telinha”, site do UOL, e sim nas graças de Silvio Santos. O dono do SBT sugeriu que pretende transformá-lo no “maior apresentador do Brasil”.
A mídia dita crítica está contribuindo — ao conceder-lhe espaço generoso, ainda que para execrá-lo — para consagrá-lo. Silvio Santos, vencedor e vendedor atentíssimo, sabe das coisas. Dudu Camargo pode não ser um grande jornalista, mas, com a ajuda de seus críticos, está se tornando uma estrela, digamos, nacional.

[caption id="attachment_48628" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
Analistas políticos sugerem que o Palácio das Esmeraldas só tem a comemorar com o que avaliam como erro estratégico do senador Ronaldo Caiado, do DEM, ao criticar os convênios do governo de Goiás com as prefeituras.
Um cientista político sugere que “os ataques de Ronaldo Caiado podem lhe custar caro, do ponto de vista eleitoral”. O especialista afiança que, com a crise econômica profunda e a escassez de recursos financeiros, toda e qualquer apoio é visto como bem-vindo. De fato, vários prefeitos, inclusive dois deles filiados ao DEM, ficaram agastados com a denúncia de “suposta cooptação”.
Prefeitos dizem que o senador do partido democratas, além de tê-los colocado como “suspeitos”, está tentando atrapalhar o governo de Goiás de levar benefícios para os municípios.
Vale frisar que o prefeito de Minaçu, Nick Barbosa, clama por ajuda e sugere que, se não consegui-la até julho, pode até renunciar ao mandato. Ele é filiado ao DEM do senador Ronaldo Caiado.

O candidato do PSB parece que tomou fermento e está crescendo aos saltos. É o verdadeiro Pó Royal na disputa pela Prefeitura de Goiânia

[caption id="attachment_64269" align="alignright" width="620"] Iris Rezende: o peemedebista nunca esteve tão animado[/caption]
Iris Rezende confidenciou a dois aliados que vai mesmo disputar a Prefeitura de Goiânia, este ano, pois não sabe se, em 2018, aos 85 anos, terá energia suficiente para trafegar por um Estado que, geograficamente, é maior do que Israel, Portugal e Cuba juntos. O peemedebista, que está disposto a disputar, protela o anúncio por três motivos. Primeiro, o partido não tem alternativa a ele. Segundo, não quer gastar dinheiro antes do tempo que avalia como apropriado. Terceiro, sabe que todos os demais candidatos vão armar seu jogo a partir de sua definição — então prefere deixá-los supostamente “desnorteados”. Agora, a denúncia de enriquecimento ilícito feita pela revista “Época” — não comprovado e seus advogados já pediram direito de resposta —, longe de desanimá-lo, aumentou a sua vontade de disputar a Prefeitura de Goiânia. A reportagem parece que se tornou, por assim dizer, o incentivo que faltava. É provável que em maio, no mais tardar junho, ele faça o anúncio de sua candidatura.
A revista “Época” deveria ter usado os documentos do SNI com cautela. Porque agentes, às vezes orientados por seus chefes e políticos, organizavam ou plantavam documentação falsa com o objetivo de prejudicar determinados políticos, tanto do governo quanto da oposição. Historiadores sabem que documentos devem ser usados com o máximo de cuidado, sobretudo quando produzidos por serviços de informação e polícias políticas.
Está pegando mal junto a setores do governo Marconi Perillo o fato de que a secretária da Educação, Vanda Siqueira Batista, estaria articulando abaixo-assinado, teoricamente feito por funcionários da área, clamando para ser mantida. Vanda vai ser mantida no governo, mas a secretaria terá outro titular. O tucanato não quer uma clone feminina de Thiago Peixoto no cargo. A tese: não basta ser um secretário eficiente, sobretudo, dizem aliados do governador, é preciso saber lidar com as pessoas que trabalham na área. Tecnicamente, Peixoto foi irrepreensível, mas saiu com muito desgaste. O perfil apontado como adequado é o da ex-secretária Raquel Teixeira.

A jornalista, além de participação ativa no “SBT Brasil”, vai comandar um programa semanal de debates