Resultados do marcador: Prefeitura de Anápolis
A disputa pela Prefeitura de Anápolis deverá polarizar mesmo os candidatos do PT, o prefeito João Gomes, e o do PSDB, Alexandre Baldy. O deputado Carlos Antônio aparece na liderança das pesquisas, mas é cedo para avaliações peremptórias. O mais certo é que o parlamentar seja vice — pode escolher ser vice de João Gomes ou de Alexandre Baldy — e candidato a deputado federal em 2018. Não há dúvida de que Carlos Antônio é popular, mas a campanha de 2018 vai exigir dos candidatos uma estrutura profissional e, mesmo, milionária. O deputado não tem recursos para bancar uma campanha contra pesos-pesados como João Gomes e Alexandre Baldy. O Solidariedade é um partido ausente e não oferece a mínima estrutura para Carlos Antônio. Sozinho, em Anápolis ou em qualquer outro município, nenhum candidato se elege prefeito. Elege-se até para vereador e deputado, mas não para cargos majoritários.
“O deputado Alexandre Baldy tem de parar de tratar o prefeito João Gomes como ‘galo morto’. O petista controla a máquina pública, sua gestão não é ruim e está fazendo obras e pagando tanto funcionários quanto fornecedores em dia. É um páreo duríssimo”, afirma um militante do PSDB. O tucano frisa que está passando da hora de Baldy criar identidade com os eleitores de Anápolis.

Um petista assegura que Carlos Antônio tem “voo de pato” e a tendência é que seja vice na chapa de Alexandre Baldy. “Faltam a Carlos Antônio consistência política e capacidade de gestão. É o delegado Waldir Soares de Anápolis, mas sem os votos do tucano”, sublinha.

[caption id="attachment_44153" align="alignleft" width="620"] Pré-candidato a prefeito de Anápolis, Frederico Jayme[/caption]
Pré-candidato a prefeito de Anápolis, Frederico Jayme é um político ousado, sólido como uma rocha; sobretudo, é agregador. Tanto que, seu nome foi divulgado como pré-candidato (pelo PSDB) num dia, e no dia seguinte empresários e políticos o procuraram para hipotecar apoio.
Porém, dado ao diálogo, Frederico Jayme sugere que, se Alexandre Baldy (PSDB) definir logo a sua candidatura, para fortalecer o grupo, abre espaço para ele — sem problemas. Com sua falta de polidez (e tato) habitual, o deputado federal não percebeu a abertura e sugeriu que quem deve cobrar “prazos” é o governador Marconi Perillo.
Baldy é um político jovem e, possivelmente, de muito futuro. Entretanto, como entendeu Fernando Collor ao sofrer o impeachment — mas sem “entender” o que está acontecendo agora —, Baldy precisa compreender que a arrogância não funciona em política e na vida.
Frederico Jayme estendeu-lhe a mão e ele devolveu pedras para o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado e ex-deputado estadual, seguramente um dos políticos mais experimentados de Goiás. Não à toa o governador Marconi Perillo, experimentadíssimo, o convidou para sua chefia de gabinete.
O cargo é até pequeno para Frederico Jayme, mas os serviços do ex-parlamentar são imensos para Goiás e, também, para o PSDB. Não é José Nelto, também arrogante, que está “expulsando” prefeitos do PMDB. Frederico Jayme, com seu espírito agregador e de líder nato, é quem procedendo uma devastação nas hostes peemedebistas. Só Baldy não está entendendo o que está ocorrendo debaixo de seu nariz.
O empresário tucano Ridoval Chiareloto disputou a Prefeitura de Anápolis e perdeu para Antônio Gomide. Mas não desiste de ser prefeito do município. “Uma pesquisa mostra que estou ‘pau a pau’ com o prefeito João Gomes (PT)”, afirma. “Eu sei que sou dos poucos que têm condições de derrotar o prefeito petista.” A pesquisa, segundo Ridoval Chiareloto, mostra Onaide Santillo na liderança, mas com alta rejeição, e com o deputado Carlos Antônio em segundo lugar. O terceiro colocado é o médico Pedro Canado. “João Gomes aparece em quarto lugar, comigo colado.” “Sou pré-candidato a prefeito, mas abro mão para Frederico Jayme. Para outro candidato, não abro espaço. Se não for Frederico, saio do PSDB para disputar a eleição”, avisa. “Frederico une a base governista.” Na sua opinião, Alexandre Baldy pode ter dinheiro, mas não une a base. “Falta empatia com os líderes anapolinos.” Ridoval Chiareloto diz que o governador Marconi Perillo, por ser partidário, não vai apoiar a candidatura de João Gomes. “Sei que o João Gomes tem receio de disputar comigo.”