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Jornalistas observam a ilegalidade da prisão de Jefferson e não dão um pio. Seja por covardia, seja porque cegos em sua ideologia
Roberto Jefferson, ex-deputado, ex-presidente de um partido político — o PTB —, o homem que denunciou o mensalão, já deixou claro, em várias ocasiões, que tem (como muitos outros brasileiros, aliás antipatia pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Em especial, pelo ministro Alexandre de Moraes.
Por certo, em pensamento, ataca o ministro Alexandre Moraes várias vezes por dia. Em palavras, já o fez pelas redes sociais. Em atos, ao que se saiba, nunca o fez, até porque não há oportunidade. Neste Brasil, um ministro do Supremo é uma espécie de semideus do qual os mortais comuns não podem se aproximar.
[caption id="attachment_205467" align="alignright" width="620"] Roberto Jefferson: ex-deputado federal | Foto: Divulgação[/caption]
Pois bem, Roberto Jefferson, por ter atacado o ministro pelas redes sociais, e pelas leis brasileiras, poderia ser investigado pela polícia, o inquérito desta deveria ser remetido ao Judiciário, com respaldo do Ministério Público, para que respondesse por injúria, calúnia ou difamação, se defendesse, e, se condenado, fosse submetido às chamadas cominações legais — entre as quais não se encontra a pena de prisão.
Mas aconteceu diferente do que prevê a lei: o ministro, assumindo ao mesmo tempo o papel de vítima, polícia, promotor, juiz, e reformador legal, sem consulta, pelo menos formal aos seus colegas da Suprema Corte, determinou a prisão temporária de Roberto Jefferson, em 13 de agosto do ano passado. Já lá se vão quase seis meses, e o político permanece preso. Um par de dias atrás teve sua prisão convertida em domiciliar, por motivo de saúde, mas está, de qualquer forma, sob prisão e portando tornozeleira eletrônica.
Roberto Jefferson tornou-se um preso político, pois o ato não se enquadra nas disposições legais brasileiras. Mas a decisão monocrática do ministro do STF, que por ser unipessoal nem por isso isenta a Suprema Corte, não é a única coisa a se estranhar na questão.
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Alexandre de Moraes: ministro do STF | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF[/caption]
Há uma constelação de jornalistas brasileiros, encastelados nos maiores órgãos de divulgação, que bradam indignados quando qualquer manifestação é levada a cabo por apoiadores do presidente. Até cantar o Hino Nacional, dependendo do local e circunstância, é para eles um “ato antidemocrático”. Pois bem, esses jornalistas observam a ilegalidade da prisão de Jefferson e não dão um pio. Seja por covardia, seja porque cegos em sua ideologia, não vêm nada errado em prender, sem culpa formada, sem defesa e sem prazo, o político Roberto Jefferson.
Para essa turma, lugar de gente de direita é mesmo na cadeia — ou em lugar pior — bastando para tanto não pensar como eles. Não são todos os jornalistas, é claro. J.R. Guzzo, Augusto Nunes, Caio Copolla, Alexandre Garcia, Claudio Humberto e alguns poucos outros já escreveram sua indignação, numa prova de que ainda resta esclarecimento e dignidade no jornalismo brasileiro, mesmo que em apenas numa pequena tribo.
No Congresso, passou-se algo semelhante: por covardia, ideologia ou rabo preso, apenas um ou outro deputado ou senador ousou levantar a voz.
Ministros Nunes Marques e André Mendonça
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