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Ativistas da causa LGBT e dos Direitos Humanos de Goiás se lançam na política na tentativa de conquistar uma vaga no Legislativo
[caption id="attachment_284132" align="alignnone" width="620"] Thiago Henrique, Fabrício Rosa e Beth Caline são alguns dos candidatos LGBT nestas eleições | Foto: Montagem[/caption]
Este ano promete ser bem colorido, pelo menos na política. Conforme dados da Aliança Nacional LGBTI+, 2020 bateu o recorde de pré-candidaturas de pessoas autodeclaradas lésbicas, gays, bissexuais ou transexuais/travestis (LGBT). Até o mês de julho, de acordo com a entidade, mais de 430 indivíduos de orientação sexual ou gênero diferentes dos considerados padrão (heterossexual e cisgênero) no Brasil inteiro decidiram disponibilizar seus nomes para concorrer a um cargo no Legislativo ou Executivo municipal. Comparado à quantidade de "candidaturas heterossexuais" o número pode parecer baixo, mas é um passo gigantesco na busca por representatividade.
Em Goiás, não é diferente. Na capital, ativistas não só da causa LGBT, mas dos Direitos Humanos como um todo, têm se organizado e se mobilizado para tentar garantir uma cadeira na Câmara Municipal e, assim, ter um nome atuante que possa ser a voz, até então minoritária, na política para a população LGBT.
Na noite do último sábado, 12, uma frente suprapartidária formada por 7 candidaturas LGBT ao Legislativo foi lançada em Goiânia com o objetivo de "se comprometer a discutir as pautas LGBTQI+" e levar representatividade ao meio político. A chamada Frente pela Vida e pela Diversidade conta com as candidaturas de Fabrício Rosa (Psol), Thiago Henrique (PDT), Weliton Pina (Psol), Daniel Mendes (PT), Hugo Leonardo (Rede), Ludmila Rosa (Avante) e Beth Caline (Psol). Essa última, sendo candidata a um mandato coletivo formado apenas por mulheres (cis e trans).
Entretanto, as candidaturas de gays, lésbicas e transexuais/travestis não se restringem apenas à capital. Um levantamento feito pelo Jornal Opção juntamente a um dos coordenadores da Frente pela Vida e pela Diversidade, Fabrício Rosa, e com o Instituto Goiano de Cidadania e Direitos Humanos (IGCDH), através do candidato a vereador Thiago Henrique, encontrou a presença de mais de 30 candidatos declaradamente LGBT em vários municípios goianos. Contudo, o número pode ser ainda maior.
São eles: Ana Kelly (PT) – Ceres Ana Luiza (PT) – Cidade Ocidental Beth Caline (Psol) – Mandata coletiva – Goiânia Daniel Mendes (PT) - Goiânia Dr. Guilherme (PDT) - Nazário Fabricio Rosa (Psol) - Goiânia Felipe Freitas (Podemos) – Anápolis Hugo Leonardo (Rede) – Goiânia Jhoe Santos (Psol) - Luziânia Julianna (PT) – Itumbiara Leydiellen (PT) – Formosa Luan Silva (PT) - Morrinhos Ludmila Rosa (Avante) – Goiânia Luís Jesus do Santos (PT) – Águas Lindas de Goiás Luiz Carlos (PT) – Bela Vista de Goiás Maria Marta Ramos (PT) – Senador Canedo Messias Silvério (PDT) - Trindade Nathalia Aureliana (PcdoB) - Goiânia Pai Paulo (PSB) – Cidade Ocidental Paulo Marchiori (PV) – Cidade Ocidental Professor Fagner (PT) – Doverlândia Rimet Jules (PT) - Anápolis Rodrigo Canizo (PSB) – Cidade Ocidental Sarah (PT) - Itumbiara Sônia Cleide (PT) – Goiânia Thiago Henrique (PDT) - Goiânia Tiago Galvão (PT) – Cidade de Goiás Vinicius Martins (PT) - Morrinhos Wanessa Beltrão (PT) – Porangatu Warley Azevedo (PSDB) - Luziânia Warley Filipe (PT) - Ceres Weliton de Pina (Psol) – Goiânia
“A gente quer defender a vida”, diz candidata trans
Roberta Caroline, ou Beth Caline, como é conhecida no ativismo e militância, é uma mulher trans de 23 anos. Cabeleireira e maquiadora por profissão, Beth é uma das quatro candidatas do mandato coletivo “Agora é que são elas! Juntas e misturadas”, ou, como elas mesmo dizem, “mandata coletiva”. Ao lado da cientista social Cíntia Dias, de 43 anos; da professora universitária Cristiane Lemos, de 47 e da pedagoga Valéria da Congada, de 49 anos, todas mulheres cis, Beth Caline faz parte do grupo LGBT que tentará uma vaga no Legislativo goianiense nas eleições de 2020. De acordo com a candidata, não há, na politica goiana, nomes que representem a população LGBT em suas demandas básicas e foi o que a motivou a tentar a gestão pública. [caption id="attachment_284126" align="alignleft" width="244"]

Para candidato LGBT, a contribuição maior é com o debate
Esta é a primeira vez que o produtor cultural e coordenador da Parada LGBT em Goiânia, Thiago Henrique, de 29 anos, se lança a candidato a vereador. Thiago, que é gay e concorre pelo PDT, conta que começou no ativismo LGBT há cerca de 13 anos, desenvolvendo ações diárias para a população LGBT, tanto culturalmente quanto de assistência. De acordo com Thiago, a luta ativista somada à política propicia caminhos para efetivas transformações na sociedade. “Como a gente faz uma militância, ela precisa ser complementada através de um mandato. E por isso essa importância de participação na política. A contribuição maior é com o debate, a defesa da construção de políticas públicas para a população LGBT”, diz. [caption id="attachment_284128" align="alignright" width="300"]
Ativista, policial, candidato e gay
Aos 40 anos, o policial rodoviário federal e candidato à Câmara Municipal de Goiânia pelo Psol, Fabrício Rosa, do Psol, tem uma longa trajetória de militância pelos Direitos Humanos. Fabrício relata que sua atuação surge há mais de 15 anos com o trabalho de proteção aos direitos da criança e do adolescente, como o combate à exploração sexual e trabalho infantil. A militância LGBT de Fabrício somou-se ao trabalho posteriormente, quando o policial, que é gay assumido, sentiu a necessidade da presença de pessoas LGBT em locais onde as mudanças são feitas estruturalmente, ou seja, a política. Todavia, para Fabrício, o cenário no poder público ainda reflete uma cultura há tempos enraizada no país. “Nós vivemos a ditadura do dinheiro. São sempre as mesmas famílias que estão lá, mesmo que sejam com outros nomes, mas os sobrenomes são sempre os mesmos. É uma ditadura também do machismo. Sempre os mesmos homens, milionários, brancos, cis, heteros”, critica. Fabrício, que já tentou uma vaga no Senado Federal em 2018, é doutorando em Direitos Humano pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e integra uma associação de agentes da segurança pública LGBT que atua na manutenção dos direitos dessa minoria, a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (Renosp LGBTI+). A entidade, em suas próprias palavras, “foi criada para o enfrentamento da LGBTIfobia no país e para a garantia da liberdade de orientação sexual e de identidade de gênero no âmbito da segurança pública”. [caption id="attachment_284129" align="alignleft" width="300"]
LGBTs em evidência
Com indivíduos LGBT presentes na corrida eleitoral, Victor Hipólito, da Assessoria Especial LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia, vê a possibilidade das demandas e problemas dessa minoria virem à tona. Para Hipólito, a presença LGBT na política viabiliza o debate e expõe a realidade da população. “A importância de ter candidatos que apresentem a pauta da diversidade sexual, de gênero, é que traz o debate. Vai ser mostrado, vai ser televisionado, vai ser falado. Então, o debate ele vai existir sobre o tema”, avalia. [caption id="attachment_284130" align="alignnone" width="608"]
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