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A cada hora, 13 crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual, física ou psicológica no país

O julgamento é o maior de abuso infantil da história do país

A família de uma menina, de 10 anos, denunciou um pastor após a criança receber mensagens de cunho sexual em Valparaíso de Goiás, na Região do Entorno do Distrito Federal. O caso foi registrado em uma delegacia e a Polícia Civil investiga o crime.
Segundo informações, a mãe da criança monitora o celular da filha e acabou percebendo atitudes estranhas. No aparelho, ela viu que o pastor estava trocando mensagens sexuais com a criança. O homem se passava por um adolescente de 14 anos. As informações foram divulgadas inicialmente pelo portal Metrópoles.
As mensagens começaram após a menina conhecer uma jovem do condomínio onde ela mora. A jovem criou um grupo de WhatsApp e colocou a menina, o pastor e outras crianças nele.
A menina até tentou apagar as mensagens, mas a mãe conseguiu recuperar o backup. Em uma das trocas, o pastor diz: “Tô vendo Xvideo”. E a vítima rebate: “Aveee”. Em outras, o suspeito diz à menina “Queria ver vocês duas se pegando”. Em outra, afirma que outra menina “vai te var uma surra de bct”. Na sequência ele escreve: “Te ensina direitinho a lamber todo mel”.
Em outro momento, o pastor diz “Pau na xota das meninas kkkk”. Por achar que trocava mensagens com uma pessoa de idade próxima, a criança continuou conversando com o pastor.
Veja as conversas







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Entende-se como violência sexual qualquer ação em que uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coage, intimida ou influencia psicologicamente uma pessoa para obrigá-la a ter, presenciar ou participar de alguma maneira de interações sexuais, ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, com fins de lucro, vingança ou outra intenção. O crime pode, ainda, envolver ou não o uso de armas ou drogas.
E assim como criminosos assumidos, também há líderes religiosos que abusam de sua posição para obter vantagens sexuais. Já são diversos casos como o João de Deus, Ikky de Medeiros, Jair Tércio Cunha Costa e, mais recente, o pastor Davi Passamani.
Algumas mulheres sofrem agressões repetitivas e por muitas vezes naturalizadas. Através da subordinação, dominação, agressão e submissão ensinada aos fiéis, essas mulheres ficam presas nessa situação. Esses casos se tornam delicados, porque muitas vezes essas figuras usam de sua posição para enganar pessoas e invadir suas intimidades, seja por meio de chantagem ou de intimidação. Corrompendo e consumindo até mesmo a própria fé.
De acordo com um estudo da OMS de 2018, as principais causas para que as mulheres não denunciem incluem: falta de apoio; vergonha; medo de represálias; sentimento de culpa, receio de que não acreditem nela e temor de ser maltratada ou socialmente marginalizada.
Essas violências, quando vêm de uma figura como um líder religioso, um pai, ou um chefe, se tornam muito mais ameaçadoras. Isso acontece porque eles, muitas vezes, possuem algum tipo de controle sobre a mulher. Seja porque a vítima depende dele financeiramente, seja porque mora debaixo daquele teto, porque tem medo de ser demitida, ou porque acha que não vão acreditar em sua acusação.
A situação de vulnerabilidade econômica das mulheres, especialmente as negras e pobres, também estimula o assédio moral e sexual. Patrões e chefes usam o temor da mulher em perder seu meio de subsistência para coagi-la a cumprir jornadas de trabalho extenuantes, a tolerar ofensas, constrangimentos e humilhação, além dos abusos relativos ao corpo.
Ainda segundo a OMS, o grande problema nessas situações é a culpabilização das vítimas, pois o medo da exposição e até mesmo do julgamento proveniente da sociedade impedem que muitas denúncias sejam realizadas. E as consequência desse silenciamento, podem incluir depressão, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e estresse.
A solução possível, para a sociedade como um todo é a indignação coletiva. É acreditar nas denúncias e aguardar a atuação dos órgãos competentes, e principalmente, que as pessoas, ao saberem, deixem de defender cegamente os acusados e demonstrem mais solidariedade, procurando, ao menos, ouvir os dois lados da história. Até porque, perguntar sobre as circunstâncias do ocorrido é trabalho de investigação da polícia. E a maioria dos questionamentos nas redes sociais parece servir para acusar a vítima e diminuir a culpa do responsável.
Cultura do Estupro
O ativismo feminista usa o termo ‘cultura do estupro’ para denunciar uma série de atitudes e práticas que aceitam o estupro contra as mulheres como algo normal em nossa sociedade.
São insinuações veladas ou explícitas, gestos grosseiros, frases embaraçosas e ofensivas; comentários sexistas, perguntas e convites impertinentes, toques indesejados e não consentidos. Basicamente, uma série de atitudes no dia-a-dia que refletem a estrutura patriarcal da sociedade, que deixa as mulheres marginalizadas.
Importunação Sexual x Assédio Sexual
Ambos são crimes contra a liberdade sexual, a diferença entre eles é que enquanto o assédio sexual é caracterizado por uma pessoa que ocupa um cargo superior no local de trabalho de ambos e essa hierarquia é utilizada para constranger a vítima e conquistar uma vantagem sexual indesejada pela parte da vítima.
Já a importunação sexual acontece quando um ato que visa a satisfação sexual é praticado na presença de alguém sem a devida autorização ou consentimento. A pena para importunação sexual varia de 1 a 5 anos enquanto o assédio sexual varia entre 1 e 2 anos.

É preciso que o sistema de defesa para as vítimas de violência e abuso tenha instrumentos para agir rapidamente contra os criminosos

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[caption id="attachment_101840" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renato Araújo/Agência Brasília[/caption]
Valores similares nas bombas de combustível do Distrito Federal não eram cenário comum na capital desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Dubai, em maio do ano passado.
A ação combatia o cartel dos postos de gasolina nas redes do DF, mas a variação no preço do litro da gasolina conseguido com a operação da PF parece ter acabado.
Desde a elevação do PIS/Cofins sobre os combustíveis, anunciado pelo governo federal há duas semanas, os brasilienses testemunham a volta da uniformização dos valores no mercado da capital – o que já é alvo de investigação pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e do Centro Administrativo de Defesa Econômica (Cade).