Resultados do marcador: 8 de janeiro

Mauro Cid, ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas também estão na lista da senadora Eliziane Gama

Senador recordou que desde o início foi contrário à instalação do colegiado, por falta de provas de envolvimento direto de acusados

Senadora Eliziane Gama é relatora do texto de mais de 1000 páginas gerado após CPMI

De acordo com os processos, os acusados foram detidos dentro do Palácio do Planalto, durante os atos golpistas

Comissão termina na próxima semana sem quebrar sigilo de Bolsonaro e sem ouvir Dino

Pedido de vista suspende julgamento de duas acusadas

Decisão foi do ministro do STF, Nunes Marques; comissão chegou a ter acesso a dados bancário, fiscal, telefônico e telemático de Silvinei Vasques

Argino Bedin é acusado de financiar os atos antidemocráticos em Brasília

Ele explicou que sua inspiração para essa obra surgiu enquanto ele assistia, pela televisão, a esse episódio de vandalismo

Polícia Federal cumpre mais uma etapa da operação Lesa Pátria com alvos em Goiás e mais três estados

Na última semana, o julgamento dos primeiros réus do fatídico 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) movimentou as redes sociais. E o foco, estranhamente, eram os advogados de defesa. Em sua fala, o ministro Alexandre de Moraes parecia fazer questão de expor fraquezas, incongruências, gafes ou qualquer deslize dos que estavam ali para exercer seu trabalho. O resultado? Um festival de memes e o tribunal da internet não perdoou.
O direito à ampla defesa é garantido pela nossa Constituição. E aí reside a beleza de um Estado Democrático de Direito. Como lembrou a ministra Cármen Lúcia: “bendita democracia, que permite que alguém que mesmo nos odiando pode, por garantia dos próprios juízes, vir e dizer a eles sobre isto, que é a sua verdade”.
De fato, se todos pensássemos de forma igual, estaríamos vivendo em uma ditadura, onde liberdades são tolhidas. E que bom que não estamos! Que bom que a tentativa de golpe de 8 de janeiro fracassou. Justamente por isso hoje existe o julgamento daqueles que as investigações apontaram que contribuíram de alguma forma para a concretização dos atos golpistas. Mesmo assim, devem ser julgados seguindo as prerrogativas constitucionais.
As lágrimas de uma das advogadas de defesa durante o julgamento comoveram alguns enquanto outros avaliaram ser apenas uma estratégia para chamar a atenção. Independente da intenção, nas entrelinhas de sua fala, o medo do achincalhamento público era nítido. Ali, diante dos ministros, ela é uma profissional, independentemente de qualquer ideologia ou partido político, por mais que na pauta em questão isso seja muito difícil de ser separado.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) se pronunciou sobre o ocorrido no STF: “O desrespeito ao exercício pleno da advocacia é uma afronta à sociedade”, afirmou a nota divulgada no último sábado, 16. Para a Ordem, é “inadminissível” que os julgadores, durante os autos do processo, expressem críticas aos autores da sustentação oral ou ridicularizem o profissional da advocacia.
E a OAB tem razão. Afinal, o constrangimento de um advogado durante um julgamento pode vir a ser sim uma violação da ampla defesa, um direito constitucional. Esse é um fundamento de um Estado democrático: não retirar os direitos nem mesmo de seus algozes. Até porque, se assim não o fizer, torna-se uma tirania. E confundir Saint-Exupéry com Maquiavel é um erro muito menor do que vandalizar e atentar contra as intituições democráticas.
Prudência e sabedoria são aliados indispensáveis durante o julgamento em questão para que no banco dos réus,estejam apenas os cidadãos que podem vir a pagar pelos atos cometidos e não a própria democracia. Mas seja qual for a decisão, quem julga os julgadores? A opinião pública pode até ter sua sentença sobre tudo e todos, mas não pode nem deve mudar o rumo da Justiça de um país.

Matheus é morador de Apucarana (PR) e foi preso na Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques

O parlamentar declarou ainda que, apesar da busca e apreensão do seu celular, nada de irregular foi encontrado

Órgãos do poder judiciário deverão informar investigações sobre o tema

Procuradoria-Geral da República e Advocacia-Geral da União se uniram para evitar duplicações de ações e assegurar celeridade dos processos