CPI do 8 de Janeiro terminará sem ouvir 28 pessoas; confira lista

13 outubro 2023 às 11h05


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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os acontecimentos de 8 de janeiro está prestes a concluir seus trabalhos na próxima semana, sem ter ouvido figuras prioritárias tanto para os governistas quanto para a oposição. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que atua como relatora, apresentará seu relatório na terça-feira, 17, e a expectativa é que o texto seja submetido a votação na quarta-feira, 18.
Além disso, outros 1.364 requerimentos não chegaram a ser votados. Essas solicitações incluíam a convocação do ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), defendida pela oposição, e a quebra do sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – um ponto considerado relevante por aliados do governo. No entanto, não houve acordo para incluí-los na pauta de votação.
Entre os depoimentos que foram autorizados, mas não realizados, destacam-se o ex-ministro Braga Netto e a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid. Inicialmente, os governistas tinham a intenção de ouvir Cid como o último ato da CPI, mas houve desacordo com membros da oposição e resistência por parte do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (UB-BA). Ao todo, 28 pessoas tiveram seus pedidos de comparecimento aprovados, mas não foram ouvidas pela comissão.
Confira lista completa de quem deixou de ser ouvido pela CPI:
- Adauto Lucio de Mesquita – empresário acusado de coordenar financiamento para os atos;
- Ailton Barros – ex-major do Exército, preso pela Polícia Federal na operação sobre fraudes eu cartão de vacina;
- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas – empresário e pai de um dos participantes dos atos;
- Alan Diego dos Santos Rodrigues – preso e condenado por tentativa de ataque a bomba ao aeroporto de Brasília (DF), em dezembro de 2022;
- Albert Alisson Gomes Mascarenhas – participou dos atos e há imagens gravadas;
- Antônio Elcio Franco Filho – ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde de Bolsonaro;
- Beroaldo José de Freitas Júnior – subtenente da Polícia Militar promovido por ato de bravura depois dos atos do 8 de Janeiro.
- Braga Netto – ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente da República;
- Cíntia Queiroz de Castro – coronel e subsecretária de Operações Integradas;
- Diomar Pedrassani – empresário suspeito de financiar os atos;
- Edilson Antonio Piaia – empresário suspeito de financiar os atos criminosos;
- Fernando de Souza Oliveira – ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira – motorista;
- Jorge Teixeira de Lima – delegado da Polícia Civil do DF;
- José Carlos Pedrassani – empresário suspeito de financiar atos;
- Joveci Xavier de Andrade – empresário suspeito de financiar atos;
- Júlio Danilo Souza Ferreira – ex-Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Leandro Pedrassani – empresário suspeito de financiar atos;
- Leonardo de Castro – diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal;
- Marília Ferreira de Alencar – ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal;
- Marcelo Fernandes – delegado da Polícia Civil do Distrito Federal;
- Márcio Nunes de Oliveira – ex-delegado-geral da Polícia Federal;
- Milton Rodrigues Neves – delegado da Polícia Federal e secretário-executivo da SSP-DF;
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra – coronel da PM do DF e ex-chefe interino do DOP (Departamento de Operações);
- Roberta Bedin – empresária suspeita de financiar atos;
- Robson Cândido – ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal;
- Wellington Macedo de Souza – acusado de participar de tentativa de atentado com bomba no aeroporto de Brasília.
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