Embora tenha apoiado a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo partido contesta o resultado das eleições deste ano, o Republicanos decidiu se descolar do grupo. O deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, em entrevista à CNN, disse que a sigla não está de acordo com a ação do PL.

O partido do presidente protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a anulação do segundo turno da eleição. “Não tenho nada a ver com isso, [a sigla] só está ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse, teria dito que não. Nós não comungamos dessa opinião”, frisou Pereira.

A reação do Republicanos contrária a ação do PL aconteceu horas depois do anúncio da multa de R$ 22,9 milhões. A decisão foi do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. A penalidade é assegurada a todos os partidos da coligação que apoiou Bolsonaro, que inclui o Progressistas.

Na sentença, Moraes cita “litigância e má-fé.” Assim, o Republicanos pretende ficar de fora do rateio do valor. Nesse sentido, Pereira afirmou que recorrerá ao TSE, para que a legenda não seja multada. Segundo o dirigente, não houve consulta prévia do PL. “Fez isso sem ouvir os outros partidos”. Ele recordou que reconheceu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia do resultado da apuração.