A colheita do algodão em Goiás está concluída toda sua área plantada. Os dados são do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás (Fialgo), que acompanha todo o período de colheita nas fazendas produtoras de algodão no estado. Entretanto, problemas que vem atingindo todas as commodities brasileiras também pode afetar o algodão: entraves logísticos e dificuldades de exportação.

O êxito da indústria do algodão no Brasil, que está a caminho de se tornar o principal exportador mundial ultrapassando os Estados Unidos, destaca as conhecidas deficiências da logística nacional. De acordo com relatos de produtores, exportadores e especialistas em logística, o escoamento da safra recorde está saturando os terminais portuários.

Confira no quadro:

De acordo com Brenno Sarques, representante do Fialgo, ao menos por enquanto, os produtores goianos estão conseguindo escoar bem suas plantações nos portos brasileiros. Ele acredita que depois de toda a safra beneficiada (quando é retirada a pluma do caroço), a expectativa é de que sejam produzidas cerca de 1,7 mil kg por hectare em Goiás.

“Por enquanto não há relatos de dificuldades de exportação ou escoagem por parte de nossos produtores aqui de Goiás. Nossa produção é direcionada para vários portos do Brasil, o que facilita o processo”, afirmou.

Se depender dos produtores, o crescimento deve se manter nos próximos anos. Segundo a Abrapa, a entidade projeta aumento de 8% na produção de 2023-2024, a depender do clima. Mas, se a chuva demorar a cair no Centro-Oeste neste início de primavera, pode haver atrasos no plantio da soja e do algodão.