Polícia francesa mata dois suspeitos de massacre

10 janeiro 2015 às 13h59

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A polícia francesa invadiu dois cativeiros onde radicais islâmicos mantinham reféns, na sexta-feira, 9. Em Dammartin-en-Goële, a cerca de 40 km de Paris, foram mortos os irmãos Said e Cherif Kouachi, suspeitos de atacar a revista “Charlie Hebdo”, matando 10 jornalistas e 2 policiais dois dias antes. No bairro de Vincennes, na capital, o sequestrador morto é suspeito de ter assassinado uma policial. Ao menos quatro reféns morreram na ação.
O ataque ao jornal satírico francês foi o atentado com maior número de mortes na Europa desde 2005, quando bombas explodiram no metrô e num ônibus em Londres, com 52 vítimas.
O presidente da França, François Hollande, classificou as mortes nos últimos ataques terroristas no país, ocorridos durante três dias seguidos, como “uma tragédia para a nação”.
Dezessete vítimas morreram: 12 no atentado à “Charlie Hebdo”, uma no ataque a uma policial e quatro no sequestro à loja judaica em Paris. Afirmou que o país continuará vigilante contra possíveis novos ataques e que “não cederá a nenhuma pressão”.
Serial killer diz que “voz mandou” ele matar
O suposto serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha prestou depoimento na sexta-feira, 9, na primeira audiência em que responde por um dos 29 homicídios que confessou ter cometido. Rocilda Gualberto da Silva o acusou de ter matado a irmã dela, Rosirene Gualberto da Silva, em julho do ano passado, quando também quase foi morta pelo acusado.
Tiago Henrique disse que foi “obrigado a praticar o crime”. Ele afirmou que bebeu muito no dia e uma voz disse para ele praticar o crime. “Acho que estava bêbado e para mim não era errado matar pessoas. Um sentimento demoníaco me possuía. Fui até ao local e anunciei o assalto, depois disso fiquei cego e não lembro mais nada.”
O promotor Carlos Alberto Fonseca disse que o Ministério Público de Goiás está “convencido que há todos os elementos para pedir a pronúncia do acusado e levá-lo ao tribunal do júri”.
Oposicionistas cubanos presos são libertados
A Agência Reuters informou na sexta-feira, 9, de Havana, em Cuba, que um dos principais grupos dissidentes cubanos disse que 36 ativistas de oposição foram libertados nos dois dias anteriores como parte de um acordo para melhorar as relações entre Cuba e os Estados Unidos, anunciado no mês passado, pondo fim ao embargo norte-americano ao regime ditatorial dos irmãos Castro na ilha.
O grupo União Patriótica de Cuba disse em comunicado que 29 de seus membros estavam entre os 36 libertados, acrescentando que quase todos os liberados foram soltos sob a condição de se reportarem regularmente às autoridades.
Investigação Lava Jato quer ouvir cinco bancos
Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e Santander serão chamados para dar explicações aos procuradores da operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção em contratos da Petrobrás, segundo informações do jornal “Valor Econômico”, na sexta-feira, 9. “Esses bancos registraram os maiores volumes financeiros movimentados em contas de empresas fantasmas ligadas ao esquema de [Alberto] Youssef e da doleira Nelma Kodama, segundo as investigações”, afirma a reportagem.
As instituições financeiras são obrigadas a informar qualquer movimentação atípica de recursos ao Ministério da Fazenda. Nesse caso, porém, apenas parte das movimentações bancárias suspeitas foram informadas, de acordo com o jornal. Se for comprovado que os bancos foram negligentes, intencionalmente ou não, eles estão sujeitos a multa. Funcionários que tenham “acobertado” as operações podem ser processados criminalmente. A PF investiga esquema de corrupção montado na petroleira para favorecer partidos políticos e pessoas.
Ministro Levy sinaliza aumento de impostos
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicou, na sexta-feira, 9, que o governo federal pretende reajustar as tarifas públicas. “Provavelmente terá que pensar em rebalancear alguns impostos, até porque alguns foram reduzidos há algum tempo”, segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”. Segundo Levy, a receita de impostos que foram reduzidos “está fazendo falta”. Em tom informal, o ministro sugeriu que os brasileiros também façam sua parte, trabalhando “com o máximo de qualidade” e aumentando a produtividade, para que não sejam necessários mais aumentos de imposto.
Levy comentou que a inflação de 2014 de 6,41%, divulgada hoje pelo IBGE, ficou dentro do combinado, “apesar de todos os desafios”. A inflação em janeiro deve ser um pouco mais alta do que de outros meses do ano, em função dos reajustes das mensalidades escolares, IPTU, tarifas de ônibus, entre outras, informou o ministro. Ele admitiu que o governo terá de cortar gastos.
Indonésia vai executar brasileiro preso por tráfico
O governo da Indonésia negou definitivamente clemência ao brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, condenado à pena de morte no país asiático por tráfico de drogas, e disse que ele será executado “muito em breve”. O pedido foi negado em 31 de dezembro pelo presidente Joko Widodo. Foi a segunda vez que Marco solicitou perdão presidencial – a primeira negativa foi em 2006. Pelas leis indonésias, sentenciados à morte só podem fazer dois pedidos de clemência, depois de esgotadas as chances de recurso à Justiça. Assim, do ponto de vista legal, não há mais o que fazer para evitar a execução, cuja data ainda não foi definida.