Qual a idade média para morrer no Brasil? Pode ser de 57 a 72 anos dependendo da Capital
26 março 2024 às 11h49
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A expectativa de vida em capitais brasileiras varia 15 anos, de 57 a 72 anos. A idade média ao morrer de moradores de Belo Horizonte ou Porto Alegre, por exemplo, gira em torno de 72 anos. Em Goiânia, capital de Goiás, o nível de desenvolvimento sustentável é médio. O Mapa criou um ranking geral, atribuindo notas de 1 a 26 a cada capital e a cada quesito (porque são 26 cidades), sendo 26 para a melhor colocada e 1 para a última.
“O Brasil é muito eficiente em produzir políticas para gerar desigualdade. E é por isso que nós estamos nesse local, eu diria, vergonhoso de ser um dos dez países mais desiguais do mundo. Se a gente foi capaz de chegar nesse ponto, a gente é capaz de reverter isso com políticas que sejam proporcionadas com esse olhar”, afirmou o coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão.
Os dados constam do primeiro Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras, lançado nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), na capital paulista. O trabalho, inédito, compara 40 indicadores das 26 capitais brasileiras em temas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento. O estudo reforça a percepção da distância que separa as várias regiões e estados do país, demonstrando que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Veja a lista completa ao final.
Para quem mora em Boa Vista a idade média ao morrer é bem inferior, em torno de 57 anos. Outro indicador analisado pela publicação e que reforça a desigualdade existente entre as capitais brasileiras apontou que 100% da população de São Paulo é atendida com esgotamento sanitário, enquanto em Porto Velho, apenas 5,8% da população tem esse acesso. Sobre esse dado, Abrahão faz ainda uma ressalva: embora os dados oficiais indiquem que 100% da população paulistana tem acesso a esgotamento sanitário, o índice não reflete totalmente a realidade.
Para conferir todos os índices de Goiânia, clique aqui.
Mais sobre a pesquisa
O Mapa da Desigualdade entre as capitais tem sua base no Mapa da Desigualdade de São Paulo, uma iniciativa publicada há mais de uma década pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Utilizando fontes de dados de órgãos públicos oficiais, como o IBGE, o DataSUS, o Inep e o SNIS, além de informações de organizações não-governamentais, como o SEEG e o MapBiomas, o mapa destaca a disparidade de condições entre os estados brasileiros.
Curitiba, por exemplo, lidera o ranking das capitais, com 677 pontos, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas e São Paulo. Esses dados, embora possam não refletir completamente a realidade nacional, evidenciam a extrema desigualdade de condições socioeconômicas entre as diferentes regiões do país.
Mesmo sabendo que o dado oficial pode não refletir totalmente a realidade brasileira, ele continua demonstrando a grande desigualdade de condições entre os estados brasileiros. Isso é reforçado quando se analisa o desempenho de cada capital brasileira frente aos 40 indicadores.
Já na outra ponta do ranking está Porto Velho (RO), a capital com o pior desempenho, com 373 pontos. Além dela, aparecem no outro extremo da tabela as cidades de Recife (PE), Belém (PA), Manaus (AM) e Rio Branco (AC).
Lista completa das capitais
Ranking da menos desigual para a mais desigual:
- Curitiba
- Florianópolis
- Belo Horizonte
- Palmas
- São Paulo
- Vitória
- Cuiabá
- Porto Alegre
- Goiânia
- Campo Grande
- Rio De Janeiro
- Natal
- Boa Vista
- Teresina
- Aracaju
- João Pessoa
- Salvador
- Macapá
- São Luís
- Fortaleza
- Maceió
- Rio Branco
- Manaus
- Belém
- Recife
- Porto Velho
*Com informações da Agência Brasil