Vídeo: Onça-pintada é flagrada pela primeira vez em parque estadual goiano
21 agosto 2024 às 16h35
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O Parque Estadual Águas do Paraíso (Peap) registrou pela primeira vez a presença de uma onça-pintada em seu território. O vídeo foi feito no último dia 8 de agosto, por meio de armadilhas fotográficas posicionadas em uma trilha de uso restrito, localizada em Alto Paraíso (GO).
“Embora seja de grande porte e possa pesar mais de 100 kg, a onça-pintada não oferece perigo para os turistas e população do entorno da unidade de conservação”, explica Mozart Freitas, servidor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e coordenador do parque.
“A dieta dessas onças é composta principalmente por catetos, capivaras, tamanduás, além de outros animais nativos do Cerrado, e relatos de conflitos diretos com pessoas são praticamente inexistentes”.
Veja o vídeo:
Segundo Mozart, a onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo. Sua coloração tradicionalmente é amarela com rosetas pretas, mas ocasionalmente pode apresentar melanismo, onde o animal nasce completamente preto.
“O amarelo é substituído pelo preto, mas suas pintas características ainda estão presentes”, diz. Apesar de ser um predador de topo na cadeia alimentar, a onça-pintada está ameaçada de extinção, sendo classificada como ‘vulnerável’ pelo Ministério do Meio Ambiente no Brasil.
“As principais ameaças que a onça-pintada sofre hoje são a perda e fragmentação de seu habitat, atropelamentos e caça por represália”, diz o servidor da Semad. As câmeras utilizadas para capturar as imagens da onça-pintada são equipamentos essenciais em pesquisas de fauna, especialmente para o monitoramento de mamíferos de médio e grande porte.
Esses dispositivos detectam calor e movimento, sendo instalados em locais estratégicos onde a passagem de animais é esperada. “Quando o equipamento detecta a presença de um animal ele faz um registro (vídeo ou foto) que fica gravado em um cartão de memória. Posteriormente esse cartão é recolhido pelo pesquisador que faz a leitura em um computador ou celular”, complementa Mozart.
Os registros são fundamentais para estudos científicos, pois fornecem dados sobre padrões de movimento, horários de atividade e uso do habitat, contribuindo para a preservação de espécies ameaçadas como a onça-pintada.
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