Vídeo de reunião teria registro de Weintraub xingando ministros do STF
08 maio 2020 às 16h54
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Arquivo solicitado em inquérito aberto para investigar acusações de Sergio Moro endereçadas ao presidente da República contém ofensas de ministro da Educação à corte. Advocacia-Geral da União quer proteger conteúdo completo
Uma reunião ministerial no Planalto, ocorrida em abril, foi documentada por meio de vídeo e expõe muitas questões polêmicas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a parte que mais chama atenção não tem relação com o presidente, mas com seu ministro da Educação Abraham Weintraub. A informação foi dada pelo portal UOL.
Com a justificativa de expor “assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de relações exteriores”, a Advocacia-Geral da União, que representa o presidente da República, se negou a mostrar o vídeo inteiro e pediu para que fosse autorizada a entregar apenas parte do vídeo.
O arquivo foi solicitado como parte das investigações do inquérito aberto após acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
No vídeo, o ministro diz que o Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 filhos da puta. No entanto, Weintraub negou, em sua conta no Twitter, que faz xingamentos. Na postagem, ele escreve “Desafio a apontarem um único palavrão que eu tenha proferido. Posso ser contundente, porém sou bem educado”.
Weintraub é conhecido por diversas falas polêmicas na sua rede social. Como apontado em reportagem do portal UOL, ele já proferiu comentários racistas contra os chineses, já chamou o presidente francês, Emmanuel Macron, de “calhorda oportunista”. Também já chamou um seguidor de burro e feio e o comparou com uma mistura de tatu com cobra. Em outra, ele chama a mãe de uma seguidora de “égua sarnenta desdentada”.
Uma pena, prefiro cuidar dos estábulos, ficaria mais perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 15, 2019
Falas do presidente
No conteúdo do vídeo, Bolsonaro ameaça demitir Moro caso ele não concorde com a substituição do ex-diretor da Polícia Federal Maurício Valeixo. Além disso, em meio a palavrões e assuntos do governo, ele menciona os acordos com o centrão.