Vereadores rejeitam abertura de comissão que analisaria impeachment de Paulo Garcia
10 junho 2014 às 11h05
COMPARTILHAR
*Com informações de Marcello Dantas
Votação não contou com debate. Cidadãos que acompanhavam a votação saíram das galerias e ocuparam o plenário em protesto
O pedido de abertura de comissão processante para analisar o pedido de impeachment do prefeito Paulo Garcia (PT), protocolado por professores na semana passada, foi rejeitado na sessão plenária desta terça-feira (10/6) da Câmara de Vereadores de Goiânia. Foram 20 votos contra, nove a favor e uma abstenção, do vereador Anselmo Pereira (PSDB). Para que o pedido passasse, eram necessários no mínimo 18 votos favoráveis, a metade exata dos que se posicionaram a favor.
Frustrados, os cidadãos que acompanhavam a votação, em sua maioria funcionários públicos da prefeitura com destaque a professores (que estão em greve), saíram das galerias e ocuparam o plenário em protesto, levando a sessão a ser suspensa. Eles garantem que a ocupação deve durar no mínimo até quarta-feira (11).
[relacionadas artigos=”6089,6686″]
Diferentemente do que ocorre até em decisões sobre mudança de nomes de ruas da capital, quando debatem ao menos por meia hora a respeito, esta votação não teve debate e o anunciante dessa estratégia foi o próprio presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB). O peemedebista, inclusive, junto com a líder do prefeito na Casa, Célia Valadão (PMDB), foram vistos durante a votação constantemente ao telefone.
O bloco moderado, cujos votos poderiam mudar o placar, e que estava dividido, surpreendeu e votou contra em peso. Compõem o grupo os vereadores Zander Fábio (PSL), Paulo da Farmácia (PSDC), Divino Rodrigues (PROS) e Bernardo do Cais (PSC).
Também foram contrários à abertura da comissão os vereadores Tayrone di Martino (PT), Rogério Cruz (PRB), Wellington Peixoto (PSB), Paulo Magalhães (SDD), Carlos Soares (PT), Cida Garcês (SDD), Célia Valadão (PMDB), Deivison Costa (PTdoB), Edson Automóveis (PMN), Eudes Vigor (PMDB), Fábio Caixeta (PMN), Felisberto Tavares (PT), Izídio Alves (PMDB), Jorge do Hugo (PSL), Ricardo Luiz (PSL), Mizair Lemes Júnior (PMDB), Paulo Borges (PMDB) e Paulo da Farmácia (PSDC).
Favoráveis: Tatiana Lemos (PCdoB), Djalma Araújo (SDD), Elias Vaz (PSB), Dr. Gian (PSDB), Cristina Lopes (PSDB), Geovane Antônio (PSDB), Thiago Albernaz (PSDB), Virmondes Cruvinel Filho (PSD) e Pedro Azulim (PSB).
O placar foi de 21 votos contra a proposta ante os nove favoráveis, além de uma abstenção por parte de Anselmo Pereira (PSDB). O tucano alegou que não há embasamento jurídico o suficiente para votar o texto. Três vereadores estavam ausentes.