Vereadores de Goiânia criticam proposta de reforma da Previdência
13 março 2019 às 11h21

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“O que esperar de um presidente que passa três a quatro horas por dia discutindo baixaria com a sociedade?”, diz vereador

Na sessão plenária desta quarta-feira, 13, os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia criticaram a reforma da Previdência. O vereador Paulo Magalhães apresentou um vídeo questionando a disponibilização de emendas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em troca de apoio à reforma. “A classe trabalhadora não aguenta mais pagar a conta de quem rouba nesse país”, disse.
O vereador Anselmo Pereira criticou a tentativa do presidente em aprovar um texto da previdência sem dialogar com a sociedade. “Um presidente da República que se dá ao luxo de gastar cerca de três a quatro horas por dia para tuitar e discutir baixaria com a sociedade brasileira. E o pior, não tem sequer três meses de governo e o vice dele já falando sobre reeleição em entrevista a uma revista séria”.
“Reeleição de quê? Ele não governou até hoje. Ele não fez nada até a não ser picuinha. É a ‘familiocracia’ mandando na federação brasileira. Quatro filhos mamando na teta do governo, e agora tem mais um filho ensaiando para ser vereador. Esperar o quê de um governo desses?”, pontuou Anselmo.
Felizberto Tavares também criticou a proposta da reforma e disse que trabalhadores serão liquidados caso o texto seja aprovado. “Fizemos uma reunião em Brasília onde desqualificamos praticamente item por item do texto que afeta toda a classe trabalhadora”, afirmou.
Segundo Felisberto, representantes da bancada de Jair Bolsonaro tentam vender a ideia de que a reforma é necessária e que sem ela o Brasil se tornará uma Venezuela.
O presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo, fez coro aos colegas e classificou o texto atual como ‘bizarro’. “O pior é que essa reforma tem sido defendida por muitos parlamentares que criticavam um texto apresentado pela gestão anterior que é mais brando que o atual”.
“O que me assusta é que cada vez que o governo defende uma medida ele diz que o Brasil pode virar uma Venezuela. Enquanto isso o presidente passa o dia brincando com o celular. O grave problema que o Brasil enfrenta não é a previdência, é administrativo, ou a população enxerga o que está acontecendo ou muitas categorias serão proibidas de se aposentar. O que esse governo propõe é a extinção da aposentadoria para várias classes”, disse Policarpo.