Vanderlan Cardoso considerou “eleitoreira” a proposta de investigar ações e omissões apenas do governo Bolsonaro

Vanderlan Cardoso | Foto: Reprodução

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) se manifestou a respeito da possibilidade de se realizar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia – comissão do Senado para investigar ‘ações e omissões’ do governo Bolsonaro durante a crise da Covid-19. O parlamentar é cético quanto à probabilidade do processo ocorrer.

“Na verdade, eu acho que não é o momento – sou desfavorável a uma CPI neste momento tão difícil”, disse Vanderlan Cardoso. “Acho muito difícil uma CPI dessa magnitude prosperar virtualmente –, uma investigação assim teria de ser presencial. Pode ser que daqui 60 dias, quando o contágio diminuir, tudo seja apurado.”

Um requerimento de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pede que a CPI apure também a atuação de governadores e prefeitos, além da atuação do presidente. O requerimento, que é visto por opositores como tentativa de tirar o foco da comissão, alcançou 34 assinaturas na manhã desta segunda-feira, 12. Eram necessárias 27 assinaturas para a abertura das investigações. 

Vanderlan Cardoso afirmou acreditar que as duas versões das CPIs sejam realizadas como uma só: “A primeira CPI (que foca no presidente) eu achei muito eleitoreira. A esgunda estendeu-se aos estados e municípios. Acho que as duas têm a mesma finalidade.”

Sobre Goiás, o senador afirma que o estado não terá problemas pois realizou um bom trabalho. “Agora, há alguns municípios que podem ter problemas, que já foram até investigados. Vemos algumas ações erradas em outros estados também”.