“Vamos entrar rapidamente em equilíbrio”, afirma Marcelo Baiocchi sobre retomada econômica
03 julho 2021 às 09h32
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O presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio), se mantém otimista em relação ao mercado tendo em vista o índice de desemprego e inflação
O presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi disse em entrevista ao Jornal Opção, que o pior momento da pandemia da Covid-19 já passou, e, apesar da terceira onda ser preocupante para o setor a vacinação tem contribuído para um futuro próspero. Outras questões como, o índice de desemprego e a alta da inflação não assustam: “Acredito que esse ano ainda devemos ter uma acomodação do mercado”, afirmou otimista.
Em relação as questões políticas, Baiocchi não descartou a possibilidade de algum dia ser candidato, porém, sobre as especulações de que isso aconteceria no ano que vem ele garante que apenas disputará a reeleição da Federação. Em entrevista, o presidente explicou detalhes e os motivos que levantaram as suspeitas de que poderia entrar no palio político de 2022 em Goiás. Confira a íntegra:
Em relação a retomada da economia, o aumento da inflação e o desemprego podem influenciar? De que maneira?
Marcelo Baiocchi: Precisamos analisar a situação no macro, não podemos analisar um item. Inflação, desemprego, até o Caged hoje o resultado é positivo, está tendo mais contratação do que desemprego. Nós temos que fazer uma análise global e o que estamos vendo é um país com PIB crescendo muito acima da expectativa, notamos que existe um consumo até maior do que a expectativa que a gente tinha. O comércio praticamente está voltando a sua normalidade. Área de serviços e turismo também, um pouco sofrível ainda o setor de eventos. O que a gente consegue avaliar deste quadro é que é muito positivo, nós poderíamos estar vivendo um momento de PIB negativo e inflação, ai realmente seria estagnação, o pior dos cenários. A inflação, eu faço uma avaliação de que ela acabou ocorrendo, e nós estamos vivendo um momento de crescimento dela, mas em limites de controle que mesmo a inflação na casa de 6%, porque IGPM não serve como referência de medição de inflação, ela é em decorrência de um consumo que veio de um período ”pós-pandemia”. Vimos muitas pessoas buscando bens de consumo, em virtude de não estar gastando o que ganhava com o que normalmente fazia. Resumindo, o tempo que nós ficamos em casa não viajamos, não compramos roupa, não fomos a restaurante, isso foi uma poupança e isso gerou um consumo maior. Eu penso, que vamos entrar rapidamente em um equilíbrio e com uma grande vantagem com um PIB crescente acima de 4% e expectativa de 5% e a inflação com o aumento de Selic, tende a se estabilizar em viés de baixa.
Isso para esse ano ou em 2022 ainda?
Marcelo Baiocchi: Acredito que esse ano ainda devemos ter uma acomodação do mercado. Até porque não há mais a poupança que foi feita e forçosamente pela pandemia e as pessoas que queriam consumir praticamente já o fizeram. Acaba voltando a normalidade e eu penso que esse ano ainda veremos a inflação dando um retorno e diminuindo sua força como está.
A terceira onda da Covid-19 preocupa o setor?
Marcelo Baiocchi: Preocupa. Mas, aonde temos visto ela acontecer notamos que a vacinação é um fator que tem inibido óbitos tanto que os gráficos demonstrados são as vezes de crescimento de contaminação, mas os óbitos tem caído e a virtude disso é a vacinação que tem demonstrado que é eficaz. Menos de 0,7% vieram a óbito após serem vacinados e contraem a doença. A terceira onda é preocupante, mas nós iremos conviver com ondas da Covid por um bom tempo, até que a gente realmente possa estar imunizado.
Na questão política, o senhor tem planos de ser candidato nas eleições do ano que vem?
Marcelo Baiocchi: Sinceramente, não. Eu sou candidato a reeleição aqui na Federação do Comércio e tenho eleição em maio [de 2022] os sindicatos tem até janeiro para fazer suas eleições para participar do nosso pleito na Federação. Essa incógnita está acontecendo em virtude das minhas viagens. Mas, eu fui em Rio Verde que eu tenho sindicatos, eleitores, fui a Jataí,a Itumbiara, em Catalão que tenho sindicato. Falando da minha política classista estou visitando minhas bases. É natural que eu esteja mais próximo do meu eleitor na Federação do Comércio. Eu não afirmaria que nunca irei ser candidato, mas posso afirmar que nesse pleito de 2022 eu nunca serei.