Segundo informações da Agência EFE, governo norte-americano sugere que as fronteiras estarão sujeitas a “negociações” com os palestinos

Trump em encontro com primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Jerusalém | Foto: Kobi Gideon / GPO

O presidente dos Estados Unidos das América, Donald Trump, deve anunciar, nesta quarta-feira (6/12), que o governo norte-americano reconhece Jerusalém como capital de Israel e determinará a transferência da embaixada para lá (atualmente está em Tel Aviv).

No entanto, informações preliminares da Agência EFE indicam que as fronteiras específicas da soberania israelense em Jerusalém estarão sujeitas a “negociações” com os palestinos, e que os EUA seguirá apoiando o “status quo no Monte do Templo”, situado na parte palestina da cidade, disse um dos funcionários.

Trump determinará ao Departamento de Estado que “comece o processo” de transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém, lembrando que esse processo levará “anos”, disse a fonte à agência.

“Há cerca de mil pessoas trabalhando na embaixada em Tel Aviv, e não temos instalações que possam acomodá-las em Jerusalém. Levará tempo para encontrar um lugar, se certificar de que é seguro, projetar uma nova embaixada e construí-la”, completou.

Mudança

Os Estados Unidos se tornarão, assim, o único país do mundo que reconhece Jerusalém como capital de Israel, onde nenhuma nação tem sua embaixada. Na anexação israelense da parte oriental da cidade em 1980, a ONU chamou a comunidade internacional para retirar suas legações da Cidade Santa.

Embora Israel considere Jerusalém como a capital, a soberania do país sobre a parte oriental da cidade (Jerusalém Oriental) não é reconhecida por grande parte da comunidade internacional, e os palestinos querem estabelecer a sede do futuro estado.