Treinada por CAC com armas de guerra, pistoleira e líder de quadrilha do ‘Novo Cangaço’: Saiba quem é Patroa do PCC
12 setembro 2024 às 10h24
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Presa na última terça-feira, 10, pela Polícia Federal (PF), Elaine Souza Garcia, de 34 anos, a Patroa do Primeiro Comando da Capital (PCC), é apontada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como peça-chave da quadrilha especializada na modalidade “Novo Cangaço” e “Domínio de Cidades”. As ações envolvem extrema violência e armamentos de guerra usados para roubar instituições financeiras e empresas de transporte de valores em pequenas cidades.
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Segundo o MP e a PF, Patroa é responsável pela negociação de drogas, armas e por receber retornos sobre assassinatos de rivais do PCC. Um dos matadores que respondem a faccionada é o próprio marido dela: Delvane Lacerda, o Pantera, apontado como um dos maiores responsáveis por implantar os tentáculos da facção paulista no Piauí.
O casal do crime, que são casados há oito anos, compravam armamento pesado do Atirador Esportivo e Colecionador (CAC) Otávio Alex Sandro Teodoro de Magalhães, conhecido como Terrorista. Ele, inclusive, deu aulas para capacitar Patroa e Pantera a utilizarem um fuzil.
O armamento pesado e o treinamento, conforme as investigações, foram usados em grandes ações do “Novo Cangaço”. Pantera, Patroa e Terroristas foram presos na terça-feira, durante a segunda fase da Operação Baal, deflagrada pela PF e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Vídeo com treinamento
Nos vídeos feitos pelos criminosos, Terrorista aparece treinando o casal para atirar com um fuzil, arma usada em guerras. As investigações do MP-SP e da PF mostram que a função do CAC seria a de comprar e vender armamento e munição para a maior facção da América Latina. A Lei permite que CACs comprem o material bélico permitido, mas os proíbe de revendê-los.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a PF e o Gaeco encontraram um “verdadeiro arsenal bélico” na casa de Terrorista, incluindo armamento pesado, com e sem registro, além de explosivos. Além do casal e do CAC, foram presos durante a operação os integrantes do PCC: Jakson Oliveira Santos, o Dako, e Diogo Ernesto Nascimento Santos, que atuava no núcleo financeiro da facção e, também, nas execuções de inimigos.