Está marcada para a próxima segunda-feira, 9, a última das reuniões de transição da gestão municipal para a apresentação de dados das pastas e órgãos de Goiânia. O encontro deverá tratar sobre a Companhia de Urbanização de Goiânia, a Comurg, empresa que acabou virando o “elefante branco” da gestão municipal devido à complexidade das demandas (e das dívidas) ocasionadas por ela.

Conforme apurado pela reportagem, a última reunião com esse objetivo deveria ocorrer na sexta-feira, 6, quando ao menos quatro pastas deverão apresentar seus dados. Contudo, foi transferida para a segunda-feira a pedido do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), para que se trate com exclusividade das questões relacionadas à Comurg.

Ao Jornal Opção, o ex-secretário de Iris Rezende, Paulo Ortegal, que integra a equipe de transição de Mabel, adiantou que a empresa deve entrar no projeto de “enxugamento da máquina” do prefeito eleito, que hoje manifesta a vontade de cortar ao menos 30% do valor mensal gasto para executar os serviços de limpeza urbana dos quais ainda ficou incumbida após a entrada da Limpa Gyn (que assumiu a coleta de resíduos no município).

Ortegal destaca, no entanto, que ainda não há nenhuma ação definida, e que tudo vai depender dos dados apresentados na próxima semana. De todo modo, diz o membro da equipe de transição, “serão cortes suficientes para não causar nenhum transtorno para a cidade”.

No mês de novembro, o Jornal Opção noticiou que a Comurg tem, atualmente, uma dívida em torno de R$ 1,5 bilhão – de acordo com dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Os números apontam que os débitos tributários acumulam os maiores déficits, totalizando R$ 1,1 bilhão. Montante está relacionado a impostos, taxas e outras contribuições não previdenciárias.

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