Terceirizados da Equatorial seguem em greve
26 setembro 2024 às 16h44
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Funcionários terceirizados da Equatorial Energia seguem em greve. A paralisação começou no dia 6 de setembro e os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, vale-alimentação, melhorias no ambiente de trabalho e o fim da perseguição por parte dos gestores. Nesta quinta-feira, 26, a categoria fez uma carreata em protesto pelas ruas de Goiânia.
Agora, os trabalhadores aguardam uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho. A audiência está marcada para o dia 30 de setembro já que as negociações do sindicato com o representante patronal não foram bem sucedidas.
Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 35%, aumento no vale-alimentação e melhorias nas condições de trabalho. Em contraproposta, durante a primeira audiência realizada no início do mês, o TRT sugeriu um reajuste de 15% e aumento do vale-alimentação para R$ 50,00. No entanto as empresas ofereceram apenas 3,69% de reajuste e um vale-alimentação de R$ 35,00, valores que os trabalhadores consideraram insuficientes.
Dione Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção e Manutenção de Rede e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás (Sindtelgo), destacou a importância do movimento e o caráter urgente das reivindicações. “Nossa luta é para trazer dignidade aos eletricitários. Não temos mais condições de rifar a vida dos trabalhadores. Nos últimos 90 dias, perdemos cinco colegas em acidentes de trabalho”, declarou.
Ao Jornal Opção, Cleomar Oliveira, membro do Conselho Fiscal do sindicato, os trabalhadores da categoria estão é 11 anos com os pagamentos defasados. “Trabalhadores da categoria B, que mexem com alta tensão, estão recebendo R$ 2,274 mais 30%. Queremos 30% de aumento pois estamos há 11 anos com salários defasados”, explica.
“O patronal não tem proposta. Eles não querem aumentar nossos salários, querem que fique do jeito que está. Temos colegas mutilados, que sofrem acidentes constantes, por conta da periculosidade, e dificilmente a empresa nos dá qualquer apoio”.
A reportagem tentou localizar os representantes do Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia do Estado de Goiás (Sindienergias), mas até o momento não tivemos nenhum retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Em nota, a Equatorial afirmou que acompanha as negociações entre as empresas. Veja a nota a seguir.
A Equatorial Goiás informa que acompanha as negociações entre empresas parceiras e seus colaboradores para que as tratativas avancem e as partes envolvidas cheguem a um acordo.
A concessionária reforça que as negociações não se referem ao seu quadro de colaboradores próprios e que o acordo coletivo desta categoria foi firmado com o sindicato em maio deste ano.
Por fim, a Equatorial Goiás reitera sua confiança no diálogo e na Justiça para a garantia do quantitativo de colaboradores necessários visando a manutenção da operação, sob pena de comprometimento da prestação de serviço à população e do trabalho de recuperação da rede de distribuição que está andamento em todo o estado.
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