O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira, 2, elevar o grau de sigilo do processo apresentado pela defesa do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, que responde a investigações por uma suposta fraude de R$ 12 bilhões. Embora a ação já estivesse sob segredo de Justiça, a Corte determinou que a tramitação agora ocorra em nível totalmente sigiloso, impedindo o acesso público até mesmo às iniciais das partes envolvidas.

A medida ocorre poucos dias após o banqueiro deixar a prisão, no último sábado, 29, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

A elevação do sigilo foi tomada após a equipe jurídica de Vorcaro acionar o STF alegando que a Justiça Federal, responsável por autorizar a prisão preventiva, não seria a instância competente para julgar o caso. O ministro Dias Toffoli foi sorteado como relator do pedido, que busca, em última instância, anular atos processuais praticados pelo juízo federal e deslocar a investigação para outra esfera do Judiciário.

O banqueiro foi preso no contexto da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal para investigar supostas irregularidades bilionárias relacionadas à compra e venda de carteiras de crédito entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB).

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