Sistema Produtor de água do João Leite inicia pré-operação e deve ser inaugurado em outubro

24 junho 2014 às 15h00

COMPARTILHAR
Governador Marconi Perillo, idealizador da Estação de Tratamento de Água e Esgoto (ETA) – Governador Mauro Borges, realizou vistoria ao local nesta terça-feira
O governador Marconi Perillo (PSDB) realizou na manhã desta terça-feira (24/6) visita técnica à Estação de Tratamento de Água e Esgoto (ETA) – Governador Mauro Borges, que se prepara para o início da pré-operação da segunda etapa, que consiste na estação elevatória de água bruta, de tratamento e de milhares de metros de adutoras. “Comecei com esse sonho em 1999. Hoje o Sistema Mauro Borges é realidade”, discursou o tucano.
A partir de agora, se inicia, segundo o presidente da Saneago, Júlio Vaz, o ligamento do complexo maquinário que compõe a estação para, entre setembro e outubro próximos, o sistema passar a funcionar integralmente para o abastecimento com água tratada da capital e região metropolitana. Dentre as cidades beneficiadas estão a capital, Aparecida de Goiânia, Trindade, Aragoiânia e Goianira, sendo que a estimativa é de que mais de 1,5 milhão de pessoas sejam diretamente beneficiadas com o início do funcionamento.
Serão produzidos seis mil litros de água por segundo. Com esta etapa, o complexo consegue atender a demanda atual do Estado, e uma nova fase deverá ser necessária, conforme Júlio Vaz, somente daqui a 40 anos. “Se for necessário redobrar a quantidade de água produzida, bastará construir mais um módulo de tratamento e outros dois reservatórios de 20 milhões de litros cada”, esclarece.
Com esta estação, a Grande Goiânia será a primeira região no país que terá capacidade de garantir abastecimento de água tratada em eventual caso de apagão prolongado. As obras foram iniciadas em 2010 pelo atual governo e custaram R$ 350 milhões oriundos do Tesouro Estadual, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo Perdido do Ministério da Integração Nacional e do Ministério das Cidades.
“Quando o assunto é saneamento, Goiás é modelo para o Brasil”, disse o governador Marconi Perillo ao afirmar que a ETA – Mauro Borges é uma das maiores obras de saneamento em andamento no Brasil. O tucano disse ainda que o complexo é atualmente a “obra de saneamento mais importante do país e da América Latina.”

Em entrevista detalhada ao Jornal Opção Online após a visita com o governador, o presidente da Saneago, Júlio Vaz, explicou que a equipe do governador presenciou hoje a entrega da parte física da estação e o início da pré-operação, pois colocar o complexo para funcionar significa mais que “ligar uma chave e já começar a tratar”. “É preciso, primeiro, harmonizar o funcionamento do maquinário para iniciarmos o funcionamento de fato”.
O início completo está previsto para setembro, ou, no máximo, outubro. Se concretizada esta etapa, o governo estará cumprindo uma das promessas de campanha, conforme ressaltou Júlio Vaz, citando números. “Estamos universalizando a água tratada e o esgotamento sanitário em Goiás”, garante.
Esgotamento Sanitário
Segundo o presidente da Saneago, há 15 anos, Goiás contava com 12 estações de tratamento de água e esgoto, número que atualmente é de 82, além de outras 12 que estão sendo preparadas para entrar em operação possivelmente ainda este ano. “Hoje temos 45% do Estado sendo atendido, sendo que em Goiânia podemos dizer que esse porcentual chega a 100%, com as devidas proporções, pois até cidades de primeiro mundo ,às vezes, não conseguem [essa totalidade] por conta do aumento populacional, entre outros fatores”, explica.
Em números, pode-se dizer que em 1998 aproximadamente 33% da população goiana (907.546 pessoas) eram atendidas, enquanto atualmente, com levantamento deste ano, são cerca de 45% (2.498.000 pessoas).
A extensão de rede e esgoto em 1998 era de 4.029 quilômetros, e em 2014 está em 9.500 quilômetros. “Crescimento de 135%”, contabiliza Júlio Vaz.
Água Tratada
Júlio Vaz sustenta que 95% de 225 dos 246 municípios goianos contam com água tratada, o que segundo ele representa que nessas cidades há água passando na porta de aproximadamente 100% das residências, mas que em algumas delas o morador ainda tem dado preferência também por outros sistemas, como as cisternas.
“Em 1998 eram 3.388.2013 casas atendidas com água potável, em 2014 são 5.192.803. Aumento de cerca de 53%”, detalha o presidente, emendando que há 16 anos 83% do Estado tinha água tratada e que atualmente esse porcentual se aproxima dos 94%. “O que pode ser considerado uma universalização do serviço”, conclui.