Sindiposto Goiás é favorável a protesto de caminhoneiros, diz presidente
22 maio 2018 às 08h16
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Márcio Andrade, que está a frente do sindicato, afirmou ainda que a previsão é de que o preço do combustível suba mais
Após o início dos protestos feitos por caminhoneiros contra a alta no preço do diesel, que resultou em bloqueios de rodovias goianas nesta segunda-feira (21/5), o presidente Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, se pronunciou a favor das manifestações.
Márcio disse que “o Sindiposto é a favor do protesto, desde que aconteça dentro da lei, pois esse aumento excessivo de preço é prejudicial tanto para os postos, quanto para os consumidores”. Ele explicou também que o motivo da alta no preço dos combustíveis é a variação do dólar e o aumento do preço do barril de petróleo, porém também não descartou a culpa da Petrobrás e dos impostos.
“Desde julho de 2017, a Petrobrás passou a acompanhar a variação do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional e, de la pra cá, o preço do diesel e gasolina já aumentou 50%”, disse completando que “nesse momento o governo deveria reduzir os impostos como uma forma de diminuir o impacto nos postos e na sociedade”.
O presidente do sindicato contou ainda que, deste aumento, os postos repassaram apenas 25% e que o consumidor final, em breve, vai sentir o restante do aumento. “O prazo para esse aumento acontecer, porém vai depender de cada posto e região”, reiterou.
O aumento
Na sexta-feira (18), a Petrobras anunciou o quinto reajuste no valor do diesel (0,8%) em apenas um dia, que começou a valer no sábado (19). A empresa também elevou o preço da gasolina em 1,34% nas refinarias.
No acumulado da semana a alta representou em 6,98% nos preços da gasolina e de 5,98% no diesel.
Além do aumento, os caminhoneiros também protestam pela criação do piso para o frete pago pelas empresa, previsto no Projeto de Lei 528. Segundo os caminhoneiros, cerca de 75% do valor do frete vai para o abastecimento dos veículos.
O ato também acontece em outras 18 regiões do país.