Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Em sentença publicada na manhã desta segunda-feira (26/6), o juiz Sergio Moro condenou o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele também terá que pagar R$ 10,2 milhões em multas.

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Palocci está preso desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, batizada de Omertà. Esta é a primeira condenação do petista na operação. O crime de corrupção, segundo a sentença de Moro, envolveu pagamento de US$ 10,2 milhões, enquanto o contexto mais amplo, ou seja, o esquema em si, teria movimentado até R$ 200 milhões em propina.

Além do ex-ministro, as investigações iniciais também implicaram o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, e o ex-executivo da Odebrecht Rogério Santos de Araújo. Eles respondiam por corrupção e Branislav era acusado ainda de lavagem de dinheiro. Por falta de prova suficiente de autoria ou participação, ambos foram absolvidos.

Também foram condenados na ação o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht; os marqueteiros João Santana e Mônica Moura; o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; o ex-gerente da empresa, Eduardo Costa Vaz; o ex-presidente da Sete Brasil, João Carlos de Medeiros; os ex-executivos da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, Fernando Migliaccio, Luiz Eduardo da Rocha, Olívio Rodrigues e Marcelo Rodrigues.

A denúncia

Segundo o MPF, o ex-ministro e a construtora Odebrecht estabeleceram um “amplo e permanente esquema de corrupção” entre 2006 e 2015 que envolvia pagamento de propinas destinadas “majoritariamente ao Partido dos Trabalhadores (PT)”. Palocci seria o responsável por fraudes nas prestações de serviços em campanha eleitoral e ocultar os valores ilícitos recebidos da empresa.