“Sem salário não tem retorno. Nossa luta já é além do salário de dezembro”, defende associação de professores

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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Estado de Goiás (Sintego), Bia Lima, falou ao Jornal Opção sobre a expectativa dos professores para a Assembleia da Rede Estadual de Educação, com indicativo de greve, que será realizada nesta segunda-feira, 28, às 15h, em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica, em Goiânia.

“Caso o governo de Goiás não se manifeste até à assembleia não nos resta outro caminho a não ser indicar a greve, aí os professores é que vão decidir”, disse Bia.

Sobre o funcionamento das escolas, a presidente do Sintego explicou que os professores já estão se movimentando do interior para a capital e muitas unidades estão sem aulas. Em Goiânia, os professores também estão se organizando para participar da assembleia e muitas unidades escolares não estão funcionando.

A Associação Mobilização dos Professores (AMPG) que já entrou com uma ação civil pública contra o Estado referente aos salários de dezembro/18 defende a proposta de greve imediata. “É preciso que tenhamos consciência de que sem greve não conquistaremos nada. O governador quer empurrar para frente o máximo que puder e não apresenta a solução do pagamento”, disse a AMPG.

Segundo a associação, a adesão à paralisação é enorme, principalmente no interior, apesar de muitas escolas terem uma grande quantidade de professores não concursados, o que dificulta a adesão ao movimento, por estes se sentirem ameaçados.

A AMPG não acredita em uma nova proposta do governo e defende que, “sem salário não tem retorno. Nossa luta já é além do salário de dezembro”. Para a associação, o auxílio-alimentação, quinquênio e piso também devem ser debatidos pela categoria.