Os servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia continuarão em greve por tempo indeterminado. Segundo a deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, a Prefeitura ainda não enviou uma proposta de negociação e, por isso, a paralisação seguirá.

O Jornal Opção entrou em contato com a SME, que informou que avalia propostas para fazer à categoria. Neste momento, a pasta disse que o município verifica a viabilidade econômica. [Confira a nota na íntegra ao final do texto]

Nesta quarta-feira, 4, às 9h, o Sintego se reunirá em assembleia e, caso não chegue nenhuma proposta para ser avaliada no encontro, os servidores seguirão em greve.

Greve

Pelo menos 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviços devido à greve dos servidores administrativos da Educação, iniciada nesta segunda, 2. É importante destacar que os professores não aderiram à paralisação.

Um dos serviços mais afetados pela greve é o de limpeza, já que a maioria dos auxiliares da Prefeitura de Goiânia aderiu à paralisação. Para mitigar esse problema, a administração municipal está deslocando servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para auxiliar na limpeza.

A vereadora Kátia Maria (PT) entrou com uma denúncia junto ao Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Conesan-GO) para expor irregularidades na Escola Goiânia Viva. Segundo a parlamentar, há funcionários de outras secretarias trabalhando na cozinha do CMEI Goiânia Viva.

De acordo com a vereadora, o trabalho ocorre sem os devidos cuidados, tais quais vestimentas apropriadas.

A categoria pede o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pedem que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores.

Nota da prefeitura:

“A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria.

O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do Governo Federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.

A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.

A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.”

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