Segredos da longevidade são revelados em exames de sangue de pessoas com mais de 100 anos
21 fevereiro 2024 às 15h50
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A população global com mais de 90 anos está experimentando um crescimento notável, quase duplicando a cada década desde os anos 1970.
Com o interesse crescente em compreender a extensão da vida humana e os determinantes de uma vida longa e saudável, um estudo recente publicado na GeroScience lançou luz sobre biomarcadores reveladores em centenários.
A pesquisa, baseada na amostra da chamada coorte Amoris, incluiu dados de 44 mil suecos avaliados entre 64 e 99 anos. Doze biomarcadores sanguíneos associados a inflamação, metabolismo, função hepática e renal, desnutrição e anemia foram analisados.
O ácido úrico, um biomarcador inflamatório, mostrou-se notável, juntamente com colesterol total, glicose e outros relacionados à função hepática.
Descobriu-se que os centenários geralmente apresentavam níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico a partir dos 60 anos. Embora as diferenças medianas entre centenários e não centenários não fossem significativas, os primeiros raramente exibiam valores extremos.
A conexão entre biomarcadores e a probabilidade de atingir os 100 anos revelou que, exceto por dois biomarcadores, todos estavam vinculados à longevidade.
Grupos com níveis mais baixos de colesterol total e ferro tinham menor probabilidade de alcançar os 100 anos, enquanto níveis mais elevados de glicose, creatinina, ácido úrico e marcadores hepáticos diminuíam a possibilidade.
Embora as diferenças absolutas fossem geralmente pequenas, sugerem uma potencial conexão entre saúde metabólica, nutrição e longevidade. O estudo, no entanto, não permite conclusões sobre os fatores de estilo de vida ou genes responsáveis pelos biomarcadores.
A atenção contínua aos rins, fígado, glicose e ácido úrico ao longo do envelhecimento pode ser uma consideração valiosa para a busca da longevidade saudável.
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