PIB dos municípios goianos do ano de 2012 foi divulgado pela Secretaria de Gestão e Planejamento. Das 246 cidades, só Anápolis apresentou queda

Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas
Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas

Amanda Damasceno

Foi divulgado nesta quinta-feira (11/12) pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios Goianos do ano de 2012. Os dados mostram uma queda da participação dos dez maiores municípios na renda gerada no Estado de Goiás.

Os municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Senador Canedo, Itumbiara, Jataí, Luziânia e São Simão aparecem como destaque no Estado em relação ao PIB. Porém a participação deles que em 2011 havia sido de 61,80%, passou para 60,50% no ano analisado.

Em entrevista ao Jornal Opção Online, a chefe do Gabinete de Gestão do IMB/Segplan, Lilian Prado, afirmou que essa queda é positiva, já que mostra que a economia do estado está se espalhando para outras cidades.

Ela também destacou que os dez maiores no PIB permaneceram os mesmos e com suas posições inalteradas no ranking. Em Anápolis houve uma redução do PIB, motivada pela queda da indústria automobilística em 2012. Entretanto foi algo “pontual e que aconteceu apenas nesse município” garantiu Lilian.

Já a outra ponta da tabela, os dez municípios com menor participação no PIB goiano, correspondem a 0,02% da economia estadual o que merece ser observado, de acordo com a chefe do Gabinete de Gestão do IMB/Segplan. Ela afirmou que isso é preocupante, porque mostra que “por mais que venha ocorrendo uma desconcentração da economia em Goiás, ela ainda é muito pequena”.

PIB per capita

Quando o valor do PIB é dividido pela população residente, é originado o PIB per capita. Em 2012, Goiás alcançou um PIB per capita de R$ 20.134,26, ante o valor de R$ 18.298,59 registrado em 2011.

Entre os dez municípios com maiores PIBs per capita, a cidade de Alto Horizonte é o primeiro lugar. Ela ocupava a mesma posição em 2011. Isso é explicado pelo desempenho da atividade de extração e beneficiamento de sulfeto de minério de cobre,  produção que é destinada ao mercado externo e agrega muito valor à economia do município. A combinação desse desempenho com uma população pequena resulta em um elevado PIB per capita.

Dessa lista, Lilian Prado destacou um município. “Catalão é uma cidade que mesmo com a alta população, é muito dinâmica. Nela, os três setores (agropecuária, indústria e serviços) são muito produtivos, o que gera bons resultados” afirmou.

Enquanto Senador Canedo e Montividiu saíram dessa lista, Corumbaíba e Campo Alegre de Goiás apareceram na classificação de 2012. Esta pelo desempenho no setor agropecuário e aquela pelo bom desempenho do setor industrial.

Os municípios que figuram entre os dez menores PIB’s per capita têm, em sua maioria, uma população muito grande e atividades econômicas não expressivas.

Esse é o caso das cidades goianas que ficam no entorno do Distrito Federal. Elas costumam ser o que se chama de “cidade dormitório”, já que seus habitantes trabalham no DF e residem em Goiás. Desse modo, geram renda em lugar diferente do que moram, causando um baixo valor na conta do Produto Interno Bruto per capita.

Estado

No relatório que mostra o desempenho do Estado de Goiás, divulgado no último mês  pelo IMB/Segplan, é possível notar que o crescimento do Produto Interno Bruto estadual foi cinco vezes maior que o brasileiro. Enquanto Goiás apresentou uma taxa de crescimento de 5,4%, o Brasil teve essa taxa em 1,0%.

Em 2012, a economia mundial desacelerou influenciada pelo agravamento da crise fiscal, bancária e política na Europa e pela redução no ritmo de crescimento da economia americana. Isso impactou todo o país e também o Estado. Entretanto, o Estado e os municípios goianos conseguiram aumentar seus PIB’s, o que faz com que cada vez mais eles tenham projeção em âmbito nacional.