Ex-deputado Tiãozinho Costa e o diretor de obras rodoviárias da Agetop, Marcos Musse, são alguns dos nove presos

Com o cumprimento dos mandados de prisão temporária e preventiva da Operação Compadrio, que investiga crimes contra a Administração Pública, como desvio de dinheiro e fraudes em licitações, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) já prendeu nove pessoas na manhã desta terça-feira (11/8).

Dentre os presos estão o ex-deputado e ex-prefeito de Araçu, Tiãozinho Costa (PTdoB), sua irmã, Sandra Beatriz, seu cunhado, Geraldo Magela, e o diretor de obras rodoviárias da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), José Marcos de Freitas Musse.

As prisões do ex-deputado e do cunhado são preventivas, enquanto as de Sandra Beatriz e do diretor da Agetop são temporárias de cinco dias, mas podem ser prorrogadas. A esposa de Tiãozinho, Cleidiane Freire, seu filho, o cantor sertanejo Matheus Costa, e seus dois sobrinhos foram conduzidos coercitivamente e devem ser liberados após prestarem esclarecimentos ao MP.

Edivaldo Rodrigues Coqueiro, amigo de Tiãozinho e da família, disse, em entrevista ao Jornal Opção Online, que eles estão sem entender a motivação das prisões, pois já teriam prestado depoimento durante a investigação, que vem sendo desenvolvida desde 2013. Segundo Edivaldo, as acusações contra o ex-deputado seriam de fraudes em licitações, mas o advogado do PTdoB, Ronilson Reis, afirmou em entrevista coletiva que seriam de repasse de dinheiro a antigos funcionários da Prefeitura de Araçu.

Já o advogado de Marcos Musse, Ovídio Martins, informou à reportagem que o diretor aguarda na sede do MP para prestar esclarecimentos e que seu posicionamento será de cooperação. Os advogados ainda não tiveram contato com o processo, que estaria ainda com a juíza responsável.

Outra ação desempenhada pelo MP nesta manhã foi a realização de buscas na Agetop. De acordo com a assessoria do órgão, os investigadores estão procurando por documentos na sala de Mário Musse.