Saiba como evitar a doença do beijo no carnaval
13 fevereiro 2020 às 09h58
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Vírus é transmitido facilmente e, com a chegada do carnaval, número de indivíduos contaminados aumenta exponencialmente. Além de mal-estar, vírus pode causar febre e dor
Popularmente conhecida como doença do beijo, a mononucleose é causada por um vírus que provoca febre, dor e mal-estar. O vírus causador da doença é o Epstein-Barr (VEB). Ele se transmite facilmente e, com a chegada do carnaval, o número de indivíduos contaminados aumenta exponencialmente.
Em entrevista à Agência Brasil, o médico da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, o sanitarista Alexandre Chieppe, explicou que a maioria das pessoas transmite a doença em sua forma aguda. Para ele, o grande problema das doenças infectocontagiosas é que, na sua fase inicial, elas são muito semelhantes.
A doença, apesar de não costumar ser grave em pessoas que têm o sistema imunológico preparado, é recomendável que a pessoa procure um serviço de saúde e faça uma avaliação inicial com acompanhamento médico caso os primeiros sintomas se manifestem.
Medidas de precaução
Como toda doença de transmissão respiratória, há medidas de precaução que devem ser adotadas, entre as quais, lavar as mãos com frequência, utilizar álcool gel, cobrir a boca e o nariz ao espirrar — para evitar que as secreções expelidas entrem em contato com o ambiente — e evitar locais de grande aglomeração pouco ventilados.
“São medidas que ajudam a prevenir as doenças de transmissão respiratória. Obviamente, são aliadas. Junto a isso, uma vez com os sintomas da doença, a pessoa deve procurar ajuda médica até para poder descartar doenças mais graves”, sugeriu o médico em entrevista à Agência Brasil.
Chieppe afirmou, ainda, ser recomendável que utensílios de uso pessoal, como pratos, talheres e copos não sejam compartilhados com outras pessoas. A razão para isso é que muitas das doenças infectocontagiosas podem ser transmitidas, inclusive, por pessoas que, às vezes, não apresentam sintomas de doença nenhuma. Daí a sugestão para, sempre que possível, evitar compartilhamento de objetos pessoais com amigos e com o maior número de pessoas. “Isso, obviamente, aumenta o risco de transmissão de doenças infectocontagiosas”, concluiu o sanitarista.
Por fim, a reportagem conversou também com a infectologista Flávia Cunha Gomide. Segundo a especialista, os sintomas da doença costumam perdurar de duas a quatro semanas. Ela esclareceu ainda que “não há um tratamento específico para a doença do beijo. Geralmente, são indicados repouso e medicamentos que amenizam os sintomas”.